Capítulo 28

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Eles te pegaram para sentir seus batimentos. Você pode me ouvir gritando: Por favor, não me deixe?
Espere, eu ainda te quero,volte, eu ainda preciso de você,
me deixe pegar a sua mão, eu vou consertar tudo. Juro e amar por toda minha vida.

Hold On, Chord Overstreet.


   Eu não queria me sentir daquele jeito em relação ao Arrascaeta, mas era inevitável, queria ficar feliz por ele, mas eu sentia o oposto, sempre que eu olhava para ele o mesmo estava com um olhar abobado para a sua ex, com um enorme sorriso em seus lábios, não desgrudava nem por um segundo o olhar dela. Eu me sentia enjoada , mas percebi que ele ainda sentia alguma coisa por ela e os sentimentos que ele sentia por mim pareciam insignificantes naquele momento. Por que era tão difícil aceitar que ele estava feliz? Eu amava o Gabriel e independente de todas as desavenças eu tinha certeza de que queria ficar apenas com ele, mas não conseguia me desvencilhar daqueles sentimentos pelo Uruguaio. Estava sendo difícil vê-lo tão radiante, ele já me olhou daquele jeito e eu me senti incrível, Victoria certamente estava se sentindo da mesma forma, ele me fazia sentir especial, amada e desejada, era muito bom e agora ele estava fazendo outra pessoa se sentir daquele jeito e eu estava com tanta inveja. Eu só queria não me sentir daquele jeito, queria me agarrar ao amor que eu sentia por Gabriel, queria não sentir nada por Giorgian, mas eu sentia e o que poderia fazer? Fingir que não sentia? Bom, sim. Decidi naquele mesmo momento que eu não poderia mais ser egoísta, que tinha que deixá-lo seguir em frente com alguém que tinha certeza absoluta de que queria ficar só com ele, de alguém que o amasse tanto quanto ele amava e eu me dei conta de que não poderia ser essa pessoa. Eu amava dois homens, mas de jeitos diferentes. Arrascaeta merecia ser feliz e eu estive impedindo isso por muito tempo, não poderia mais fazer aquilo com ele, eu colocaria todos aqueles sentimentos em um lugar bem fundo e não deixaria que aquilo afetasse mais ninguém.

  - É feio encarar, sabia? - ouvi a voz de Gabriel e me assustei, quase derrubando o copo que eu segurava em minhas mãos.

  - Não estou encarando ninguém, estou apenas curtindo a festa. - falei me virando para ele.

  - Uhum! Você ficou com essa cara de cu desde que a namorada do Arrascaeta chegou. - falou. Respirei fundo tentando não deixar transparecer que as palavras dele me incomodaram.

  - Eu não sei do que você está falando, Gabriel. - dei de ombros.

  - Você está com ciúmes e nem consegue esconder, Clarice. - ele riu debochado, mas estava visivelmente irritado.

  - Isso não é da sua conta. - proferi colocando o copo na mesa.

  - Eu sou muito otário mesmo, você nem disfarça que está caidinha por ele e o idiota aqui tentando resolver as coisas com você. - não reprimi um revirar de olhos ao ouvir as palavras do rapaz, eu estava brava, frustrada e confusa.

  - Você está falando merda. Não estou caidinha por ele, seu idiota...- o encarei brava por todas as deduções ridículas dele.

  - Então é o que? - perguntou fitando os meus olhos e eu desviei o olhar por não conseguir manter contato visual por tanto tempo.

  - Eu não sei, okay? - respirei fundo e voltei a olhar para Gabriel. - Eu sinto alguma coisa por ele, você tem razão, mas eu não quero sentir. Eu sei que te amo, isso tem que ser o bastante pra mim...

  - Você não parece me amar, Clarice. Está com dúvidas e isso não é bom. Não pode amar os dois. - ele disse se virando para sair e eu o puxei de volta.

  - Eu sinto algo por ele, já disse...Mas eu amo você, Gabriel e eu tenho muita certeza disso. - indaguei levando minhas mãos até o seu rosto.

  - Eu também te amo, Clarice! Amo pra caralho, mas não posso viver desse jeito, estou cansado desse triângulo amoroso...- ele retirou minhas mãos de seu rosto.

   - Eu quero acabar logo com isso, Gabriel! Ele está claramente se entendendo com a Victoria e eu quero me entender com você. Todos ganham.

  - Isso não é um maldito jogo, Clarice.
  - falou e saiu andando, me deixando feito uma idiota ali parada. Olhei para o lado e encontrei os olhos de Arrascaeta sobre mim, mas ele desviou rapidamente para Victoria e eu respirei fundo, desejando poder encher a cara e me livrar daqueles sentimentos que me assolavam, mas eu estava carregando um bebê e não poderia ingerir álcool. Infelizmente.

☆☆☆

  A festa acabou e todos foram embora, Arrascaeta saiu com a ex dele e eu me convenci de que não ficaria pensando naquilo. Peguei um pote de sorvete e me abriguei no quarto, coloquei alguns filmes e assisti me deliciando com o sorvete. Eu estava começando a sentir algumas vontades e sorvete era a única coisa normal, eu quis comer tijolo e entre outras coisas bizarras. Peguei o meu celular e coloquei na conversa de Gabriel, digitei várias coisas e apaguei, pensei em ligar mas desisti muitas vezes, até que peguei novamente o celular e liguei, chamou algumas vezes e ele atendeu com uma voz de sono.

  - Te acordei? - perguntei mesmo já sabendo a resposta.

  - É, acordou...- respondeu indiferente.

  - Podemos conversar?

  - Já estamos conversando...- ele respondeu e eu mordi meus lábios, segurando a vontade de chorar, estava cansada daquilo e aqueles malditos hormônios não estavam ajudando.

  - Quer saber, pode voltar a dormir, Gabriel. - proferi desligando o telefone e jogando o mesmo na cama, me deixando de uma vez. Eu tentei.

   Me levantei para ir fazer xixi, e quando cheguei ao banheiro, senti uma forte dor tomar conta de mim, nunca senti nada parecido, era horrível e o pânico se instalou quando eu vi sangue, sabia que havia algo errado, me desesperei e comecei a gritar por socorro, estava doendo muito e eu nem conseguia andar. Logo a porta fora aberta abruptamente e Diego entrou no banheiro acompanhado por Giovanna, foi uma gritaria, correria e logo eu estava nos braços de Diego sendo levada para o hospital, enquanto ele dirigia, Giovanna estava comigo no banco de trás. Estava doendo e eu chorava sem parar, só conseguia pensar no pior, mas encontrei forças para pedir a Deus para não levar o meu bebê. O hospital parecia tão longe, depois de longos minutos chegamos e Diego gritou por ajuda, vários funcionários do hospital me cercaram e eu fui levada em uma maca, não vi mais Diego ou a Gio.

     Vários procedimentos. Fura aqui, fura ali, exames, ultrassonografias, os batimentos do bebê estavam fracos e minha visão um tanto quanto turva, mas eu ainda implorava para que Deus me ouvisse e que não o levasse. Eu estava tentando me manter acordada, mas meus olhos estavam pesados, estava me sentindo horrível, estava assustada e desejei que Gabriel estivesse ali segurando a minha mão, me garantindo que iria ficar tudo bem, mesmo parecendo que não. A sala estava cheia de médicos, eles colocavam um roupão de hospital em mim, tinha gel em minha barriga e um aparelho passeando pela mesma, eu tentava olhar para o monitor onde aparecia a imagem do meu bebê, mas eu não conseguia ver nada, apenas o semblante dos médicos e não parecia nada bem. Antes de apagar, consegui ver a silhueta de Gabriel pelo vidro, seus olhos vermelhos, ele estavs chorando e batendo no vidro, gritando alguma coisa, mas eu não consegui ouvir por causa do vidro, mas ouvi quando o médico gritou.

  - ESTAMOS PERDENDO OS DOIS...

  E então tudo ficou escuro.

  hm kkj, beijos e até o próximo capítulo rs.

𝐍𝐎𝐑𝐎𝐍𝐇𝐀 | gabriel barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora