[CONCLUÍDA] O mundo tende a incandescer.
Dois atores que contracenam apaixonadamente nas telas e não se suportam fora dos estúdios. Eles conseguiam coexistir sem maiores danos, até que tudo desanda e os dois homens acabam indo para a cama no dia d...
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" Antes que conheças, não louves nem ofendas."
J e o n
Ainda era meio de semana, certamente, no dia seguinte teria que acordar cedo, mas lá estava eu parado em frente aos elevadores do prédio residencial, onde Namjoon morava.
Depois das nossas últimas pequenas discussões, quais foram geradas por um erro meu, não consegui me sentir bem em estar naquele clima com o meu melhor amigo. Eu só tinha que contar o que aconteceu, ser tão sincero quanto ele sempre foi comigo, mas eu escolhi mentir.
Por estar um pouco tarde, não aparece ninguém esperando o elevador assim como eu. Por isso, olho as escadas de incêndio e decido pegar aquele caminho, antes que demorasse mais que o necessário. Confesso que parecia ter durado uma eternidade para subir todos os degraus até o décimo terceiro andar. Embora eu praticasse exercícios físicos, quando parei em frente a porta, estava suando e ofegante. Bati em sua porta com a mão desocupada, ignorando a campainha e esperei.
Namjoon apareceu vestindo uma camiseta larga e sua bermuda jeans, seu semblante demonstrava um misto de surpresa e talvez alegria em me ver ali. Isso só fez com que meu interior se afundasse ainda mais em culpa.
— Trouxe vinho. — Estiquei a garrafa em sua direção, fazendo a cara mais triste que poderia.
— Vem cá. — Ignorou totalmente a bebida e me abraçou de lado — Por que está tão ofegante assim? E suado.
— Subi pela escada de incêndio.
O deixei que me puxasse para dentro, entrando diretamente em sua sala de estar.
O apartamento do Namjoon cheirava a aromatizador um pouco cítrico e comida, me fazia sentir como se tivesse em casa. Todas as vezes que não me sentia bem em minha própria casa, era ali que eu me escondia. E por isso, não tenho cerimônia alguma, deixo a garrafa em sua mão e me jogo em seu sofá. Fecho os meus olhos e suspiro.
Havia tantas razões para ir até ali, me desculpar e tentar fazer as coisas voltarem ao normal, mas a verdade era que eu não conseguia viver sem a existência do meu hyung.
— Estou feliz que você veio.
— Eu também.
— O Jeon veio para o jantar e você nem me avisou para colocar uma roupa melhor, Namjoon? — A voz de Seokjin ficou cada vez mais perto.
Ele apareceu na sala, vestindo uma camiseta e uma calça de moletom simples, havia uma avental por cima e uma colher de madeira em sua mão.
— Oh, pare. — Meu amigo sorriu para o seu namorado — Ele é de casa. Jungkook nem ao menos se importa.
— Não, mesmo. — Confirmei o que estava dizendo. — Pessoas como Seokjin-ssi ficam bem com qualquer roupa.
— Ok, Namjoon. Você quem ensinou essa a criança mentir, não foi? — Sua voz era divertida e por um momento, eu sorri. — Bem, agora eu vou para a cozinha. — Ele virou as costas, pronto para ir, mas parou. — Fico feliz que veio provar da minha comida, Jungkook.
