Adriane, enfim, estaria presa pelos seus crimes que nem mesmo o hospital e sua reputação a zelar, deixou que ela ficasse impune daquela vez. A família Ferraz não permitiu que a criminosa continuasse a atacar a Felipe e a mim, como vinha acontecendo. Sorte a minha ser igual barata e resistir tanto porque já era para estar morta nas mãos daquela bruxa.
Para o detetive André, eu teria armado junto a Adriane a morte de Felipe por alguns motivos e que supostamente ao entregá-la, ela teria tentado me matar. Que detetive de meia tigela! Qual era o problema dele, afinal? Pessoas da alta sociedade não poderia praticar crimes ou má índole é somente adjetivo para os pobres?
- Não via a hora de sair daquele hospital - reclamei enquanto Catarina dirigia no trânsito calmo.
- É, você passou por muitas coisas ali - minha amiga estava mais pensativa que o normal.
- Agora, eu quero trazer Felipe para casa - eu disse com esperança.
- Felipe ainda não está bem - Catarina me olhava com pena.
Eu desviei o olhar de minha amiga e olhava a paisagem por onde passávamos pela janela do carro.
Chegamos no meu prédio e cumprimentamos a Josué na portaria, ele como sempre foi receptivo e simpático. E enquanto esperávamos o elevador, Catarina me encarou mais uma vez.
- Certo, você é minha amiga, e é meu dever te ajudar - Catarina me segurou pelo braço - Felipe está morrendo e você sabe disso.
Eu relutei e pedi que ela me soltasse o braço. Nós subimos o elevador com as caras de "poucos amigos." Eu realmente não queria tocar naquele assunto. Naquele mesmo dia, teria que buscar Expectra que estaria sendo cuidada pela vizinha de apartamento.
Eu abri a porta do meu apartamento e entrei primeiro, seguida por minha amiga que veio logo atrás.
- Laysa - ela insistiu mais calma - encare a realidade não adianta você se fazer de surda, quando o Doutor Guilherme te procurar para falar a respeito do quadro clínico de Felipe.
Eu suspirei e dei às costas a Cath. Ela veio e me abraçou pelas costas ainda na tentativa de me convencer a falar do que tanto me doía.
- A família dele já está conformada e somente você não quer entender de fato o que está acontecendo - eu ouvia as palavras dela e eram como se ela me apunhalasse.
- Não, ele não vai morrer - eu não evitei que as lágrimas descessem pela minha face, sem minha permissão.
Catarina virou-me de frente para ela e me abraçou forte, de forma quente e confortante.
Aquelas palavras soaram como um choque de realidade. E eu não queria aceitar que perderia a Felipe, aquilo era doído demais em mim para ser real. Passei por muitas coisas para que no fim ficasse sem o amor da minha vida. Eu não poderia aceitar!
E evitar falar naquela possibilidade, era como se eu pudesse também evitando esse desfecho pelo qual a história se encaminhava, sendo a minha indiferença uma forma de defesa para não sofrer mais.
Catarina certificou que eu ficaria bem e foi se embora se encontrar com Ricardo, menos mal, porque ela me impediria de voltar para o hospital.
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Adriane ficou poucos dias na prisão e saiu graças a sua influência no meio jurista e a um habeas corpus como ré primária. Ela se manteria ocupada por algum tempo respondendo na justiça pelas acusações das tentativas de assassinato e no meio místico pela feitiçaria negra que realizou.
Catarina me contou por que Beth estaria no meu quarto de hospital, após o episódio da minha quase segunda morte pelas mãos de Adriane e que depois me apagou com uma injeção com conteúdo sedativo.
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No Tempo Certo
RomantikO amor é constantemente colocado à prova e frente aos desafios é preciso ter preservada a sanidade. Sendo assim, tudo que parecer contrário, transformará em aprendizado para a vida. Laysa é uma principiante na enfermagem e junto aos desafios profiss...