No Tempo Certo

Capítulo 15 - Apesar de tudo, estou com você

"As ondas vinham quebrar na praia, pareciam negras ao cair da noite.

Antes vimos o pôr do sol e sua face se iluminou com os últimos raios alaranjados e seus olhos ficaram ainda mais claros ao me encarar.

Seus beijos eram doces e sua pele quente.

Não havia nada e nem ninguém que me fizesse desistir de você.

Os laços do destino nos prenderam e te fizeram meu e me fez sua.

Se não podemos dizer para sempre, sejamos sinceros em dizer que seja verdadeiro enquanto dure.

A areia grudava em nossos corpos, não nos importamos com pequenos detalhes, se temos um ao outro todos pequenos momentos serão eternos.

Eu declarei a minha felicidade por estar com você pelo meu sorriso e que você desenhava bem a curva dele.

Você foi um sonho bom que um dia busquei para mim".

Na minha folga me ligaram do hospital e rapidamente saí no meio do dia. Eu estava cega, não via a ninguém em minha frente. Eu só queria ver a Felipe e fui direto para a UTI geral.

- Avisaram-me da febre alta, eu vim assim que pude - segurei na mão de Felipe sobre seu peito - reaja meu amor não permita que essa infecção seja mais forte que você, isso não pode evoluir para uma sepse, muito menos agora com a sua recuperação.

Elizabeth me viu do balcão de enfermagem e veio correndo até o leito de Felipe.

- O que está fazendo aqui?

- Você já tem a resposta, por que pergunta? - Eu não a encarei, sendo que a intrusa seria ela naquele momento.

- Pois, Adriane vai ficar sabendo...- eu a interrompi ao me levantar e ficar de frente com a enfermeira olhando-a nos olhos.

- Sônia fez o pedido de interdição por Felipe na justiça e Adriane está impedida pela administração do hospital de se aproximar dele, sob ameaça de virar caso de polícia!

- Ela ainda é a esposa dele - Elizabeth não queria baixar a guarda e me encarava.

- Veremos por quanto tempo! - Eu me afastei dela e voltei a minha atenção para Felipe - e agora se retire do leito, porque a perturbação aos pacientes, estão proibidas conforme o nº25 do manual de normas hospital.

Elizabeth saiu pisando duro e ao reclamar para o enfermeiro Gustavo, em resposta ele disse que a autorização para eu estar ali no leito, veio do doutor Fernando irmão de Felipe. E Eles nada poderiam fazer.

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A equipe da UTI acompanhava cada capítulo daquele nosso sofrimento como se fosse uma novela ou um filme, vejo-os comentando e até fazendo apostas de como vamos chegar ao final de tudo.

Eu não me importava e dava o banho de leito de Felipe, verificava todos os dados e passava para o médico plantonista responsável. Seria o meu dever não deixar que nada faltasse a ele.

Felipe às vezes parecia acordar e dizia coisas desconexas, eu tive a impressão de que chamou pelo meu nome e com os meus olhos cheio de lágrimas, eu respondi que estava ali do lado dele, cuidando de tudo para que ele voltasse para mim.

Elaine e Rafael de braços cruzados, conversavam entre eles e observavam meus cuidados extremos com Felipe, depois o enfermeiro veio me abordar:

- Já está no fim da tarde e você não saiu para lanchar, deixe que eu assuma o paciente, Laysa - Rafael estava preocupado comigo e insistia para que eu fosse para casa descansar.