Capítulo 25

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Quatro meses depois do casamento. 
Escrito pela Thalita:

— Enorme! Eu estou enorme! — Falei olhando minha enorme barriga em frente ao espelho.

Thalita, você só está com um travesseiro debaixo da blusa. — Caio rebateu deitado na cama, se divertindo com o meu desespero.

— Isso não é um simples travesseiro. Não. Isso aqui é o futuro do meu corpo. Minha epiderme irá se alargar até eu virar uma orca. Eu terei que andar devagar para não correr o risco de sair rolando por aí. Eu irei sentar na beirada da cama e você terá que se segurar para não ser arremessado do outro lado. Eu vou entalar no carro. Oh meu Deus, o carro! Corre, amor! Compre uma carreta com uma ampla carroceria para você poder me levar para passear.

— Princesa... — Caio comentou chorando de rir. Eu não estava achando a mínima graça. Eu serei definitivamente uma futura barril ambulante. —Vem cá!

— Eu não quero ir até aí. — Continuei me olhando no espelho, eu estava do tamanho dele. — Mais um pouco e não me verei mais no espelho. Não terei mais reflexo. Serei uma vampira. Só minha barriga irá aparecer no espelho. E sabe o que é pior? Barriga não tem olhos. Como irei saber como minha maquiagem ficou, se somente minha barriga conseguirá chegar até o espelho?

— Princesa... — Caio insistiu e eu me assustei quando ele me abraçou por trás. — Isso é só um travesseiro. — Tirou o meu bebê, digo, o travesseiro debaixo da minha blusa e suspendeu a minha roupa até o meu peito. — Está vendo essa barriguinha linda? Toda arredondada, cheia de amor dentro? Ela está linda! E ficará ainda mais linda! Com o nosso bebê se desenvolvendo aqui. — Fez carinho na minha barriga e beijou o meu ombro. — Você só ficará mais linda!

— A sorte da minha vida é você ser paciente. Se fosse outro, eu já teria sido exportada para marte. — Comentei rindo.

— Só se fosse um louco, exportar a mulher mais linda desse mundo para outro planeta.

— Amor, para com isso! Ando muito sensível ultimamente, não quero começar a chorar agora.

— Ah não! Lágrimas não! Prefiro. — Me deu um selinho. — Você. — Beijou minha testa. — Sempre. — Beijou minha bochecha. — Sorrindo. — Nos beijamos.

— Depois desses beijos como não sorrir? — Perguntei com a respiração irregular e ele sorriu lindo como sempre.

Mulheres do meu Brasil, não que eu queira fazê-las sentirem inveja, mas... Podem sentir. Esse príncipe maravilhoso é todo meu. Desculpa aí!

— Agora se arruma logo, antes que a gente se atrase para fazer a ultrassonografia. Se você continuar enrolando eu vou sem você.

— Mas como você vai sem mim se eu que vou consultar? — Ironizei rindo e ele me deu um longo beijo.

— É só para fazer você sorrir. Olha! — Me virou de frente para o espelho novamente. — Esse sorriso é a coisa mais linda!

Preciso dizer que fico sorrindo feito uma boba perto dele? Acho que não, né?!

Terminei de me arrumar e fomos novamente para a saga da ultrassom. Dessa vez, se tivéssemos sorte, saberíamos o sexo do nosso baby. Entramos eufóricos no consultório da médica Alessandra e já fui deitando na maca.

— Então? Dá para ver o que é? — Perguntei ansiosa e ela sorriu.

— Sim. Dá para ver o sexo, querem saber qual é?

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