porcos, devoradores de humanos

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      Atrás da chaminé seguro a arma com as duas mãos, do meu lado estava Jack, seu braço estava sangrando uma ferida causada por tentar fugir dos servos. Com a fita ele enrolava um pano de prato no braço.
      - AI, Droga!- grunhi de dor- Aqueles malditos tinham unhas enormes.
      - Silêncio, eles estão vindo.- digo.
     Escuto o barulho de pés sendo precionados contra as telhas da casa. Alguns eram um tanto hesitantes. Jogo a cabeça para o lado da chaminé observando os dois.
      - Onde esta seus puxa-sacos,padre? - Rick caminhou, seguindo aquela figura religiosa . Seus pés escorrega-
vam pelas telhas quase fazendo- o cair.
        - Venha . O ritual já vai começar.- o padre chama ele com as mãos.
        - Mas que merda. Justo aqui em cima padre...- Ao olhar para baixo seus olhos ficam maiores- Você não disse que o ritual seria na floresta?- seus dedos coçaram o cavanhaque.
       O padre não respondeu,parou de frente para o mafioso. Soltou uma risada e com um movimento rápido tirou o capuz.
        - OTÁRIO!- Mad tirou sarro de Rick mesmo vendo a arma dele apontada para sua cabeça.
        - Sua .. - ao perceber a armadilha seu dedo estava prestes a apertar o gatilho.
        - Largue a arma.- com a minha arma apontada para a parte de trás do seu crânio o obrigo a chutar sua arma para Mad.
         - Obrigada meu caro.- ela faz uma reverência enclinando o corpo,depois com uma expressão séria no rosto ela diz - Agora de joelhos mané.
       Jack apenas observa a situação com um sorriso no rosto, cruzando os braços.
        - Se vocês acham que eu vou dizer alguma coisa...
       Mad o golpeia con força do lado do rosto usando a arma.
        - Você vai falar sim!  - ela grita- VAI ABRIR A MERDA DA BOCA!
        - Óh meu Deus , uma mulher ira- da!-  Rick fingiu medo, mesmo um pouco atordoado com o golpe suas mãos não sairam de trás da cabeça.- Olha querida não tente bancar a policial má, isso não funciona.
        - Querida é o cacete!- mais outro golpe . Desta vez o mafioso cuspiu sangue , sua mão direita segurou o maxilar.
        - Calma , precisamos dele vivo.- seguro o ombro da minha parceira e ela da um passo para trás respirando fundo.- Deixe comigo.
        - Tudo bem...
     Encaro Rick que me encarava zombeteiramente. Sangue descia pela sua boca . Ele não iria colaborar. Não
mesmo. O mafioso era um cofre, como eu poderia arrancar seus segredos se eu não tenho uma senha?
        - Rússo, homem alto, forte, cicatriz em um dos olhos, tatuagem comunista no pulso. Diga- me onde posso encon- tra-lo.
        - Vai pro inferno!- atiro em seu ombro , ele desaba para trás enquanto geme segurando a ferida ensopado de sngue.
        - Eu não vou perder tempo com você!- digo- Se tem amor a vida ape- nas me diga onde posso acha-lo.
        - Não adianta , ele não vai falar- comenta Jack sem tirar os olhos dos arranhões.
        - Só um minutinho pessoal.- com dificuldade Rick brota do chão- Eu sei que vocês estão fazendo isso pelo trabalho . Vocês devem ganhar uma mixaria...- seus olhos passam por nós  brilhando sobre a luz da lua. Ele apon-
ta para mim. - O que me diz fumaça? Todo mundo tem um preso, eu não me ferro e vocês também não.
        - Eu não negocio com idiotas.
        - ÓHHH! - jack resmunga com prazer ao me ver responde-lo.
        - Mas que babaca. Você acha mes-
mo que pode nos subornar?- Mad cerrou os dentes.
      O mafioso deu de ombros,fez uma careta deu um passo para trás.
        - Parte de mim já sabia que eu ouviria essa resposta. Mas entendam os meus chefes iriam me matar de um jeito nada agradavel. - conforme ele falava seus pés continuavam a andar para trás.
         - Mas o que ele esta pensando em fazer?..- jack resmunga.
         - Rick , você estará na prisão. Eles não o pegarão.- Mad tenta controlar a situação.
         - Ah, querida, de repente você virou um doce? Por quê?- seus lábios formam um sorriso.
         - Nem pense...- digo.
         - Nem pense em quê? - seus pés já estavam na beira do telhado.- Em me atirar? Eu sei é suicidio. Mas eu já to fudido mesmo. Se eu viver vou mor-
rer e se eu morrer estarei no inferno. E prefiro o inferno do que o castigo do meu chefe ...- ele permaneceu com uma expressão de vitória no rosto. - Saiba que nem tudo esta ao nosso alcançe detetive , nem sempre temos o que queremos.
          - NÃO!- grito, tento agarrar Rick largando a minha arma.
        Ele pula do telhado, consigo segurar o seu blazzer. Mas então não sinto o seu peso, Rick escorrega para o chão com rispides... então, ele cai na terra seca quebrando a cabeça, o cor-
po totalmente torto e sem vida. Uma
possa de sangue começa a cerca-lo.
        Ergo-me do telhado olhando para baixo enquanto a minha mão segura-
va a porra do blazzer.
          - Droga!- grito jogando a roupa para longe.
          - Calma , Bruce...- Mad estende as mãos para agarrar os meus ombros.- Você não tem culpa.
          - Calma? Era a nossa única chan- ce de achar o rússo!- Me afasto dela colocando as mãos na cabeça.
         - Cara , haverá mais chances.- diz Jack.
         - Haverá. Mas quando? - eu pode-
ria ter impedido. Eu poderia, por que não fui rápido o suficiente? Porra! Eu estaria adiantando as investigações.
        - Bruce?...- Jack me chama como se eu estivesse sonhando.
         - Me deixem em paz .- ignoro- os saindo com as mãos no bolso.
     Preciso de um cigarro.
              
               *  *  *

 caso 137Onde histórias criam vida. Descubra agora