Capítulo 9 - Enfim,juntos

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Eu não acreditava que poderia ser real, Felipe e eu finalmente juntos, era como se fosse um sonho para mim.

Eu suspirei ao olhar o quarto. Felipe com seu olhar penetrante, sorriu e apontou a cama do hotel. No relógio de parede antigo já eram quase meia noite, mas o horário e o cansaço da viagem não seria o suficiente para conter o nosso desejo. Era mágico saber que por ele era correspondida e não haveria então receio de me entregar por inteira, esquecendo-me de todo o resto.

Nós nos olhamos e aproximamos devagar, os lábios ao se tocarem era como se não quiséssemos perder nenhum segundo da presença um do outro.

Felipe deixou de me beijar e arrancou sua camisa a jogando no chão e eu o ajudei com a calça. Ele tirou toda a minha roupa beijando meu corpo inteiro e depois encarou os meus seios.

Eu o tomei pela mão e o levei para a cama. Nós nos olhamos novamente e nossos lábios viram a urgência em se encontrarem e as nossas mãos ansiosas pelo toque, então caminharam por toda nossa pele descobrindo nossos corpos nus.

A atração era forte, eu sentia a sua pele ao tocar a minha e um arrepio quando ele beijava os meus seios, que com um olhar Felipe entregava o quanto seria fascinado por eles e ascendia ainda mais o seu desejo.

Então, devagar e numa constante cronometrada no tempo de nós dois aos poucos formos nos saciando do amor, do desejo e paixão que já nos consumia.

🍁

Ele se sentou aos pés da cama, após um demorado banho. Aproximei-me devagar enquanto ele se secava ainda de costas para mim, o cheiro delicioso de sabonete líquido grudou na pele dele e eu beijei seu pescoço ainda com algumas gotinhas de água.

- Essa noite está maravilhosa - eu disse perto de seus ouvidos.

- Como você - ele disse em resposta e como sempre, gentil.

- Mas, eu ainda não sei onde estamos - eu disse por ele ter vendado meus olhos antes de chegarmos ao local.

- Amanhã, você vai ver muitas coisas. Você vai gostar, minha linda.

Felipe tocou minha face e antes que desenhasse a curva do meu sorriso, eu o puxei para deitar-se comigo. Não demorou muito e eu adormeci naqueles braços. Estava feliz como nunca em minha vida.

"- O que você o quer?

- Você sabe o quero.

A nuvem negra e com olhos vazios como um redemoinho dançava a minha frente.

- Não vou deixá-lo ir.

- Você não tem escolha.

Vi a Felipe e seu sorriso radiava positividade e quando mais eu o tocava mais tinha a sensação de paz que me envolvia.

Felipe foi desaparecendo aos poucos como fumaça e virou novamente a escuridão.

A imagem de Felipe caminhando numa estrada sem fim foi ocupada por duas sombras escuras que fizeram um sinal de união entre ambas. Uma delas eu não conhecia e quanto a outra tinha uma ligação muito forte a mim.

Gritei para que Felipe me esperasse, mas as sombras me fizeram um cerco e, aquelas presenças me sufocavam."

- Laysa, Laysa... Acorda - acordei apavorada e quase bati a minha testa com a de Felipe que estava em cima de mim tentando me acordar. Sentei-me ofegante e abracei forte ao meu amor.

- Achei que você não voltaria mais - Meio atordoada eu comecei a dizer coisas que o médico não entendia e Felipe correu até o filtro, para me trazer um copo com água.

- Tudo bem? - ele estava preocupado e sentou-se ao meu lado.

Respondi balançando a cabeça no sentido positivo.

- Quer falar sobre isso? - Ele colocou meus cabelos atrás da minha orelha.

- Não agora - deitei-me novamente sob o peito dele - foi só um pesadelo.

Eu já tinha me esquecido da conversa sobrenatural que tive com Catarina e não poderia dizer o que estava acontecendo a Felipe se na verdade nem eu mesma saberia. E depois do susto adormecemos novamente.

🍁

A claridade tomou conta do quarto e eu vi silhueta de Felipe abrindo as cortinas das janelas.

- Vem, vamos aproveitar o dia - ele falou sorrindo de minha careta ao fechar meus olhos.

Para ele é fácil dormir pouco, já que dava plantões médicos à noite. Levantei-me e ao chegar na sacada do prédio, meus olhos vislumbraram a beleza do lugar.

- Um resort, mas que lugar lindo! - disse admirada ao correr o olho pela extensão do lugar.

- Eu sabia que ia gostar - ele fintou seus olhos em mim ao pegar-me pela cintura e me beijar.

- Quero viver assim para sempre com você - eu disse depois de um suspiro.

Felipe ficou sério por alguns instantes e depois voltou seus olhos da linda paisagem para mim.

- Você chamou por mim durante seu pesadelo - disse ele ainda com cenho fechado - você os tem sempre?

- Às vezes, mas não é algo para se preocupar - eu engoli seco ao me lembrar das coisas sombria do sonho - talvez eu tivesse te salvando - fiz um sorriso brotar de seus lábios ao encará-lo.

Eu mudei de assunto e pedimos ao serviço de quarto o café da manhã para aquele dia que só estava começando.

A água da piscina estava morna e nos sentamos abraçados próximos a borda, a água se movimentava nos fazendo relaxar e Felipe acariciava os meus cabelos molhados. Olhei para ele e sorri ao vê-lo todo branco de filtro solar para não se queimar feito um camarão. Então rimos. Felicidade era pouca para definirmos o momento.

Eu não poderia sentir maior prazer do que estar com quem amava e em um lugar tão maravilhoso como aquele paraíso.

O celular de Felipe tocava várias vezes e eram muitos os pacientes que o procuravam, os casos urgentes ele passou para os colegas de profissão dele atender.

As ligações de Adriane ele fechava o cenho e não atendia. Então, eu procurava logo distraí-lo para ele não se estressar no nosso dia.

Os sons invadiam a noite calma e no restaurante do hotel as pessoas se distraíam ao conversarem sobre seus dias no resort. Felipe pegou em minha mão relaxada sobre a mesa.

- Eu acho que você vai ficar me devendo - eu o olhei com a cara de interrogação.

- Como assim?

- Aquela viagem que você ganhou na sua formatura só é válida se for comigo - eu o olhei pensativa, porque ele sabia que eu não levaria a Catarina para uma lua de mel.

- Pensei que você pudesse liberar a sua funcionária - eu provoquei.

- Não mesmo - ele sorriu e tomou mais vinho.

Depois de mais alegres por causa das taças de vinho fomos para o quarto aproveitar a banheira.

Fomos para a parte externa do apartamento onde ficava a banheira entre vegetações na sacada e com uma linda vista das piscinas, cascatas e árvores do lugar.

Em meio as espumas, Felipe brincou com meu pé me fazendo chegar junto a ele.

- Você é apaixonante - eu disse ao beijá-lo e nos entregar mais uma vez naquela nossa aventura.

Como em um sonho bom eu não queria acordar. Não queria nem pensar que voltaríamos para a realidade de nossas vidas e ainda encarar os fatos como eles realmente eram. Enquanto estivéssemos ali, poderíamos sonhar e amar à nossa maneira. E Felipe não me decepcionou em nada do que eu já esperava, o que me fez me apaixonar ainda mais.

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