Capítulo 17

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      Eu sempre fui visto como o cara descompromissado, que pegava geral, todos os dias estava com uma pesspa diferente

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      Eu sempre fui visto como o cara descompromissado, que pegava geral, todos os dias estava com uma pesspa diferente. Não era cem por cento verdade, mas era no que as pessoas acreditavam e falavam sobre, até mesmo me fazendo acreditar que eu era aquela pessoa. Eu gostei de ser aquela pessoa, não vou mentir. Era mais fácil, não me apegar, estar com uma e outra, tinha vezes que eu nem perguntava o nome, não importava e eu pensei que seria sempre assim, que eu jamais teria que lidar com o amor e com o fato de que eu estava fodidamente apaixonado pela irmã do meu parceiro. A garota com quem eu briguei desde o dia em que eu conheci, éramos como água e óleo e mal conseguíamos ficar no mesmo metro quadrado. Mas aconteceu, me apaixonei pela garota de meio metro, estressada e toda bruta, odiava estar perto dela quando a mesma estava naqueles dias. Maria Clarice, ela odiava quando eu a chamava daquele jeito.

      Sempre diziam que eu era o cara errado. O Arrascaeta é melhor pra ela do que eu, eu queria simplesmente abrir mão dela e deixar a mesma com quem poderia fazê-la feliz e não ficar com alguém que só briga com ela. Mas eu amo tanto, que por mais que eu quisesse, não conseguia abrir mão daquela garota e pensar na possibilidade de que ela poderia ficar com outro, porra, me matava por dentro e me fazia sentir uma raiva descomunal. O medo de perder ela era fora do normal, eu não queria que as coisas entre nós ficassem daquele jeito. Diego e eu conversamos e depois do mesmo me ameaçar, caso eu fizesse algum mal pra irmã dele, ele não ficou feliz com a nossa relação, mas aceitou. Eu tinha discutido com ela mais cedo, odiava aquele clima, ela passava por mim e nem olhava na minha cara, foda era ter que ver a forma com que o Giorgian olhava para ela, sem nem mesmo perceber. Totalmente compreensível, porra, ela é simplesmente maravilhosa.
Puts, não tem nem como ficar com raiva dele, sei bem o quão apaixonadamente ele consegue ser, mesmo sem fazer esforço, se ela soubesse o quanto fica linda sorrindo, gargalhando das piadas sem graça das meninas, a forma com que fica olhando pro nada, pensativa. Ela conseguia ser bonita até quando não tentava ser. Nunca pensei que eu me apaixonaria por alguém, mas ela quis esfregar na minha cara que eu estava errado.

       Eu sai do quarto decidido a falar com ela, mesmo sabendo que provavelmente iríamos brigar, mas eu esperava que fosse como nos filmes, primeiro a briga e depois o sexo. Um sorriso se formou em meus lábios diante daquele pensamento e então eu adentrei no quarto dela e das meninas, mas ela não estava ali e nem mesmo as outras meninas. Quando eu estava prestes a deixar o cômodo, ouvi um toque de celular ressoar pelo local, atraindo a minha atenção para uma das camas cujo eu me aproximei e encarei o celular que tocava, a foto de Clarice apareceu no ecrã e eu reconheci o aparelho como o celular da Saory.

   ── Onde é que você está, Clarice?
   ─ murmurei para mim mesmo e peguei o celular, no intuito de atender a ligação, que caiu no momento em que peguei o celular. Deslizei o dedo na tela, desbloqueando o celular, consequentemente indo parar na conversa de Saory com Clarice.

       Infelizmente eu era um fodido de um curioso e não me contive, acabei lendo a conversa.

      ── Que porra de caralho é isso?
      ─ indaguei perplexo e puto da vida, sem conseguir acreditar no que eu estava lendo. Sem mais delongas, deixei o celular na cama e sai rapidamente, passando por Bruno e Reinier no corredor, descendo as escadas encontrei Diego e quis pedir a ajuda dele, mas eu não poderia, ele me mataria.

     Por fim, peguei as chaves de um dos carros e corri para a garagem, os meninos me olhavam sem entender nada e eu entrei no carro e dei a partida até o centro, esperando encontrar Clarice antes que ela fizesse alguma besteira. Estava tão atônito, que nem mesmo conseguia respirar. Só para esclarecer, a conversa era bem clara, Clarice e Giovanna estavam em uma clínica de aborto, Clarice estava grávida de um filho meu e achou que eu não deveria saber. Ela estava lá pra tirar o meu filho. Naquele momento eu não conseguia pensar em absolutamente nada, minha mente estava tomada por pensamentos relacionados a tudo aquilo.

       Eu estava com tanta raiva que mal cabia em mim. Tentava incessantemente falar com Clarice, mas ela não atendia e nem mesmo Giovanna. As lágrimas de ódio rolavam pelo meu rosto, enquanto eu dirigia em alta velocidade em direção a tal clínica. Eu nunca fora muito religioso, mas naquele momento eu me peguei pedindo a Deus para que eu não chegasse tarde demais e que ele não permitisse que Clarice fizesse aquela burrada. Eu sabia a merda que seria se descobrissem, sabia que geraria o maior escândalo e que os pais dela ficariam furiosos, tal como Diego, que me mataria por ter engravidado a irmã dele. Mas eu simplesmente não queria saber de nada, de nenhuma consequência, lidaria com tudo se fosse preciso. Porra, Clarice estava grávida de um filho meu. Nunca pedi por isso, mas sabendo sobre aquilo, a sensação que me assolava era surreal, eu estava feliz, mesmo sabendo que tudo aquilo poderia acabar se ela levasse a diante.

      Não conseguia entender. Ela não se importou em me contar, tomou aquela decisão sozinha, não pude opinar, entendo esse lance de que o corpo é dela e tudo mais, mas eu merecia saber, queria que ela tivesse me contato, queria que a minha opinião valesse de algo para ela, mas estava na cara de que ela não se importava. Eu socava o volante quando o sinal fechava e eu era obrigado a parar, mas em certos momentos, eu já nem respeitava mais o sinal e avançava os mesmos. Parecia que eu não iria chegar nunca, o que me fazia querer chegar mais rápido a todo custo, eu aumentava a velocidade e estava correndo pela pista.

       Não sabia o que havia acontecido. Já não tinha controle da direção do carro e nem dos freios, quando dei por mim, um caminhão estava na minha direção e eu não tive como fazer nada. Tudo aconteceu tão rápido, o carro capotou algumas vezes, ao sofrer um grande impacto e só parou ao bater em um muro, árvore, eu não soube, apaguei após sentir uma forte dor em minha cabeça. A visão ficou turva e eu já não estava mais ali.

        amada??? não me matem, beijos. espero que gostem, rsrsrrs.

  

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora