Capítulo O9

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       Uma semana havia se passado

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       Uma semana havia se passado. Naquela noite, Gabriel não me disse mais nada, o que foi muito pior, do que se ele tivesse me xingado e dito coisas ruins para mim, ele só largou o celular e me deixou sozinha naquele banheiro, me sentindo um verdadeiro lixo. Os dias se passaram lentamente, cada dia foi mais agoniante, Gabriel nem olhava na minha cara, ele fingia que eu nem existia, todos estavam estranhando aquele fato, de que nem se quer estavamos brigando, como sempre fazíamos. Todos haviam percebido que havia algo errado, o clima na casa estava abalado, o plano era curtir as quatro semanas de férias dos meninos e minhas e da Gio também, contudo, ninguém estava curtindo nada. Era horrível ter que me convencer de que aquele poderia ser o fim de Gabrice, como diz a Giovanna. O pior de tudo, era que havia acabado de começar, eu ainda estava tentando me acostumar, aprendendo a lidar com aquilo, bom...seja lá o que aquilo fosse. Afinal, eu não fazia idéia de como estava me sentindo, de como deveria me sentir, ninguém nunca me ensinou isso. Tudo era novo para mim, ele havia sido o meu primeiro em tudo. Quando se tratava de nós, tudo era tão intenso. Aquela situação estava me corroendo de dentro para fora, mas eu não queria me entregar.

     Gabriel nem me olhava, agia como se eu nem existisse, por muito tempo eu quis aquilo, odiava a forma com que ele sempre me tirava do sério, queria que ele sumisse. Eu desejava não ter conhecido Gabriel. Mas naquele momento, depois de tudo, vivendo aquilo, doía demais, mais do que eu poderia aguentar. Eu não sabia como estava conseguindo lidar com aquilo, sem desatar em lágrimas. Giovanna sabia melhor do que ninguém, que aquela armadura de durona era só faxada, eu não era tão forte quanto eu aparentava ser. Fingir ser forte é doloroso e escasso.

    ─ Foi mal, amiga! É tanta coisa para processar. Isso tudo aconteceu em tão pouco tempo. ─ indagou Gio. ─ O que você vai fazer?

   ─ Como assim, Giovanna? Eu não vou fazer nada, além de aproveitar o resto das férias, nesse lugar maravilhoso. ─ proferi me levantando da cama, encarando a vista através da janela.

    ─ Estou falando em relação a esse triângulo amoroso, que você está vivendo, gata. ─ Gio me olhou de soslaio e eu fiz uma careta para ela.

   ─ Sai dessa, Giovanna! ─ balancei a cabeça de forma negativa.

  ─ Queria eu ter dois homens lindos na minha vida. ─ ela riu.

   ─ Queria o que, Giovanna? ─ tomei um susto, quando o Diego surgiu do nada, com uma latinha de cerveja na mão.

   ─ De onde você saiu, Diego e não acha que é cedo para beber? ─ eu disse, enquanto a Giovanna tentava se lembrar de como era respirar.

   ─ Não tem essa de horário pra beber não, Clarice! Só pra você, que é nunca.
─ ele me lançou um sorriso amarelo e voltou a atenção dele para a Giovanna.

   ─ Se toca, Diego! ─ me levantei e peguei uma blusa, vestindo por cima do biquíni, pretendia aproveitar o que sobrará das férias e também não queria ficar no meio daquele campo minado, sabia que os dois iriam começar a brigar, como sempre.

    ─ Vou deixar os bonitos brigaram em paz. ─ dito isso, sai do quarto e fechei a porta, ouvindo os dois começarem a discussão e eu não contive uma risada.

    Eu amava Diego e amava a Giovanna. Ficaria feliz se eles dois ficassem juntos, eles não se suportavam, mas eu sempre desconfiei que havia algo a mais. Diego sempre arrumava confusão com os namorados da Giovanna, todos eles, sem nenhum motivo aparente, a não ser o ciúme que ele jura não sentir. Dúvido. Enquanto caminhava pelo corredor, com a cabeça no mundo da lua, acabei esbarrando em ninguém mais, ninguém menos que Gabriel. Ele parecia tão distante quanto eu.

   ─ Foi mal. ─ eu disse passando por ele e quando eu estava prestes a descer as escadas, ele tocou o meu braço, me virando para ele. ─ Pensei que não quisesse falar comigo.

   ─ Não quero, mas não consigo não falar, Clarice. ─ ele disse soltando o meu braço e eu o encarei.

   ─ O que você quer de mim, Gabriel?

   ─ Eu não faço idéia, cara. ─ ele passou as mãos pelo rosto. ─ Passei todos esses dias tentando te odiar, sentir raiva de você, mas eu só consigo pensar no que aconteceu entre a gente, em como eu me senti.

    Eu fiquei em silêncio, apenas ouvindo e também sem ter o que dizer.

   ─ Cacete, estava tudo indo tão bem, Clarice.

    Respirei fundo, sentindo que iríamos começar a brigar e eu realmente não estava afim. Eu já estava acostumada a brigar com ele, mas era tudo diferente naquele momento, eu estava exausta e machucava ficava diante de Gabriel e não poder estar de fato com ele. Eu não sabia que precisava tanto dele, que gostava tanto dele, até o momento em que ele me beijou.

Gabriel, merda. Você estragou tudo, era mais fácil quando eu te odiava. 

      Fechei os olhos, diante daquele pensamento e apertei minhas pálpebras com força. Quando abri meus olhos, abri a porta atrás de mim, era a sala de jogos e puxei Gabriel para dentro, fechando a porta atrás de mim, meu irmão surtaria se soubesse de tudo o que estava acontecendo. Diego era extremamente ciumento e ele sempre deixou claro para os meninos, que eles nunca deveriam se meter comigo.

   ─ Me diz, iremos discutir? ─ cruzei os braços, encarando o rapaz.

   ─ É o que fazemos de melhor, não acha? ─ ele proferiu e eu tive que concordar com a cabeça.

   ─ Fazemos isso melhor do que qualquer coisa. ─ comentei e ele se aproximou.

   ─ Eu não diria isso...─ ele se aproximou mais. ─ Tem outra coisa que fazemos melhor do que qualquer outra. ─ ele sussurrou.

    Deus, ele estava tão próximo de mim. Já sentia minhas pernas fracas e meus pelos eriçados.

    
    ─ Do que você está falando, Gabriel?

   ─ Prefere que eu te mostre? ─ ele falou e eu engoli um seco, ficando em silêncio, apenas encarando suas orbes.

   Ele sorriu e pronto, sanidade? Eu já não tinha mais, ele arrancou a mesma de mim, do mesmo jeito que arrancou as minhas roupas e me jogou naquela mesa de sinuca, bruto e gostoso.

    ─ Senti a sua falta. ─ confessou e eu apenas retribuía aquele beijo selvagem e muito intenso.

         Faríamos aquilo novamente e eu não tinha nenhuma vontade de não fazer. Era sensata na maioria das vezes, mas quando se tratava de estar com Gabriel, eu não conseguia pensar com clareza, apenas me entreguei para ele novamente, atendendo ao desejo do meu corpo, que implorava por ele.
                            

         •••

       esses dois fodem comigo real kkkk mas eu sou muito apaixonada.

       o que acharam? esse capítulo foi pra amenizar os danos causados pelo capítulo anterior, mas vou dizer uma coisa, o incêndio ainda não foi apagado rs, ele só está começando e vocês irão sofrer muito ainda. bjsss
  
    

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora