Capítulo 25.

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Eu já entreguei os pontos,
fui inconsequente e fraco,
eu perdi você, eu paguei pra ver,
não te ouvi, permiti me seduzir por outro alguém,
quantas noites que eu vi você chorar,
te perdi, mereci sentir a dor em seu lugar.
- Sem argumentos, grupo tá na mente.

- Sem argumentos, grupo tá na mente

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...

     Eu beijei a Rafaela. Não sabia por qual motivo, eu estava bêbado, confuso, irritado e me deixei ser levado pela atração que eu sentia por ela. Não era nada comparado com o que eu sentia por Clarice, nunca chegaria aos pés. Eu amava Clarice, mas só conseguia pensar que ela estava escondendo algo de mim, algo que aconteceu enquanto eu estava em coma, algo com o Arrascaeta. Um suspiro deixou meus lábios, as coisas entre mim e Clarice estavam uma merda. Por causa do porre, acabei terminando com ele e cuspindo umas merdas pra ela. Eu estava arrependido, não queria perder a mesma, não sabia se era tarde demais, ela deveria estar me odiando. Eu não queria que o meu filho nascesse com a situação como estava. Não fiquei para a festa da Giovanna, fui para bem longe e acabei na cama da Rafaela. Eu estava tão arrependido, estava me sentindo um lixo, fardado a cometer os mesmos erros. Não transei com a garota, mas fiquei com ela, foi uma traição suja e Clarice não merecia aquilo. Eu não sabia como voltar e encarar o amor da minha vida e a mãe do meu filho. Fiquei parado no estacionamento, dentro do meu carro, criando coragem para subir e ver Clarice, mas eu estava travado, não conseguia me mexer, minha cabeça doía e minha garganta estava seca. Depois de finalmente lutar com toda aquela merda, consegui seguir para o elevador. As portas se abriram e eu caminhei em passos firmes até o apartamento, abrindo a porta, pude ver os vestígios da noite passada e fora uma festa e tanto.

- Clarice? - chamei, mas não tive nenhuma resposta. Ela deveria estar dormindo.

Andei até seu quarto e a porta estava trancada, logo estranhei. Enfiei a mão em meu bolso e peguei meu celular, ligando para ela. Tocou, tocou e ela não atendeu, mas consegui ouvir o toque vindo do seu quarto. A porta foi aberta e eu encarei uma Clarice com a cara amassada, cabelos bagunçados e vestindo uma blusa masculina. Ao me ver ela parecia assustada e quando eu olhei para dentro do quarto, vi Arrascaeta sentado na cama sem camisa. Era a camisa dele que ela estava vestindo.

- Gabriel...- ela disse e naquele momento milhares de coisas estavam se passando pela minha cabeça. Meu sangue ferveu e eu quis acabar com aquele cara.

- Não acredito nisso, Clarice...-eu realmente não conseguia acreditar.

- Não acredita em que, Gabriel? - ela me empurrou. - Foi você quem terminou comigo, foi você quem agiu como um babaca, foi você quem beijou a Rafaela enquanto estava comigo.

- E você não perdeu tempo e já deu pra outro. - eu disse entre dentes. Estava tão puto e enojado.

- Quanta hipocrisia, seu merda. - ela me empurrou novamente.

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora