Capítulo 8 - Tudo por Você

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Catarina roncava alto do seu sono profundo, enquanto Expectra me acordou morta de fome ao pular em cima do meu peito. Sentei-me na cama para que me voltassem as forças nas pernas e parecia que minha cabeça iria explodir.

Saí pela casa parecendo-me com uma assombração, com a maquiagem mal tirada e cabelos esgadelhados.

Eu alimentei a gata e cuidei da minha ressaca. Não demorou muito e Catarina veio me fazer companhia.

- E aí sua destruidora de casamentos - Catarina falou diante da minha amnésia alcoólica.

Eu me hidratei mais um pouco e pedi os detalhes.

- Você não se lembra do que fez? - Cath não acreditava na minha falta de memória.

- Eu me lembro da minha vizinha que pelo jeito não estaria mais de boas comigo - eu puxei na mente o último acontecimento, antes de prostrar em minha cama na noite anterior.

- Isso foi quando chegamos aqui e o barulho que fizemos acordando a todos do prédio - Catarina esclareceu.

- Que vergonha, acho que não vou beber mais! - minha cabeça ainda doía - e o doutor? Ele e eu nós pegamos, antes ou depois de Adriane chegar na festa?

- Eu acho que foi durante a chegada dela, falamos que ele tinha ido ao banheiro, a esposa se sentou desconfiada e esperou por ele - Catarina respondeu ao beber mais água - mas, o que aconteceu foi depois da nossa bebedeira na pista de dança.

Aos poucos fui lembrando das imagens ainda sem encaixes em minha mente. Catarina me contou que Felipe se ofereceu para deixarmos em minha casa. E Adriane começou a criar caso o chamando para irem embora.

Então eu, Laysa entrei em cena e grudando no médico, disse com todas as palavras que ele era meu. A esposa queria me dar uns tapas, Felipe veio em minha defesa e foi aí que a briga ficou entre eles.

Catarina para resolver tudo chamou logo um táxi e segundo ela eu continuava a gritar que amava a Felipe, enquanto ele segurava Adriane que me jurou de morte.

Eu joguei uma almofada na minha cara.

- Acho que ele não vai me perdoar por isso - eu lamentei o ocorrido.

- Ele é um homem bem reservado quando precisa, mas o doutor vai te entender - Catarina arrancou-me a almofada do rosto - veja pelo lado bom se existia alguma dúvida da parte dele, agora ele tem certeza do seu amor por ele.

Catarina finalmente estava entendendo minha inevitável atração pelo doutor e um sorriso malicioso surgiu na minha face.

- Assim, espero - eu respondi e chamei Cath para fazermos um lanche quase na hora do almoço.

Enquanto eu abria as portas dos armários em busca dos ingredientes do lanche, Catarina fez uma pausa e depois começou a falar do nada.

- Mas... Agora precisamos conversar sério - ela disse com o cenho fechado.

Eu virei meus olhos e pensei: Lá vem ela e suas advertências!

Ela disse que já fazia alguns dias que precisava ter aquela conversa, mas admitia que as nossas agendas não batiam para uma conversa pessoalmente e outro impedimento seria a minha empolgação pela chegada da formatura e não queria estragar o meu momento.

- Toda bruxa conhece a outra por simples contato visual - Cath conseguiu chamar minha atenção e não parecia ser tão engraçado como antes, quando eu a chamava de sensitiva.

Catarina relatou que não conhecia Adriane a fundo como pessoa, mas sentia o suficiente para compará-la a sombra dos meus sonhos.

- Como assim? Até então ela não sabia dos meus sentimentos em relação a Felipe! - tentei questionar.

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