Capítulo O2

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                   Gabriel Barbosa

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Gabriel Barbosa

᠕̷quela garota me tirava do sério como ninguém. Eu só queria ficar no meu canto, ouvindo a minha música e aproveitando para descansar, depois da temporada intensa de jogos. Mas não, ela ficou ali me pentelhando, me segurava para não deitar aquela garota no soco. Suspirei aliviado, quando ela sossegou e se sentou em sua poltrona, fingia estar dormindo, mas a conhecendo bem, sabia que a garota estava com os braços cruzados e um bico enorme em lábios. Se ela soubesse o quão linda ela ficava brava. Se eu estivesse de olhos abertos, com certeza iria revirar os mesmos, diante daquele pensamento bobo em relação a jovem. ᠕bri meus olhos com o susto, havia uma turbulência, meu corpo e sem esperar, fui surpreendido por aquele pequeno corpo me agarrando, com o rosto aninhado em meu peito. Clarice estava visivelmente assustada, estava perceptível, afinal, ela nunca ficaria tão perto de mim daquele jeito. Não fazia a menor idéia de como reagir.

─ Fica calma, é só uma turbulência. Eu to aqui. ─ foi tudo o que eu consegui dizer e repassando aquelas palavras em meu subconsciente, me senti um bobo. Clarice me apertou mais e nada disse.

Subiu uma súbita vontade de fazer uma piada em relação aquilo. ᠕ toda marrenta estava com medo de uma turbulência e ainda por cima estava me agarrando. Me contive e nem entendi o porquê, normalmente eu não perderia aquela oportunidade, apenas abracei a garota e tentei acalma- lá. Graças a Deus Diego e os outros estavam bem longe, eles iriam me zoar pelo resto da minha vida, isso se Diego não a tirasse antes. Finalmente a turbulência cessou, normalizando o ambiente e Clarice me soltou ao poucos, por alguns segundos eu fiquei bolado por ela ter me soltado. Mas que porra? Balancei a cabeça de forma negativa, sem entender que merda estava havendo comigo.

─ ᠕corda, Gabriel! É a peste da Clarice, vocês não se suportam.
─ meu subconsciente tentou colocar juízo em minha cabeça.

Olhei para o lado e percebi que ela limpava as lágrimas e respirava fundo, se recompondo, ao perceber que eu a encarava, ela fechou a cara e virou para o outro lado. Euem, essa garota é bipolar ou o que?

Garota maluca! Estava me agarrando a poucos segundos atrás e agora já fica me olhando com cara de cu. ─ falei colocando os fones e senti o meu braço arder, ao receber um tapa da garota.

─ Porra! ─ reclamei, passando as mão pelo meu braço. Estava até quente. ─ Você está pedindo pra apanhar, maluca!

─ Está me ameaçando, Gabriel?
─ ela retrucou, erguendo uma de suas sobrancelhas.

─ Você está me irritando, Maria Clarice! ─ provoquei, sabendo o quão ela odiava ser chamada daquele jeito.

─ Não me chame assim. ─ ela fez menção para me bater novamente, mas dessa vez eu segurei as suas mãos.

─ Deixa de ser agressiva! Você já é feia, vai ficar mais feia ainda. ─ eu disse com um sorriso em lábios e ela puxou suas mãos de volta, virando de lado e me dando as costas.

─ Eu odeio você, Gabriel! ─ ela murmurou, mas eu ainda assim pude ouvir.

─ É recíproco, Maria Clarice.
─ respondi e dei play na música, fechando os meus olhos e encostando a cabeça na janela, aproveitando os minutos de paz.

••••

O avião havia pousado a alguns minutos. Depois de pegar as nossas malas, o grupo se separou e cada grupo foi em um Uber, rumando em direção a casa do Bruno. O cheiro de Clarice havia ficado grudado em minha camiseta, aquele cheiro adentrava por minhas narinas, deixando- me extasiado. Me xingava mentalmente por estar pensando naquela garota, ela era tão irritante e mexia comigo de um jeito que nenhuma outra mexia. Contudo, não poderia me esquecer do fato de ela ser irmã do meu companheiro de time e também um dos meus melhores amigos. Balancei a cabeça de forma negativa, expulsando quaisquer pensamentos relacionados a mais nova. Finalmente estávamos na casa de Bruno, de frente para a praia, era incrível e eu amava aquele lugar, era ótimo para relaxar, porém, com Clarice ali, eu duvidava muito que conseguiria relaxar.


─ Vamos desfazer as malas e correr para a praia. ─ Clarice disse eufórica, puxando Giovanna para o andar de cima.

─ TSC! ─ rolei os meus olhos e fui para o quarto. Me joguei em uma das camas e pensei em tirar uma soneca, estava cansado da viagem e também da temporada, só queria dormir.

Quem disse que eu consegui dormir? Estava inquieto, alguma coisa me incomodava e me impedia de pegar no sono. Levantei da cama bravo e despi o meu casaco, jogando em cima da cama, estava um calor da porra. Caminhei até a sacada, que dava vista para a praia e pude ver as garotas correndo pela areia. Alguns dos meninos também estavam, como Bruno, Arrascaeta, Diego, Matheus e Everton. Pude ver Diego e Giovanna discutindo de longe e não contive a minha risada, quando o mesmo agarrou Giovanna, a jogando em seus ombros e correndo com a garota para a água, enquanto ela gritava e se debatia no colo do Ribas. Eu cai na gargalhada, mas meu rosto logo se fechou, quando eu vi a cena seguinte. Clarice acabará de tirar seu short, ficando apenas de biquíni, revelando seu belo corpo curvilíneo e Arrascaeta a pegou por trás, dando a ela o mesmo destino de Giovanna, correndo com ela para a água, que diferente da amiga, parecia estar gostando daquilo e se divertindo. Uma súbita raiva se apoderou de mim, fazendo- me dar um soco no vidro da porta, consequentemente a quebrando e ferindo a minha mão. Um urro de dor saiu dentre os meus lábios e pude ver o sangue escorrendo, deveria correr para o banheiro e então dar um jeito naquilo, mas eu não conseguia desgrudar o olhar daquela cena.

Não conseguia entender o porquê de ter ficado daquele jeito. Arrascaeta era uma dos meus melhores amigos, mas naquele momento, estranhamente eu quis arrebentar ele. Não sabia o que estava acontecendo comigo, mas Clarice estava mexendo com a minha cabeça, eu sentia que a qualquer momento perderia o controle.

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora