Continuação

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     Olho para a mulher atrás de mim, negra, olhos escuros brilhantes. Jaque
-ta de couro e vestido vermelho curto,
cabelos curtos que iam até a nuca. Era Sidney, uma amiga de Mad.
      Sidney me ofereceu um copo de plastico vermelho enquanto ela bebia um pouco do seu.
       - Não, obrigado.- digo, afastando o copo com a mão.
       - Acho que você deveria beber um pouco, fumar da sede. Não dá?- Sid abre um pequeno sorriso e se apoia na grede.
       - Não precisa se preocupar, se eu quisesse beber algo pegaria .- eu só queria ficar sozinho.
       - Ok.- Sid coloca o copo no pé da escada- Vou deixar aqui caso você mude de ideia.
     Assopro a fumaça do cigarro, talvez se eu não der bola para os seus comen
-tários ela vai embora.
        - Gosto de você Bruce.- ela sussur-
ra no meu ouvido.
        - Sidney...- tento falar mas seu de-
do toca meu lábio inferior.
        - Atraente, um detetive esperto e misterioso, além de ser um cozinheiro de mão cheia.- seu rosto se aproxima do meu e o seu dedo desliza até o meu peito. - O que mais você esconde? Por
que não saimos daqui para ir a um lugar mais calmo, para você me reve-
lar?
      Ela esta tentando me seduzir, então entro no seu joguinho. Abro um pequeno sorriso e seguro a sua mão contra o meu peito. Olho um pouco para o pessoal da festa. Mad que sorria com Lessy nos braços olhou pa-
ra nossa direção, seu sorriso morreu, suas sobrancelhas cairam para baixo. Mas sua cara logo se desfaz por conta de um amigo que puxou-a para um bando.
         - Então?- Sidney estava mais perto ainda.
      Eu podia sentir sua respiração na minha cara, sua mão no meu peito e a outra no meu rosto. Tiro o cigarro da minha boca jogando-o para longe onde ele caiu alguns andares para baixo.
         - Então?- eu arqueo as sobrance-
lhas, minha mão segura o seu pulso com força.- Então Sidney, se é que posso te chamar assim, srta. Viúva negra a idolatrada dos gangsters.
         - O que?- seus olhos ficam grandes , ela começa a soar e tenta pu-
xar o pulso da minha mão.- Você esta
maluco!
          - Nem pense em gritar.- sussurro ameaçadoramente encarando-a com os olhos cerrados. - Não me obrigue a te jogar desse andar.
           - Seu louco- ela grunhi e com a outra mão puxa o seu pulso inutil-
mente.- Eu sou a Sidney!
           - A é? Pelo o que sei a Sidney de verdade não tem uma pinta no pesco-
ço e uma tatuagem de sua gangue no pulso.- arregaço a sua manga para trás
revelando uma aranha negra cravada em sua pele.- Seu chefe te mandou aqui não foi? Ele me parece um tanto vingativo.
            - Me solte...- resmunga entre dentes cerrados.
        Bato o corpo dela entre as grades causando um barulho, mas ninguém escutou para a minha sorte estavam ocupados com jogos e bebendo até cair.
           - Você não pode me matar.- seus olhos param no chão lá em baixo depois param nos meus- Policiais não fazem isso- sua voz ficou aspera.
            - Será?- seguro a gola da sua jaqueta precionando-a ainda mais contra a grade.
            - Você matou nossos amigos naquela fazenda. Ele me mandou para mata-lo.- diz,seu rosto estava soando.- Estou apenas seguindo ordens...
            - Você vem aqui fingindo ser sua irmã, tenta me envenenar e sedu-
zir . Ameaça a vida dos meus amigos, espera que eu a perdoe?- franzo as sobrancelhas.- Pois você só esta comprindo ordens?
            - Não preciso da sua droga de pena.-  a viúva revira os olhos.
            - Escute aqui.- puxo sua jaqueta para mais perto do meu rosto, sinto o seu medo.- Se seu chefe escroto tem algum problema comigo diga a ele para vir pessoalmente, não se esconder atrás de uma prostituta. E se eu souber que a sua gangue está obser
-vando os meus amigos ou pensando em mata-los saiba que eu não vou pensar duas vezes antes de fazer algu-
ma besteira.
       A garota afasta minha mão de sua jaqueta atordoada.Sem dizer nada ela sai da escada de incendio, passa pela janela esbarrando em algumas pes-
soas e sai pela porta deixando alguns curiosos.
        Pego outro cigarro colocando-o na boca, dou um trago tentando me acalmar.
        Nunca há um momento de paz... agarro a grade com força. Sempre há lobos em pele de codeiro por ai , há espreita. E me pergunto se serei capaz de acabar com todos eles.
         Só sei que... olho para Mad sentada em uma mesa pequena com Jack fazendo um jogo de virar copo. Quem bebia mais e continuava de pé vencia, Jack estava levando uma sur-
ra.Freed ria dos dois e Alan dava apoio moral para o companheiro. Megan ficava louca quando bagunça-
vam a casa e Jay, ele apenas estava com a cara no sofá se queixando da vida.
        Sei que, ninguém vai tirar aqueles que são capazes de transformar meu inferno em um paraiso. E por isso devo protege-los... para assim minhas consequências não cairem sobre eles.
 
     Obg por ler!!
      Fim do cap.

 caso 137Onde histórias criam vida. Descubra agora