A pessoa desceu da moto e já foi metendo a porrada no cara que estava me segurando o que me fez gritar e ficar encolhida de olhos fechados no chão até que alguém abaixou do meu lado passando a mão no meu cabelo e me fez gritar mais.
- Calma Carol, acabou! - falou uma voz conhecida quando olhei era o Wesley.
- Me tira daqui! - falei chorando.
- Eu tenho que resolver isso mas veste a minha camisa ai - falou tirando a camisa e me ajudando a colocar.
- Eu só quero ir pra minha casa - falei abaixando a cabeça.
- Eu tenho que ligar para o Diogo, ele e nem ninguém vai deixar esse cara ficar livre do que fez - falou sério pegando o celular.
- Ai meus Deus o Diogo - falei chorando só de pensar na reação dele.
Ele ficou um tempo no telefone conversando com quem eu imagino ser o Diogo e desligou.
- Se liga o Dioguinho ta vindo aí - falou dando um chute no cara que aparentemente estava desmaiado mas resmungou de dor.
Fiquei um tempo olhando para o nada tentando assimilar tudo que aconteceu até que eu ouvi o barulho de muitas motos e carros o que me fez levantar a cabeça e ver um Diogo desesperado vindo na minha direção.
- Que porra aconteceu aqui princesa? - perguntou me abraçando e aí que eu chorei mesmo.
- Di ele tentou... tentou me estuprar - falei assustada.
- Vou te levar pra sua casa. Já consegui falar com seu pai, só não falei o que aconteceu exatamente - falou e eu pude sentir raiva nos seus olhos e na forma que ele falou.
- Ta! - falou me ajudando a levantar e quando eu olhei para o cara tinha uma círculo em volta dele cheio de caras armados.
- Atenção rapaziada! - Dioguinho falou alto chamando toda atenção pra si - Leva esse cuzão lá pro final e bota tratamento VIP nele mas me espera que já chego - falou frio e eu pude ver os sorrisos sádicos nos meninos - Vai participar da festinha Wesley? - perguntou Diogo.
- Se acha que eu vou perder essa? - perguntou tão frio quanto o Diogo.
- Eu agora vou cuidar da minha mulher mas já chego lá, atividade nessa porra hein - falou sério.
- Pode ficar tranquilo Dioguinho o chefe já deu o papo e deixou tudo livre pra você - respondeu um menino que aparentava ter a mesma idade do Diogo.
- Amor me leva daqui - falei voltando a chorar.
- Vem princesa! - falou me pegando no colo e me colocou dentro de um carro e ele entrou logo em seguida e foi fazendo o caminho da minha casa todo no silêncio enquanto eu chorava silenciosamente. Chegamos na minha casa e meu estava no portão todo inquieto, quando o Dioguinho parou o carro e desceu me pegando no colo o meu pai ficou desesperado.
- Meu Deus! O que aconteceu? - perguntou abrindo o portão.
- Bora entrar que eu explico - falou o Diogo e eles entraram.
Quando chegamos em casa o Dioguinho me botou deitada no sofá e minha já chorava em silêncio.
- Algum filha da puta tentou forçar a barra - falou seco.
- Ele fez alguma coisa com ela? - perguntou meu pai nervoso.
- Não deu tempo - Diogo falou negando com a cabeça.
- Eu vou da um banho nela e cuidar desses cortes - falou minha mãe limpando as lágrimas.
- Você ta bem pra isso? - perguntou meu pai.
- Bem eu não tô mas eu tenho que cuidar da minha princesa e cimo médica sei que devo cuidar dos cortes logo - falou séria.
- Eu vou ficar aqui até ela dormir. Depois eu viu resolver umas coisas dessa parada - falou Dioguinho frio.
- Vai fazer o que? - perguntou meu pai desconfiado.
- O necessário - falou sem entrar em detalhes.
- Me ajudem a subir com ela - falou minha mãe e meu pai me pegou no colo e eu nem tinha reação nenhuma.
- Dioguinho Narrando -
Depois que a minha sogra subiu com a Carol eu fiquei sentado no sofá de cabeça baixa.
- Ela vai precisar de você, vai precisar de todos que convivem com ela mas de você ela vai precisar muito - falou meu sogro sem reação ainda.
- Eu vou está aqui sempre - falei sério afirmando.
- Ela tinha que ter me ligado pra pegar ela no shopping - falou.
- Eu falei com ela pra parar com essa mania de querer ficar andando sozinha quando está tarde ainda mais sozinha - falei negando com a cabeça.
- Nunca que eu iria imaginar - falou.
- Agora já foi e com tudo não chegou a ocorrer o pior mas o que aquele cuzão fez vai ter uma voltar - falei seco.
- Não se envolve em encrenca por favor - falou sério.
- Eu já sei o que fazer - falei frio com um sorriso meio sádico no rosto e logo fomos interrompidos com minha sogra descendo.
- Como ela está? - perguntou meu sogro.
- Dei um remédio e logo logo ela pega no sono - falou sorrindo fraco.
- Posso ir lá? - perguntei.
- Pode querido! - falou me sogra e subi para o quarto da Carol.
Chegando lá a mesma estava deitada olhando para o teto e os cortes que estavam a mostra já tinham curativos por cima.
- Como você está morena? - perguntei dando um beijo na testa dela mas ela não respondeu - Carol me xinga, me bate, me da fora. Faz qualquer coisa mas me responde - falei botando a mão na cabeça.
- Eu tô tentando ficar bem amor, mas do nada me vem toda aquela cena na cabeça e desmorona tudo - falou baixo.
- Você sabe que eu tô aqui pra tudo né? - perguntei deitado ao seu lado.
- Sei - falou sorrindo fraco.
- Eu vou cuidar pessoalmente pra que aquela cara não tente fazer isso com ninguém mais - falei sério.
- O que você vai fazer amor? - perguntou preocupada.
- A gente até pode não está na favela mas eu fui criando em um e existe regras na favela e uma delas e não estuprar e tudo mundo sabe qual é a pena - falei sério explicando e ela arregalou os olhos.
- Meu Deus! - falou incrédula.
- Não tenha pena que ele vai ter o que merece e aposto que ele vai gostar - falei rindo fraco.
- Você me assusta com essa risada sádica - falou baixo.
- Todo mundo é ruim quando se precisa e no meu caso a ruindade aparece quando mexe com alguém que eu amo - falei sério.
- Pensa bem no que você vai fazer antes de qualquer coisa - falou séria.
- Já pensei - falei dando o assunto por encerrado.
Fiquei mais algum tempo ali mas logo ela pegou no sono, antes de sair do quarto dela dei um beijo em sua testa e desci para me ir embora e despedir dos meus sogros. Saí da cada dela e montei logo na minha moto que eu mandei trazerem e fui voado para o final.
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É Vagabundo mas é meu!
FanfictionEscritora: Ana Souza • Responsável pela história: Ana Caroline Capa: sophiadelrey • + 16 | Carolina tem 16 anos e mora com os pais na baixada, e na esquina de sua casa tinha um ponto de moto táxi, no qual trabalhava o Diogo ou Dioguinho como era con...