✞
"Confessar a sua paixão ao seu próprio pecado cometido, é condenar-se a si mesmo."
N a r r a d o r
— Jongin. — Hwan disse, seu sussurro fraco e lastimável. Sua mão se passava pela textura marrom da porta do cenário, as luzes baixas indicando gravação de uma noite tórrida onde o rapaz permanecia preso dentro de um quarto, onde ouviu a voz do quase tenente. — És tu?
— Sou eu. — A voz grave respondeu apoiando-se na porta fechada, ouvindo os ruídos que de lá vinham, no quarto isolado do enorme casarão real, mesmo que apenas por título.
— Estou preso. — Sua voz era doída e arranhada. — Sem comida, apenas água uma vez ao dia.
— Estás machucado? — Jongin em meio a sua frieza militar, preocupou-se.
— Já estive pior.
— Por que tentavas fugir em meio à noite, Hwan? — A voz grave soou nos ouvidos do outro, que estava do outro lado, à chorar baixinho. Tinha fome e sede, mas acima de tudo, tinha sofrimento resguardado em seu âmago. — Sabes que ele vai desposar Amélia, do norte, não há mais nada a se fazer.
— Porque amo-o. — Sua frase foi uma incógnita baixa e sofrida, em meio às lágrimas tortuosas. — E vê-lo a desposar alguém que não seja eu faz-me sentir uma faca dentro do meu coração.
— Ah, Hwan. — Jongin suspirou, por não ser dos mais pacientes e dos mais sentimentais, gostaria de repreender o rapaz por ser tão tolo e imprudente de amor, mas não tinha esse direito, uma vez que Minhyuk permanecia da mesma maneira. Doente de amor.
— Onde ele está? — Seu sussurro foi extremamente baixinho.
Taehyung, ou mais profundamente naquele instante, Jongin, passou sua mão pelo espaço da porta que com força conseguiu empurrar entortar a trinca, não queria tocá-lo para ser um doce homem, mas queria sentir a temperatura de seu corpo sem alimento algum, fazia frio e Jongin queria saber se ele estava à beira de um colapso, então, apanhou a mão do outro rapaz.
— Também preso, mas em casa. — Respondeu, seu ombro doendo sob a farda preta que se amassava ao que esforçava-se para esgueirar seu braço pelo pequeno espaço onde conseguiu sentir a mão gelada do outro. — Vai desposá-la mais cedo, em três dias.
Houve um silêncio tortuoso.
— Tire-me daqui, Jongin. — A voz sofrida se pronunciou, apertando com força a mão do homem. — És da força militar, não és? Faça algo por mim, estou a morrer dentro deste quarto sujo.
Jongin suspirou, encostando sua cabeça na porta, sabendo que a qualquer momento o major, pai de Minhyuk, poderia aparecer ali e matá-lo sem pensar duas vezes. Pensou também que estaria arranjando problemas ao tirar o condenado pelo pai do meio sangue azul dali, sabia das consequências incumbidas, mas seu cargo militar poderia liberá-lo de algumas.
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Locus 99 • jjk + pjm
Teen Fiction[CONCLUÍDA] O mundo tende a incandescer. Dois atores que contracenam apaixonadamente nas telas e não se suportam fora dos estúdios. Eles conseguiam coexistir sem maiores danos, até que tudo desanda e os dois homens acabam indo para a cama no dia d...