21 | condenação obstinada

85.7K 9.6K 32.5K
                                    

✞

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Confessar a sua paixão ao seu próprio pecado cometido, é condenar-se a si mesmo."

N a r r a d o r

— Jongin. — Hwan disse, seu sussurro fraco e lastimável. Sua mão se passava pela textura marrom da porta do cenário, as luzes baixas indicando gravação de uma noite tórrida onde o rapaz permanecia preso dentro de um quarto, onde ouviu a voz do quase tenente. — És tu?

— Sou eu. — A voz grave respondeu apoiando-se na porta fechada, ouvindo os ruídos que de lá vinham, no quarto isolado do enorme casarão real, mesmo que apenas por título.

— Estou preso. — Sua voz era doída e arranhada. — Sem comida, apenas água uma vez ao dia.

— Estás machucado? — Jongin em meio a sua frieza militar, preocupou-se.

— Já estive pior.

— Por que tentavas fugir em meio à noite, Hwan? — A voz grave soou nos ouvidos do outro, que estava do outro lado, à chorar baixinho. Tinha fome e sede, mas acima de tudo, tinha sofrimento resguardado em seu âmago. — Sabes que ele vai desposar Amélia, do norte, não há mais nada a se fazer.

— Porque amo-o. — Sua frase foi uma incógnita baixa e sofrida, em meio às lágrimas tortuosas. — E vê-lo a desposar alguém que não seja eu faz-me sentir uma faca dentro do meu coração.

— Ah, Hwan. — Jongin suspirou, por não ser dos mais pacientes e dos mais sentimentais, gostaria de repreender o rapaz por ser tão tolo e imprudente de amor, mas não tinha esse direito, uma vez que Minhyuk permanecia da mesma maneira. Doente de amor.

— Onde ele está? — Seu sussurro foi extremamente baixinho.

Taehyung, ou mais profundamente naquele instante, Jongin, passou sua mão pelo espaço da porta que com força conseguiu empurrar entortar a trinca, não queria tocá-lo para ser um doce homem, mas queria sentir a temperatura de seu corpo sem alimento algum, fazia frio e Jongin queria saber se ele estava à beira de um colapso, então, apanhou a mão do outro rapaz.

— Também preso, mas em casa. — Respondeu, seu ombro doendo sob a farda preta que se amassava ao que esforçava-se para esgueirar seu braço pelo pequeno espaço onde conseguiu sentir a mão gelada do outro. — Vai desposá-la mais cedo, em três dias.

Houve um silêncio tortuoso.

— Tire-me daqui, Jongin. — A voz sofrida se pronunciou, apertando com força a mão do homem. — És da força militar, não és? Faça algo por mim, estou a morrer dentro deste quarto sujo.

Jongin suspirou, encostando sua cabeça na porta, sabendo que a qualquer momento o major, pai de Minhyuk, poderia aparecer ali e matá-lo sem pensar duas vezes. Pensou também que estaria arranjando problemas ao tirar o condenado pelo pai do meio sangue azul dali, sabia das consequências incumbidas, mas seu cargo militar poderia liberá-lo de algumas.

Locus 99 • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora