interrogatorio

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     Pegamos um ônibus para ir a Chinatown um bairro chinês de Manhattan. Em Chinatown há vários restaurantes chineses. A grande maioria dos imigrantes que deram inicio ao bairro chegaram de Guangdond e Hong kong. Além disso em Chinatown as pessoa adoram vender falsificações de roupas, relógios e até mesmo arte.
       Quando descemos do ônibus caminhamos até a frente de uma academia de artes marciais que Chang custumava frenquentar durante a tarde, mas ela estava fechada.
        - E que tal procurarmos ele no restaurante do primo?- sugeriu Mad.
        - Boa ideia.- digo fazendo um murmuro de concordância.
       O restaurante ficava perto de uma esquina próxima da academia. Enquanto eu e Mad caminhavamos um ao lado do outro observando algumas vitrines e asiaticos que tentavam vender suas falsificações baratas acabei lembrando -me da voz do Fantasma , "Estou tão perto quanto você pode imaginar." , ele estava tentando me ameaçar ou dizendo que é alguém próximo a mim? Quem poderia ser?
      Paramos em frente a porta de vidro do restaurante chines, a placa branca que estava pindurada a porta dizia " fechado". Encaro o restaurante do lado de fora através da vidraça.Havia um homem baixo sentado em um dos sofás perto da mesa que comia macarrão segurando pauzinhos, o vapor da comida se misturava ao ar. Não muito longe estava atrás do balcão da cozinha um cozinheiro não muito diferente do seu cliente , ele picava um peixe grande usando uma faca, o brilho da faca sintilava, seu avental estava sujo com as tripas do peixe .
       - Até que foi facil acha-lo.- comenta Mad ao ver o nosso alvo comendo macarrão.
      Passo por ela e coloco a minha mão na porta deixando-a com as marcas dos meus dedos  ao empurra-la para frente. Entro no aposento e o cozinheiro coloca seus olhos pequenos em nós . E Chang? Nem nota a nossa presença , ele parecia hipnotizado pela comida.
       - O que querem? Nós estamos fechados . - diz o primo de Chang . Sua voz deixa bem claro que não somos bem vindos.
       - Não estão mais.- falo grosseiramente. Então finalmente Chang levanta o seu rosto para nossa direção.
       Ele permaneceu imóvel com o macarrão na boca que escorregava para a mesa, Chang largou os pauzinhos.
        - Oi, Chang!- Mad acena para ele com uma falsa alegria.
       Seu primo olha para mim e Mad , depois para Chang curioso.
        - Precisamos conversar.- digo encarando-o.
       O baixinho engole o macarrão que escorregava da sua boca , sugando tudo para dentro,sua garganta desceu e subiu causando um "glog".
       - Eu não fiz nada...- murmura , suas pernas se mexem de baixo da mesa, ele estava prestes a correr .
       -  Bruce não esta com um bom humor, Chang- Mad senta no sofá ao lado do chinês .- Se eu fosse você não tentaria fugir.
     O chinês sai como um raio da mesa querendo sair pela porta dos fundos ...

 caso 137Onde histórias criam vida. Descubra agora