- Diogo Narrando -
Estava distraído tomando banho quando a Carol entrou correndo no banheiro e se ajoelho em frente ao vaso vomitando, só faltou colocar a alma pra fora.
- O que você tem? - perguntei preocupado desligando o chuveiro e enrolando a toalha na minha cintura
- Hoje eu tô muito enjoada - falou lavando o rosto e começou a escovar os dentes
- Vem cá - falei puxando ela pela mão quando acabou de escovar os dentes e comecei a levantar a blusa dela
- Não quero sexo - falo me olhando fazendo beiçinho e seu rosto estava pálido
- Nem eu - falei tirando a blusa dela e em seguida o short - Toma um banho que eu vou pegar seu remédio e botar o Felipe pra dormir - falei terminando de tirar a roupa dela e a mesma entrou no box
Coloquei uma bermuda de dormir e fui no quarto do Felipe e o mesmo brincava no chão com alguns carrinhos e nem deu atenção quando eu entrei.
- Hora de dormir - falei chamando a atenção dele
- Só mais um pouco - falou manhoso igual a mãe
- Não, vamos dormir logo - falei sério
- Por que? - perguntou se levantando
- Porque pra você ficar acordado eu ou sua mãe temos que está também e sua mamãe está passando mal e eu vou cuidar dela - falei e ele deitou na cama
- Ela ta dodoi? - perguntou me olhando
- Não, mas ela tem que descansar - falei cobrindo ele - Tomou o Nescau? - perguntei me sentando na cama
- A mamãe me deu e já escovou meus dentes - falou sorrindo e eu beijei a testa dele - Dorme então - falei apagando a luz e saí do quarto
Quando cheguei no nosso quarto a Carol estava deitada toda coberta.
- Toma o remédio - falei entregando e ela se sentou pra tomar mas logo deitou
- Muito enjoada ainda? - perguntei
- Mais ou menos - falou com a voz baixa e eu fui no banheiro. Peguei um balde e coloquei ao lado da cama pra se caso precisasse
- Se você tiver vontade de vomitar já está aqui, não inventa de levantar correndo e acabar tendo tontura e caindo. Se for muito rápido e não conseguir pegar pode vomitar no chão que eu limpo - falei me deitando ao lado dela
- Acho que juntou o enjôo da gravidez com o nervosismo do casamento - falou bem baixinho com os olhos fechados
- Não sei porque nervosismo - falei rindo baixo
- Não está nervoso? - pergunto ainda baixo
- Claro que não, eu espero por isso faz anos, não fiquei nem nervoso quando nos casamos no cartório - falei baixinho
- Por que não? - perguntou abrindo o olho pra me olhar
- Porque quando casamos já estávamos levando vida casado e eu acho que as únicas diferenças desse casamento para o cartório vai ser a chance de te ver entrar linda de noiva e o dinheiro que estamos gastando - falei e ela me beliscou de leve no final
- Desde de que começamos a namorar sério essa ideia passa pela minha cabeça - falou me abraçando
- Falta só dois dias - falei baixinho e els resmungou algo mas logo pegou no sono por causa do remédio
- Carolina Narrando -
Era hoje o dia do meu casamento com o Diogo, estou feliz demais, muito nervosa e muito anciosa. Hoje parece que passou um filme na minha cabeça de todos os nossos momentos juntos, desde do primeiro baile até o nascimento do Felipe.
- Para quieta, minha filha - falou minha mãe tentando arrumar com a moça o meu vestido
- Sabia que o vestido não iria servir mais - falei com a voz chorosa
- Engole o choro, o vestido está muito bom, só que você vai ficar com um peitão danado - falou minha mãe
- Vai desconcentrar o padre - falou a a moça que era amiga da minha mãe me fazendo ri
- Se ele se desconcentrar não vai ter casamento, o Diogo mata ele ali mesmo - falei rindo
- Não vai ter padre desconcentrado e muito menos morte - falou minha mãe terminando de arrumar o vestido
- E o Felipe mãe? - perguntei olhando pra ela
- Está lindo e está com o seu pai, falei pra ele tomar bastante cuidado pra ele não se sujar - falou explicando
- Acho que estou pronta - falei me olhando no espelho
- Você está linda - falou a amiga da minha mãe
- Uma princesa - falou minha mãe emocionada - Vou chamar seu pai - falou e saiu indo atrás do meu pai
Alguns minutos depois ela voltou com meu pai e o Felipe, fiquei boba quando vi o Felipe todo arrumado.
- Você está lindo, bebê - falei me agachando e dando um selinho nele
- Tá linda, mamãe - falou me fazendo sorrir
- Vocês estão lindos - falou minha mãe
- Minha princesa - falou meu pai se aproximando e me dando um beijo na testa
- Vamos gente - falou minha mãe e fomos pro carro
Estava no carro com meu pai só esperando pra entrar na igreja, o Felipe estava mais concentrado em jogar no celular que outra coisa.
- Você tem certeza? - perguntou meu pai me olhando
- Certeza de que? - perguntei sem entender
- Que quer se casar, se não quiser vamos embora, só quero sua felicidade - falou me olhando
- Pai, se sabe que eu quero - falei sorrindo
- Carol, eu sei o que você quer mas eu quero que saiba que qualquer decisão na sua vida eu irei te apoiar. Eu sinto que agora estou oficialmente perdendo você mas eu estou muito feliz pelo rumo que tudo tomou e nunca vou me perdoar pelas coisas que falei quando você contou da gravidez, você é minha princesinha e sempre será. Você e o Diogo me deram o maior presente da minha vida, depois de ser pai claro - falou e eu não consegui segurar minhas lágrimas
- Eu quero que você me leve até o altar, você é melhor pai do mundo e o melhor avó também - falei sorrindo e ele beijou minha testa
- Vamos parar de melação porque eu tenho que fazer cara de bravo pro Dioguinho - falou me fazendo ri baixo
- Acho que essa fase já passou - falei ainda rindo
- Se que pensa, ele ainda morre de medo - falou fazendo cara de bravo
- Se que pensa - falei igual ele e o mesmo riu
- Partiu casar, pai - falei e ele saiu do carro abrindo a porta pra mim
Quando a porta abriu a minha mãe apareceu do nada e pegou o Felipe, todos os padrinhos já estavam em posição pra entrar.
- Tô nervosa - falei baixo pro meu pai ouvir
- Respira fundo e pensa que você está realizando seu sonho
- E como estou - falei respirando fundo e fechando meus olhos
VOCÊ ESTÁ LENDO
É Vagabundo mas é meu!
FanfictionEscritora: Ana Souza • Responsável pela história: Ana Caroline Capa: sophiadelrey • + 16 | Carolina tem 16 anos e mora com os pais na baixada, e na esquina de sua casa tinha um ponto de moto táxi, no qual trabalhava o Diogo ou Dioguinho como era con...