12 - Só Nós

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- Que droga de conversa a gente vai produzir juntos? - empurrei sua mão.

- É sério, Playboy! - cruzou os braços e bateu o pé no chão.

- Natacha, a gente não tem mais o que conversar! - senti meu maxilar contrair, quase quebrei meus dentes.

- Toma, fuma um que sóbrio você é muito chato! - esticou o baseado bolado, neguei com a cabeça de irritação mas eu queria fumar!

- Quando esse beck acabar, você vaza. - mexi as sobrancelhas esperando uma confirmação.

- Ok! - mexeu os ombros em total concordância. - As paredes por aqui ouvem bem, vamos pra sua casa. - concordei e apontei o caminho com a cabeça. - Não vale acender agora!

Ela riu e eu acabei topando.
No caminho não houve troca de conversas, mantive o baseado entre os dedos e ansioso pra acender.
Sua roupa era apertada e seus peitos quase pulavam pra fora, não tinha como não olhar. Era impossível ter aquela garota do lado e se controlar.
Mesmo assim, mantive a seriedade.
Entramos em casa e minha tia já estava dormindo. Atravessamos a sala e fomos direto pro quarto.
Fechei a porta com todo cuidado do mundo.

- Eu só vou mijar.

Meu quarto era quase uma suíte, de um jeito mais pobre.
Ela concordou e se sentou na cama.
Após sacudir o pau pra todo lado, enfiei as mãos no bolso e retirei a caixa de fósforo. Creio que demorei no banheiro uns cinco minutos e quando abri a porta, tive certeza de que a Natacha era louca.
Sua bunda estava pra cima e eu pude observar com cautela sua calcinha que combinava com o sutiã.
Engoli seco a saliva.
Novamente, suas tatuagens me deixavam excitado, foi assim (espontaneamente) que meu pau endureceu.

- Que isso? - apontei pra ela estranhando a situação, soltei a fumaça inteira de dentro do pulmão.

- Sinto saudade da sua piroca. - revirei os olhos e encostei o ombro na porta. Esfreguei os olhos. - Vai falar que você não quer?

- Ah, caralho... Não é isso. - revirei os olhos. Era quase impossível fingir não ver aquela bunda. - Eu tô cheio de B.O pra resolver, cara.

Ela se levantou devagar, parou de frente a mim, pude sentir seu corpo quente encostando no meu. A maconha ainda queimava entre meus lábios mas agora, algo dentro de mim também queimava.
Seus dedos tiraram o baseado da minha boca e foi parar nos lábios dela. Ela puxou com força, pude ver o fogo roxo acender no meio do baseado.
A fumaça foi solta no nosso meio e ela riu com um pingo de safadeza.

- Não faz isso, cara... - prendi os lábios e passei a mão no cabelo, como se estivesse estudando a situação.

- Eu até quero conversar, Playboy... Tenho notícias. - passou a mão no meu ombro e apertou, acompanhei seus movimentos com o olhar apreensivo. - Mas antes, quero matar esse silêncio entre a gente.

Ergueu a sobrancelha direita, aquele olhar era perigoso. Respirei fundo e tomei o baseado de sua mão.
Senti seu corpo colar no meu, sua mão tomou conta da minha cintura, involuntariamente mordi o beiço e ela percebeu meu nervosismo.
Envolveu minha nuca com suas mãos quentes e acabei me entregando a seu beijo.
A partir daquele beijo, ela sabia que eu me tornaria outra pessoa, eu tentei relutar mas sua boca implorava a minha.
Empurrei seu corpo pra cama, sem separar nossos lábios, amassei ela com meu corpo por cima. As nossas mãos eram urgentes e desalinhadas, a toda hora os nossos toques eram desesperados e urgentes.
Ela puxou a baia da minha camisa, foi ai então que nossas bocas se separaram e eu pude ver o rosto de Sandra ali.
Por conta do susto acabei desequilibrado e caindo da cama.

- Ei, tá tudo bem? - sua cabeça apareceu. Continuei esticado no chão.

- Tá... - coloquei as mãos na cabeça, tentando entender. - Caralho... - sussurrei indignado.

EU VIM DA RUA - MC Kevin (Kevin Bueno)Onde histórias criam vida. Descubra agora