Capítulo trinta e dois

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Muito obrigada mesmo pelos comentáriosfiquei tão empolgada que escrevi vários capítulos, quase finalizei a história em um dia 😂 continuem assim 🙏

- Não meu bem, o papai está aqui - Fernando ri e tenta chamar a atenção da filha.

- Papá...

- Não amor, eu não sou o seu papai - respira fundo e abraça o bebê - Mas seria uma honra...

Século vinte e um, Califórnia.

- Mamãe!

- Eu estou aqui amor - fala alto para a menina ouvir, logo ela aparece na sala.

- Olá titio e titia bom dia - fala com os tios e anda até Dulce, a menina está completamente afobada.

- O que foi querida? - a coloca sentada em seu colo.

- É o papai, eu acabei de me lembrar dele, uma lembrança nova, ele me pegava no colo e conversava comigo, nela posso escutar alguém dizer que eu só tinha oito meses - explica - Mas eu não o conhecia quando era bebê, não é? - a olha.

- Deve ter sido um sonho amor isso sempre acontece e... - para por um instante e olha para o nada quando as lembranças invadem seus pensamentos.

- O que foi Dul?

- Eu estou me lembrando também...

Século dezenove, Londres...

- Oh, não sabia que teríamos visitas hoje! Se eu soubesse teria ao menos me arrumado - reclama contrariada ao ver os rapazes ali junto à sua família.

- Foi inesperado querida, também não sabíamos que eles viriam... Esses são nossos novos amigos, Christopher e Noah.

- Tudo bem, eu me chamo Dulce - faz uma leve reverência e cora ao perceber o olhar insistente do tal Christopher para com sua pessoa, ele é um lindo rapaz.

- Sente-se querida, estamos quase acabando - avisa.

- Não tenho fome, talvez eu coma algo no almoço - suspira, seu estômago ainda está embrulhado por conta da bebedeira de ontem.

- Tudo bem filha - pega o bebê dos braços de Christopher, o coitado nem se dá conta, está entretido olhando para Dulce.

- Mamãe, eu não estou bem eu... - se afasta e começa a vomitar.

- Dul! - o loiro levanta como um furacão e corre até ela, ele segura seus cabelos e afaga suas costas enquanto a amada põe as tripas pra fora, cinco pares de olhos estão sobre eles, todos espantados ou curiosos com sua atitude - Calma, já vai passar - tenta acalma-la.

- Perdoe-me por isso - se desculpa assim que o vômito dá uma pausa - Eu estou muito envergonhada, odeio vomitar - sente as lágrimas virem aos olhos e logo a moça está chorando.

- Ei olhe pra mim, por qual motivo está chorando? - pega um lenço no bolso da calça, assim que ela se vira ele seca suas lágrimas como mesmo.

- Meu orgulho está ferido, eu deveria estar sempre apresentável aos olhos das pessoas, mas ao invés disso eu estou de pijama, com cara de sono e com hálito de vômito, isso é tão humilhante - fala com manha enquanto chora, Christopher se esforça para não rir.

- Não se preocupe com isso, vomitar é absolutamente normal e quanto a sua aparência... Bem... Continua sendo a moça mais formosa que eu já vi em toda minha vida - ao escutar isso ela ergue o rosto e o olha nos olhos.

- Verdade? - com os olhinhos brilhando.

- Pode apostar que sim - sorri pra ela.

- Eu vou lavar a boca, volto em um minuto - sorri também e sai dali radiante pelo elogio que recebera.

- Uma formosura minha filha, não acha Christopher? - ele se vira para olhar Fernando, todos já haviam levantando de seus lugares e Noah está ajudando Lana a organizar as coisas.

- Sim, ela é encantadora - sorri.

- Bom, nós gostamos de você e do seu amigo, pudemos ver que são bons rapazes... Ambos tem a nossa permissão para cortejar nossas meninas - sorri - Se quiserem é claro!

- Nada me deixaria mais feliz - o loiro sorri radiante, em pouco tempo havia conseguido conquistar os pais de sua mulher.

- Igualmente - Noah está sorrindo também, Lana está totalmente sem graça e finge não ouvir o que todos estão dizendo.

- Perfeito! Agora eu irei lá dentro para ver se Dulce precisa de ajuda - pisca pra ele e em seguida se retira com o bebê no colo.

- Parece que matamos dois coelhos com uma só paulada não é pai...

- Foi Deus que mandou vocês pra cá rapazes, finalmente as orações da minha esposa foram atendidas - sorri animado.

- Bem vindos à nossa família, espero que possamos ser amigos - Poncho fala despreocupado, havia gostado dos rapazes e é muito difícil ele ir com a cara de alguém logo de primeira.

- Seria ótimo - Noah diz antes de seguir Lana para dentro da casa, ele se comprometeu a ajuda-la com a louça.

- Eu jurava que não iam querer nos ajudar, eu não sabia que o pessoal daqui era tão hospitaleiro com desconhecidos...

- É nosso dever cristão ajudar quem nos pede ajuda, mas eu sei que nem todos estão comprometidos a ajudar - explica - E olha só a benção que tivemos por ajudar vocês dois - volta a sorrir.

- Devo admitir que eu pretendia cortejar a Lana, mas ela fica bem melhor com o Noah - o moreno admite.

- E além do mais, tu tens um encontro hoje, não é mesmo? - olha o filho.

- Sim eu tenho, obrigado por me fazer lembrar - pensativo.

- Por nada, de qualquer forma teremos que ir a cidade também, podemos partir juntos e economizamos tempo - o loiro os observa, então é isso, ele deve impedir que Alfonso vá ao tal encontro e que a família vá com ele, Dulce nunca havia especificado que o irmão tinha saído pra ir ao encontro no dia da morte deles.

Vem comigo? (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora