Prefácio: Uma Breve Apresentação

47 3 0
                                    

Mahou Shoujos, ou Garotas Mágicas, são um fenômeno curioso na cultura pop, se você parar para pensar. Não são exatamente super-heroínas como as personagens de quadrinhos americanos, apesar dos poderes, e muito menos podem ser consideradas bruxas estrito senso por uma série de outras razões.

As primeiras e mais antigas obras do gênero são Mahoutsukai Sally, de 1966, e Himitsu no Akko-chan, de 1969. Ambas foram responsáveis por abrir as portas para outras histórias de Mahou Shoujos que vieram depois e consolidaram o gênero, como Sailor Moon, Creamy Mami, Princess Minky Momo, Magic Knight Rayearth, Sakura Card Captors, Tokyo Mew Mew, Magical Girl Lyrical Nanoha, entre outras obras.

Já em 2011, algo mudou. Mahou Shoujo Madoka Magica foi responsável por inaugurar o gênero "Mahou Shoujo Dark", onde os poderes, muitas vezes, são considerados um fardo para as Garotas Mágicas e o mundo não é necessariamente cor de rosa e fofinho, abordando temas como morte, dor, medo, traição e horror. Obras que vieram depois, como Mahou Shoujo Ikusei Keikaku, Yuuki Yunna Wa Yuusha de Aru e Mahou Shoujo Site, são exemplos dessas histórias.

Mas afinal, o que são as Garotas Mágicas?

Podemos dizer que uma Garota Mágica é uma garota que tenha um poder ou que o adquira através de alguma fonte mágica, como um objeto ou uma criatura. Por sua vez, devido ao imenso poder que carregam, costumam ser escolhidas justamente as garotas que possuem melhor índole, bondade e senso de justiça para lidar com as forças do mal.

Entretanto, o que acontece caso esses poderes sejam entregues a alguém que, talvez, não seja exatamente o melhor exemplo de pessoa? Que não seja uma "heroína da justiça"? Essa, ao meu ver, é a pergunta que todo Mahou Shoujo Dark tenta responder e a que eu também tentei neste livro.

Quanto ao Ballet da Garota Mágica, bem, minha intenção era trabalhar tanto esses aspectos mais sombrios quanto a própria mitologia japonesa em uma história que se passasse no Brasil. Foi difícil, mas penso ter conseguido alcançar o que pretendia e estou bastante satisfeito com o que consegui extrair dessa história.

Este é o último parágrafo que escrevo para este livro e, sinceramente, já quero logo trabalhar nas sequências. Espero que você, leitora ou leitor, goste tanto deste livro quanto eu gostei de escrevê-lo.

O Ballet da Garota MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora