continuação

2 0 0
                                    

     Estou sentado em um banco com a minha mãe, esperamos o nosso ônibus  para voltar ao nosso lar. A rua estava movimentada e cheia de carros
, pessoas caminhavam pelas calçadas.
     Eu balanço as minhas pequenas pernas que mal tocavam o chão ansio-
so para chegar em casa e comer uma torta de maçã. Então minha mãe fez cafuné na minha cabeça  pescando uma maçã de dentro do saco de papel repousando -a em minhas mãos o seu corpo vermelho e gelado, quando a mordo sinto a doçura abrindo um sorriso enquanto ainda balanço os pés.
      - Nossa,você está com fome.- minha mãe ri dando batidinhas nas minhas costas- Nosso ônibus já vai chegar.
     Sorri para ela arrancando pedaços da maçã com meus dentes tortos, o vento assopra meu rosto, as pessoas conversam entre si, meus cadarços deslizam pelo chão. Ao perceber que ela estava muito quieta, olho-a...
     Morta, sem cabeça, jatos de sangue saindo pelas as veias ligadas a sua cabeça, e o seu corpo se contorcendo no banco enquanto sua mão segurava uma arma em cima das pernas.
      - Mãe.!?..- digo desesperado.
   Sinto a maçã ficar mais pesada em minhas mãos de repente. Ao encara-
la ali estava, a cabeça com um furo enorme na lateral me encarando com os olhos grandes, sem piscar. A boca se abriu devagar, sangue escorria pelos meus dedos caindo no chão...
     - Você é culpado! Bruce , Bruce. Estou decepcionada.
     - BRUCE!- sinto um pé empurrar as minhas pernas em pleno ar.
     Abro meus olhos aos poucos piscando várias vezes , sacudindo o corpo que estava pindurado.
    - BRUCE!ACORDA!- Mad grita me dando mais um chute, seu corpo se balançava como o meu. Estavamos presos com algemas que foram amarradas a um teto de celeiro com cordas.
    - Dá para parar de me chutar?!- grito com ela acordando por completo
    - Que bom que vc acordou, já estava na hora.- Mad diz.
    - É verdade, ela bateu em você várias vezes como se fosse uma pinhata.- Jack estava do meu lado.
    - Quanto tempo eu fiquei apagado?- olhei para cima encarando a corda ligada ao teto.- O que eles pretendem fazer com nós?- pergunto quase para mim mesmo.
     - Eu não sei, mas óbviamente não é  nada bom.-  Mad se balança tentando se livrar das cordas inutilmente, girando em torno de si mesma.
     - O que vamos fazer Bruce?- Jack - Olha, eu não quero morrer não...
     - Não vamos morrer.- digo calma-
mente olhando para ele.
     A porta do celeiro se abre revelan-
do o mafioso e um homem velho que usava túnica negra enrrolada no cor-
po, ela tinha cruzes invertidas e uma estrela invertida bem no meio do peito do padre. O padre tinha olhos escuros, bochechas caidas , se apoiava em uma bengala com cabeça de bode esculpida. Seus dedos que preciona-
vam a bengala eram cortados e tinham feridas de queimaduras, me pergunto como as mãos dele ficaram assim.
     - Ai estão eles padre...- ele fez um sinal para nós, cortando o ar com a mão.
     - Hummm... - o homem velho esfregou o queixo enquanto nos avaliava.
     - O que você esta olhando seu padre gótico do caralho?- Jack se sacudiu dando um passo para trás.
     - O esquentadinho vai primeiro, depois a garota e por fim o criolo.- padre.
     - Primeiro a que? O que irão fazer?- Mad pergunta nervosa.
     - Vocês serão sacrificados- o lider dos mafiosos abriu um sorriso se virou para o padre sussurrando algumas coisas sobre negócios. Ele acompanhou o senhor até a porta e se virou para nós com os olhos faiscando de maldade -  Tem um sujeito armado com uma snaper do lado de fora, se escaparem ( o que seria um milagre) , ele não vai hesitar em apertar o gatilho. Comportem -se crianças.
     - Crianças...- murmurou Jack cerrando os dentes.
      - Como eu disse , comportem-se.- ele olhou para mim- principalmente você! Graças a você estou com uma terrivel dor de cabeça!
      - Que bom pra você.- digo amargamente.
      - Você vai pagar por isso! - nervoso ele fecha a cara.
      - Não dúvido disso.- cuspo sarcasmo encarando-o.
      Sua expressão se suaviza o mafioso começa a rir.
     - Francamente não sei por que estou discutindo com você. Só sei que quando estiverem arrancando suas tripas eu vou rir bastante.
     - Quem rir por último ri melhor.- jack provocou.
     - E pode ter certeza de que a ultima risada será nossa.- cutucou  Mad.
     O mafioso sai do celeiro rigido balançando os cabelos enquanto caminha , ao fechar as portas do celeiro ele diz:
     - Vamos ver se isso vai realmente acontecer.

 caso 137Onde histórias criam vida. Descubra agora