Capítulo L

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- Carol Narrando -

Dois meses se passaram e aqui estou com 8 meses e quase explodindo, eu tô igual uma bola rolando de um lado para o outro sem conseguir dormir pois meus filhinho resolveu jogar bola dentro da minha barriga.

- Qual o seu problema em Carol? - perguntou Dioguinho meio irritado por ser acordado comigo se mexendo na cama

- Como assim? - perguntei me sentando na cama

- Não para quieta na cama - falou reclamando

- Culpa do seu filho - falei me deitando com a barriga pra cima

- O que o moleque fez? - perguntou de olhos fechados

- Não para de se mexer, não consigo dormir direito - falo reclamando

- Você está sentindo o que eu tô sentindo com você se mexendo - falou rindo

- Para de rir garoto - falo irritada

- Parei - falou segurando o riso e deitou com a cabeça na minha barriga - Campeão, da uma segurada ai. Eu sei que deve ser legal ficar chutando a mamãe mas isso machuca ela, daqui a pouco você saí daí e pode se mexer a vontade. Agora deixa ela dormir um pouquinho, hein moleque? - terminou de falar e o bebê já estava quieto mas ele cutucou a barriga e fez o bebê chutar

- Não era pra cutucar amor - falo derrotada

- Fica na na moral ai moleque - falou alisando minha barriga e ele chutou de novo

- Eu acho que ele não gosta de ser chamado de moleque - falo rindo fraco

- Temos que arranjar um nome pra ele - falou pensativo e continuo alisando minha barriga e o bebê ficou quietinho

- Pode escolher - falou fechando os olhos e sentindo o carinho dele

- Felipe - falou de repente depois de um tempo

- Quem é esse? - perguntei sem entender

- Dentre os nomes que falamos naquele dia é o que eu mais gosto - falou explicando

- Felipe Andrade Marques - falei sorrindo

- Ficou maneiro - falou animado

- Vamos tentar dormir - falei cansada

- Vamos amor - falou e não parava de alisar minha barriga

Eu estava arrumando umas roupinhas que eu comprei pro Felipe e o Diogo entrou no quarto.

- Temos que escolher os padrinhos do Felipe - falou tirando a camisa e se jogando na cama

- Tem alguém em mente? - perguntei interessada

- Tenho sim - falou me olhando - E você? - perguntou

- Eu tenho também, só tem que ver se vai aceitar - falei dando de ombros

- São 4, né? - perguntou

- Uhum! - falo confirmando - 2 de batismo e 2 de consagração - falo explicando

- Tem que ser em alguém que a gente confie muito - falou pensativo

- Pra ser sincera eu só pensei em uma pessoa, depois decidimos os outros dois - falo terminando de guardar as roupas

- Melhor fazer assim mesmo, em quem você pensou? - perguntou curioso

- Na Bruna, ela me ajudou muito no início e ainda me apoia pra caralho. Não que os outros não apóiem mas é diferente - falo explicando - E você pensou em quem? - perguntei

- No Wesley, sei que eu e ele já tivemos nossos problemas mas somos melhores amigos e sei que posso contar sempre com ele - falou explicando

- Estamos bem de padrinhos então - falo sorrindo - Vamos chamar eles aqui? - falei animada

- Vamos - falou pegando o celular e mandando mensagem para o Wesley e peguei o meu pra mandar pra Bruna

- Depois quero te levar em um lugar - falou guardando o celular e eu assenti

Em menos de 20 minutos os dois chegaram, praticamente juntos.

- Aconteceu alguma coisa amiga? - perguntou preocupada

- Não, senta ai - falo negando com a cabeça

- É o que então? - perguntou Wesley

- Nós pensamos e decidimos que não tem pessoas melhores para serem os padrinhos do Felipe do que vocês - falou o Diogo

- Mentira! - falou animada e me abraçou - Ai como eu amo vocês ou melhor como eu amo o Felipe - falou beijando minha barriga e em seguida abraçou o Diogo

- Caralho parceiro, pode ter certeza que tô bem feliz com isso e vou ser o melhor padrinho - falou cumprimentando o Diogo e me abraçou em seguida mexendo na minha barriga - Somos compadres agora mamãe elefanta - falou rindo e me zuando já que ele só me chamava assim desde que minha barriga cresceu

- Acho melhor mudarmos o padrinho - falei virando para o Diogo

- Mudar nada não - falou Wesley se metendo e rimos

- Aonde nós vamos, Diogo? - perguntei já que estávamos dentro do carro e ele não falava pra onde iriamos

- É surpresa, me diz o que você queria falar comigo - falou me olhando de lado

- Eu estava pensando, você poderia destrancar a faculdade - falei entrando no assunto

- Porque? - perguntou

- Vamos pensar a longo prazo, bem ou mal você vai ser pai e você não pode pensar só em você agora, temos o Felipe. Depois que ele nascer eu vou voltar pra faculdade e terminar, você poderia fazer o mesmo - falei explicando

- Você está certa, por mais que dê dinheiro como moto taxi não é algo garantindo e eu não posso pensar só pelo meu lado - falou concordando

- Então depois agiliza as coisas - falo olhando pela janela quando ele parou - Essa é aquela casa que viemos - falo pensativa

- É sim - falou saindo do carro e logo me ajudando sair

- De quem é? Você falou que iria explicar mas eu até esqueci - falo me encostando no carro

- Vamos entrar - falou me dando a mão - Essa casa é nossa - falou sorrindo

- Como nossa? - perguntei sem entender

- Eu tinha um dinheiro guardado e juntei com um dinheiro que minha avó me deu - falou explicando e logo me toquei que os avós dele mimavam muito ele por ser único neto

- É linda a casa Dioguinho - falo sorrindo

- Toda nossa - falou animado - Vem ver uma coisa - falou e puxando e subimos as escadas indo e ele parou de frente pra uma porta - Abre - falou me incentivando

- É lindo - falei bem animada quando abri a porta e dei de cara com um quarto de bebê todo decorado do jeito que eu sonhei

- Minha mãe e as meninas me ajudaram a decorar tudo do jeito que você iria gostar - falou mexendo em algumas coisas

- Eu realmente amei - falo abraçando ele e dando um selinho demorado

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