Capítulo O4

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            Gabriel me puxava para fora da cozinha e eu pressionava os meu pés no chão, tentando parar o meu corpo

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            Gabriel me puxava para fora da cozinha e eu pressionava os meu pés no chão, tentando parar o meu corpo. Tentava me desvencilhar do rapaz e então finalmente ele parou de me puxar. Soltei as minhas mãos e o encarei incrédula, passando as mãos por meu pulso, balançando a cabeça de forma negativa, tentando entender o que havia acontecido a alguns minutos atrás. Um silêncio ensurdecedor ecoou entre nós, nossos olhares estavam cruzados e meu coração batia muito acelerado, assim como a respiração descompensada de Gabriel. Como se ficar tão perto um do outro causasse uma enorme mudança na atmosfera. Mal sentia o ar em meus pulmões.

    ─ Qual é o seu problema, Gabriel?
─ o silêncio fora quebrado pela minha voz raivosa e fraca.

    ─ Você não se cansa de perguntar isso não? ─ bradou o oxigenado.

   ─ Você não cansa de ser um babaca não? ─ respondi da mesma forma. Fiz menção para sair andando e ele me puxou pelo braço.

   ─ Que merda estava acontecendo entre vocês dois? ─ ele quis saber. Seu tom de voz era autoritário, mas não chegou a me intimidar.

    ─ O que te faz pensar que lhe devo alguma satisfação, Gabriel? ─ proferi e ele soltou o meu braço.

    ─ Garota, não testa a minha paciência. ─ indagou bravo e eu lhe direcionei um olhar debochado.

    ─ Você é completamente maluco, Gabriel! ─ dei ênfase em seu nome.

    ─ Você me deixa maluco, Clarice.
─  ele disse de modo totalmente sugestivo e eu fiquei em silêncio, tentando saber como eu deveria interpretar aquela frase.

     ─ Estou começando a entender.
  ─ Arrascaeta apareceu do nada e disse tais palavras, saindo da casa, não me dando tempo de falar absolutamente nada para ele.

    ─ Qual é o problema de vocês homens? ─ balancei a cabeça de forma negativa e sai correndo, rumando para o meu quarto e esbarrando no meu irmão.

     ─ Ei? O que foi? ─ ele me segurou e Giovanna surgiu do nada também. Euem.

    ─ Amiga, o que aconteceu? ─ ela me perguntou.

    ─ Nada. ─ falei tirando as mãos de Diego dos meus ombros. ─ Só quero me arrumar para a festa.

    ─ Falando nisso, espero que as duas se comportem. ─ olhei para a Giovanna, ao ouvir as palavras do meu irmão e esperei um segundo, para que ela o respondesse com o jeitinho Giovanna de ser.

    ─ E desde quando você manda em mim, Diego? ─ eu quis rir quando ela colocou a mão na cintura. ─ Você é o irmão da Clarice e não o meu.

    ─ Garota...─ Diego começou e eu fui para o quarto, deixado os dois se matarem e fui imediatamente para o banheiro, despindo minhas roupas e iniciando um banho não muito demorado, enquanto ouvia Diego e Gio brigando no corredor.

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora