Capítulo onze

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— Nem todos fazem sexo apenas para a reprodução humana, algumas pessoa só estão em busca de prazer — se ela ficou bolada só com o lance dos métodos contraceptivos então é melhor que nunca saiba sobre as as abortistas — Mas a camisinha também serve para evitar que peguem doenças sexualmente transmissíveis, não é legal?

— Continuo não gostando dessa barbaridade — ela faz bico — Não quero que use essas coisas quando estiver comigo!

— Está bem Dul, eu nem trouxe camisinha na mochila, vim pra cá em busca de conhecimento e não de sexo...

— E olhe só onde veio parar — ela sorri e acaricia meu peitoral, também sorrio — Sabe, tem uma coisa que eu venho querendo lhe dizer desde a hora que saímos do quarto de Kate...

— Pois então diga — seguro uma das mãos dela e dou um beijo de leve.

— Pode soar precipitado, mas tenho certeza do que estou dizendo... — a vejo morder o lábio e fechar os olhos por alguns segundos — Eu te amo... — outra surpresa, fico estático.

— Você disse que me ama?

— Sim, não precisa me responder nada tá? Eu apenas precisava dizer...

— Eu também te amo, acho que descobri isso antes de você inclusive — ela sorri pra mim, seus olhos estão brilhando, provavelmente os meus também, tirando minha irmã, minha mãe e minha avó, Dulce é a primeira mulher a quem eu dirijo essas palavras.

Cinco dias mais tarde...

Dulce...

Já se passaram vários dias, esses foram os melhores da minha vida, tudo parece tão perfeito com o Christopher aqui, depois da minha primeira vez nós fizemos amor várias vezes durante esses dias, ele sempre me ensina algo novo, tudo parecia perfeito, mas logo a realidade nos bateu a porta, Kate piorou muito, precisei chamar o doutor para vê-la, nunca estive tão angustiada...

— Meu amor, se continuar andando assim vai acabar fazendo um buraco no chão — Christopher caminha até mim — Calma, eu estou aqui — ele me abraça e eu o retribuo com força.

— Meu porto seguro — falo baixinho e fecho os olhos.

— O doutor vem aí — ele avisa e nos separamos no mesmo instante.

— E então doutor? — pergunto aflita, ele acabou de sair do quarto de Kate, seu semblante está abatido.

— Péssimas noticias Dulce, o remédio não está mais fazendo efeito, Kate não parece nada bem, temo que ela não tenha mais do que quarenta e oito horas de vida — ele diz, sinto minhas pernas ficarem fracas, minha visão ficou turva, eu teria caído, mas Christopher tratou de me segurar — Não há mais nada que eu possa fazer, sinto muito, vou orar por ela — ele se despede e eu desabo, choro como um bebê inconsolável.

— Não posso perde-la também, não sobrou mais ninguém da minha família, Kate é tudo o que eu tenho — sinto ele me abraçar forte, é disso que eu estou precisando, ele sabe.

— Não sabe o quanto me dói vê-la assim — percebo que sua voz está embargada, eu levanto a cabeça para olha-lo, ele está chorando assim como eu.

— Meu amor — seguro seu rosto com as duas mãos — Você precisa leva-la, não há nada que eu ou o doutor possamos fazer, mas você pode ajuda-la, me prometeu que faria isso, não temos muito tempo, precisa leva-la hoje mesmo — falo baixinho e ele encosta sua testa junto com a minha.

— Sim, temos que nos apressar então, eu vou arrumar minhas coisas, você pode fazer suas malas e a de Kate...

— Não, você não me entendeu... quero que a leve, mas eu irei ficar aqui — o olho nos olhos, ele se afasta abruptamente.

— Não me peça isso...

— Eu tenho coisas para resolver aqui, preciso que leve ela, volte apenas quando minha garotinha estiver curada, nem pense em voltar pra cá antes disso — dói no fundo do meu coração pedir isso a ele, só Deus sabe o quanto, mas enquanto estiverem lá minha irmã precisará dele muito mais do que eu.

— Dul...

— Vá logo, prepare as coisas, irei arrumar a mala dela, o tempo é nosso inimigo agora, não é hora para discutirmos — respiro fundo e caminho em direção ao quarto de Kate.

Estão curtindo a história?

Vem comigo? (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora