Capítulo nove

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15 de abril de 1867

Dulce...

— Mamãe, a tia Mai disse que você está namorando o Christopher...

— A tia Mai não deveria encher sua cabecinha com caraminholas — termino de pentear os cabelos dela e a faço deitar-se na cama.

— Eu gosto dele, gosto de ver vocês dois juntos também — cubro minha garotinha e a olho — Você também gosta dele?

— Sim, meu amor... eu gosto dele — acaricio seu rostinho — Mas ele logo vai embora, então é melhor que não saiba dos meus sentimentos.

— Tarde demais mamãe, acho que ele já sabe — ela me dá um sorrisinho travesso e desvia o olhar.

— Droga — respiro fundo e me viro para olhar, ele está lá, encostado no batente da porta, os braços cruzados e um sorriso satisfeito nos lábios — A quanto tempo está aí?

— Tempo suficiente, querida — ele anda até nós duas e agacha ao lado da cama de Kate — Como está se sentindo hoje? — ele segura uma das mãosinhas dela.

— Estou bem, mas tenho sono — ela boceja e fecha os olhos em seguida.

— Então descanse, garotinha... amanhã vai acordar se sentindo muito melhor — ele se inclina e beija a pontinha do nariz dela, esse gesto é tão ternurento que meus olhos enchem de lágrimas, creio que meu coração transbordou de amor.

— Ela já dormiu... vem vamos deixa-la dormir — saímos do quarto logo em seguida e eu fecho a porta.

— Kate roubou o meu coração, ela é tão meiga e... — sem pensar nas consequências eu o puxo pela gola de sua camisa e beijo seus lábios durante alguns segundos antes de nos afastarmos de novo.

— O que passa? Não quer que eu te beije? — olho nos olhos dele e sou surpreendida quando ele envolve minha cintura com seus braços fortes e me beija outra vez, apertando-me contra seu corpo, Christopher beija-me com tanta urgência, como se precisasse disso para viver, retribuo ao beijo com a mesma intensidade, embora eu não saiba muito bem o que devo fazer.

— Abra a boca, Dul...— ele sussurra suavemente — Sei que este é o seu primeiro beijo, por isso vou guia-la nesse momento, mas depois preciso que use seus instintos — ele diz isso e volta a beijar-me logo em seguida, sem nunca me libertar do calor de seus braços, eu entre abro meus lábios para ele, como me foi pedido, soltamos um gemido deliciado assim que nossas línguas se tocam, enlaço seu pescoço com meus braços enquanto nos beijamos, deixo meus instintos me guiarem, perco totalmente a sanidade.

— Leve-me para o quarto, me faça amor, Christopher — peço com a voz manhosa, meus lábios estão dormentes, sinto o sangue correr mais rápido em minhas veias, ele passa uma das mãos por meu corpo coberto apenas com uma fina camisola de seda, sinto sua mão chegar até uma de minhas nádegas e aperta-la, instintivamente levanto a perna e a coloco presa ao lado de seu corpo sendo sustentada por ele, posso sentir sua dureza sob o tecido da calça, minha perdição.

— Não sabe o que me está pedindo, apenas está excitada por conta do beijo, não quero que se arrependa disso amanhã — ele beija meu pescoço e meu ombro, meu corpo está inteiro arrepiado.

— Não vou me arrepender, eu o quero e quero agora! — dou um impulso e circulo seu corpo com as duas pernas, Christopher me segura com firmeza e me olha nos olhos.

— Acaba de selar o seu destino — ele sorri e volta a beijar-me nos lábios, quando dou por mim já estamos em meu quarto, ele fecha a porta com um dos pés e me conduz até a cama... hoje a nossa noite será longa.

Quero que o Christopher seja o pai dos meus filhos

Vem comigo? (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora