10 | como espelhos

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"O universo trabalha como um grande jogo de espelhos, onde tudo se reflete. Alguns reflexos são distorcidos, mas ainda são reflexos."

J i m i n

Quando Taehyung disse que gostaria de conversar comigo depois das filmagens, não imaginei que o encontraria ao lado de fora do camarim, qual dividia com o Jeon. Porém, para a minha surpresa, lá estava o meu companheiro de cena, encostado na parede do corredor em frente a porta.

E se eu estava surpreso com a sua pressa em ter aquela conversa, fiquei mais ainda ao ser chamado para ir até a uma cafeteria. Eu o segui com o meu carro, o deixando me guiar por um caminho, que no final, deu de encontro a uma padaria e não cafeteria.

Eu estava curioso para saber o que ele queria, apesar de desconfiar do assunto, mas não cheguei a questionar, nem mesmo quando nós nos sentamos em uma das mesas, onde ficava a lanchonete do local.

Taehyung se esparramou sobre a cadeira acolchoada, jogando o seu braço direito sobre o encosto e abrindo suas pernas. Seus olhos varriam o cardápio à procura de algo e eu procurei fazer o mesmo, enquanto o atendente estava esperando.

— Aqui é um dos poucos lugares onde servem café de coador e não aquele expresso horrível. — abaixou o cardápio e apontou para um lanche enorme. — Vou querer um desse e um café. E você, Jimin?

Não tinha nada que não fosse gorduroso.

— Você bebe café?

— Sim, pode ser um café e um lanche natural. — pedi para o atendente, que estava anotando tudo.

Antes de qualquer conversa ser iniciada, fizemos os nossos pedidos e esperamos que o atendente se afastasse.

— Está gostando de atuar na série? — Taehyung perguntou após o garçom se afastar. — Fiquei sabendo que está tendo uma boa repercussão.

— Sim, e muito. Fico feliz que está gerando bons resultados. — Lhe lancei um pequeno sorriso. — Minha família tem escutado muitos comentários positivos onde moram e isso é importante para uma série com esse tema.

— A crítica tem te elogiado bastante, Park. — Ao ser chamado pelo meu sobrenome, acabo me lembrando de Jeon. O narcisista parecia ter horror de dizer o meu nome.

— Ainda não procurei saber. — Encolhi os meus ombros. — Mas vou dar uma olhada.

— Quando eu estava em meus primeiros trabalhos da adolescência, também tinha muito medo de saber o que os críticos achavam, mas quer saber de uma coisa? Você sempre vai ser o seu melhor crítico. Ter uma segunda opinião honesta é muito bom, eu sei.— deu uma pausa para que o garçom colocasse os pedidos sobre a mesa. — Um minuto.

Eu assenti, o observando pegar a xícara com o café e levar até a boca. Após um gole, voltou a falar.

— Mas sabe, depois de estudar muito, um ator sabe quando está dando o melhor de si e sabe quando está sendo muito bom naquilo que está fazendo. — voltou a colocar o braço sobre o encosto da cadeira. — Quando mais novo eu conheci o Jungkook, ele tinha uma mania de não agradecer aos colegas de cena com mais experiência, toda vez que o elogiavam. Isso parece ser meio rude, não?

Locus 99 • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora