Capítulo O5

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       ─ Juro que eu não consigo entender você e o Gabigol! ─ disse Arrascaeta, quando já estávamos na praia e um tanto quanto distante da casa.

─ Entendo se não quiser falar sobre isso. Mas ele é meu parceiro e não quero ficar entre vocês, se estiver acontecendo algo.

    ─ Não está acontecendo nada entre nós. ─ respirei fundo e o encarei.
─ O Gabriel desperta o pior de mim, nunca senti tanta raiva de alguém em toda a minha vida. Não tem nada entre a gente, a não ser um ranço sem fim.─ falei.

     Eu estava tentando convencer a ele ou a mim? Balancei a cabeça de forma negativa. Não queria pensar nele. Estava com um homem maravilhoso, em um lugar maravilhoso, não deixaria que o Gabribabaca estragasse a minha noite. Sentia a brisa gélida em meu rosto, o barulho das ondas era demasiadamente prazeroso e belo.

    ─ Tudo bem. ─ Arrascaeta fez sinal de rendição com as mãos. ─ Fico feliz que não tenha nada rolando entre vocês. Assim não preciso me preocupar em fazer isso...

    Meu coração quis sair pela boca, quando ele me puxou gentilmente, colando os nossos corpos e olhando fixamente em meus olhos, quase morri do coração instantaneamente. Ele colocou umas madeixas de cabelos que caíam sobre o meu rosto, atrás de minha orelha e levou a mão até minha nuca, enquanto a outra permanecia em minha cintura, minhas pernas estavam fracas, como se eu fosse desabar a qualquer momento, nossos rostos estavam tão próximos, o que me impossibilitava de distinguir as nossas respirações. O hálito de hortelã misturado com Whisky me extasiava. Ele aproximava nossos lábios e então eu senti o toque macio de seus lábios contra o meu.
 

       A sensação era indescritível. Mas por algum motivo, eu sentia que algo estava errado, eu queria parar, mas eu não conseguia. Meu corpo não obedecia aos meus comandos, eu não conseguia tirar aquele imbecil do Gabriel da cabeça. Queria aproveitar aquele homem gostoso que estava me beijando, mas o filho da puta do Gabriel me perseguia até quando não estava por perto. Fui impulsiva, antes que o beijo se aprofundasse, eu espalmei minhas mãos no peito de Arrascaeta e me afastei. Ainda sentia o gosto da sua boca em meus lábios, era tentador, mas eu não conseguia continuar.

     ─ O que aconteceu? Algum problema? ─ ele perguntou todo preocupado. ─ Foi tão ruim assim?

    Antes que eu pudesse abrir a boca para dizer algo e desmentir o que ele estava pensando. Meu celular tocou, pensei em não atender, mas ao ver o nome de Gio no ecrã, acabei deslizando o dedo na tela, atendendo a ligação da minha melhor amiga.

    ─ Clarice, onde você está? ─ ela disse do outro lado da linha.

    ─ Na praia, por que? ─ perguntei.

    ─ Na praia? Com quem? Clarice, você precisa voltar. ─ ela disse atônita.

   ─ O que? Por que? Aconteceu alguma coisa? ─ eu já estava começando a ficar preocupada.

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora