Capítulo 30

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Oito meses depois do casamento. 
Escrito pelo Caio:

Diário, estamos em pleno carnaval, e nas semanas finais para a nossa bebê nascer. Não vejo a hora de pegar nossa princesinha no colo. Ou melhor, como diz a Thalita, nossa favinho de mel.

Noite passada foi o chá de fraldas da nossa filha. Aconteceram tantas coisas que você nem imagina. Deixa eu explicar melhor:

Tudo começou ontem de manhã, eu e Thalita passamos o sábado inteiro na correria para preparar tudo para o chá de fraldas.

Sorte que nossa família nos ajudou em tudo. Montar lembrancinhas, decorar o salão de festa que aliás é o mesmo onde foi realizado nossa festa de casamento. A decoração foi de princesa e deu muito trabalho montar tudo. O que pareceria ser simples se tornou uma operação gigantesca de arte.

— Meu anjo, está tudo bem? — Roubei um selinho da Thalita.

— Sim, só estou exausta. E olhar para todos esses brigadeiros e doces e não poder comer tudo sozinha é muito ruim.

Thalita, o que é para fazer com esses pirulitos de Castelos de chocolates? — Sabrina perguntou e Thalita bocejou desanimada.

— Temos que colar o adesivo de um lado e o lacinho do outro. — Respondeu sentando no chão.

Thalita? — Eu, minha mãe e minha sogra chamamos ao mesmo tempo por ela.

Relaxem! Estou bem! Só preciso de cinco minutos de descanso aqui, Melzinha não para de mexer, acho que está feliz com a festa dela. — Acariciou a barriga com o semblante cansado.

— Senta aqui na cadeira! — Ajudei ela a levantar e a sentar na cadeira.

— Não posso sentar, tenho que embalar as lembrancinhas, conferir os salgados, montar a mesa de doces...

— Amor, calma! Eu adianto o máximo que der, descansa um pouco.

— É muita coisa para você fazer sozinho e... — Ela ameaçou a levantar, mas eu não deixei.

— Vai dar tudo certo. — Falei e ela me olhou insegura.

— Pode deixar, capitã redonda. Nós ajudamos seu marido a agilizar tudo. — Evelyn garantiu colocando outra caixa de enfeites sobre o balcão.

Jonas e meu pai estavam mexendo na parte de som e na parte das iluminações. Maria Júlia e Samuel brincavam com os bebês.

Thalita olhou em volta e respirou fundo. — Acho que vocês estão se saindo bem. Vou descansar só um pouquinho então.

— Faça isso. — Incentivei beijando a testa dela.

Ouvi minha sogra chamá-la. Levei o painel de balões para a área central do salão. Quando voltei Thalita tinha saído e minha sogra estava pensativa. 

— O que foi, dona Edna? — Perguntei e o senhor Pedro roubou descaradamente três brigadeiros da caixa e colocou tudo na boca, antes que minha sogra percebesse.

— Acho que a Thalita não está muito bem. — Contou e eu e meu sogro paralisamos.

— Por quê? O que houve? Ela está sentindo algo? — Perguntei nervoso.

— "Ounde... a Tchalita estáa"? — Meu sogro perguntou com a boca cheia de brigadeiro, minha sogra fez cara feia para ele e rapidinho ele se afastou da caixa de doces.

O Diário De Um Casal Loucamente NormalOnde histórias criam vida. Descubra agora