51 - De Volta pro Futuro

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Ela derramou o uísque em minha perna sóbria e eu pude sentir a ferida queimar feito um capeta.

- Minha arma é muito boa. - sorriu. - a bala atravessou, Felipe. Sorte sua...

- Aí minha nossa, como eu tô sortudo esse dia! - reclamei rangendo os dentes de dor e raiva.

Depois te colocar a linha na agulha e lavar as mãos, Sandra começou a costurar minha coxa, enquanto eu me remexia o suficiente e esperneava de dor.
Minhas vistas foram ficando tão brancas que pude jurar que tinha morrido e chegado no céu.
Mas só desmaiei mesmo.

- Graças a Deus você acordou! - respirou aliviada ao meu ver abrir os olhos.

Pude ver Sandra levantando a cabeça do meu peito. Talvez conferindo os batimentos cardíacos.

- Mas olha, eu terminei pelo menos. - apontou pra coxa.

Lá estava ela, toda remendada. Era um remendo feio mas era o que tinha pra esse dia. Remendo feio em um dia estranho.
O sangue ainda escorria um pouco e sujava a toalha branca que estava enrolada em meu corpo suado.

- Eu vou andar de novo? - falei meio sonolento.

- Vai. - balançou a cabeça positivamente me analisando. - Quer dizer, acho que sim. O tiro foi de boa.

Confesso que tinha ficado preocupado.

- Você vai soltar isso de mim? - estiquei as algemas.

- Nossa, eu já tinha esquecido. - procurou as chaves em sua pochete militar.

Veio até minha, segurou em meus braços e pude sentir o afrouxar das algemas no punho. Respirei aliviado.

- Bom, obrigado pela noite. - ergui o corpo dos travesseiros. - Não era bem o que eu planejava... Mas foi dinâmico como seria. - sorri com falsidade.

- Você consegue chegar em casa? - ela realmente parecia preocupada.

- Eu vou ficar por aqui hoje. Paguei a pernoite. - voltei a deitar no travesseiro. - Eu só vou pedir outro quarto... - sussurrei. - Nesse aqui vai ser impossível eu ficar!

Ela olhou ao redor.
Realmente estava uma bagunça. Tinha vidro, madeira, uísque, champanhe e sangue pra todo lado... Uma verdadeira suruba.

- Eu te ajudo a chegar lá.

Logo após a solicitação do outro quarto, Sandra meio que se explicou e deu desculpa pra um fetiche maluco que a gente tinha como casal, acabou arcando com algumas despesas e eu com o restante.
Trouxe meu carro e minhas roupas emboladas em sua mão.

- Bom, eu já vou. - parecia meio desconcertada, como se me devesse alguma coisa.

- Justo, já aprontou bastante!

Eu já estava deitado na cama, a toalha ainda enrolada na cintura e o cobertor cobrindo o restante do corpo, menos a coxa, claro.
O ar estava gelado, clima de montanhas. Eu, provavelmente, dormiria igual uma criança em dia de Natal.
Sandra acenou um breve tchau com as mãos e saiu de fininho, fechando a porta.
Apaguei as luzes no botão, deixando só a luz da sanca acesa, dando uma leve iluminação no ambiente.
Respirei fundo e resmunguei de dor ao me esforçar pra mexer, fechei os olhos aliviado por não estar preso.
Foi quando ouvi a porta se abrir de novo.

- Ahhhhh! - reclamei. - O que foi agora?

Sandra veio por cima de mim e começou a me beijar. Como se ela tivesse morrendo de fome e eu fosse a comida, na verdade... Pareceu fazer dias que ela não comia.
Tentei retribuir da mesma forma mas eu não conseguia acompanhar direito o que tava acontecendo.

- Não fala nada! - disse quando eu separei nossas bocas.

Eu apenas concordei mentalmente e voltei a me dedicar ao nosso beijo. No fundo, eu até que senti saudades dessa pegada.
Seu beijo era apressado, como se precisasse mesmo fazer aquilo depressa e suas mãos tão ágeis que quando me dei conta, ela já massageava meu pau. Pude sentir ele crescer sem parar, parecia que ia explodir a qualquer momento.

- Que isso, Sandra? - segurei sua mão. Eu precisava perguntar.

- Você vai ir embora. É isso. - sua boca estava bem próxima a minha. Era difícil ver com aquela meia luz mas eu podia sentir. - Essa é a despedida.

Não pude falar nada mas agora fazia sentido. Vou deixar que ela me use então... Nunca fui fã de despedidas mas se todas fossem assim, poderia virar meu hobbie favorito!
Sandra voltou a massagear meu pau com sua mão quente, eu até dei algumas gemidas de tesão. Eu tava na seca... É sério!
Segurei seu cabelo da nuca com força e consegui ouvir seu afago de tesão escapar. Dediquei a dar meu melhor e intenso beijo, com direito a mordidas e uma língua macia, só que dessa vez, sem o gosto amargo da cachaça.

Pude sentir ela puxar o cobertor do meu corpo e abrir minha toalha, sua mão agarrou no meu pau e começou com movimentos de subir e descer, que saudade de uma punheta bem tocada!
Gemi quando pude notar o calor da sua boca no comprimento do meu garoto.

- Que delícia, delegada. - mordi os lábios e fechei os olhos, jogando a cabeça pra trás.

Em seguida, pude sentir a boca inteira no meu pau. Nossa... Como eu esqueci desse boquete?! Impossível!
Ela realmente estava investindo naquela noite, justo a minha pior, já que não poderia dar o máximo de mim... Culpa dela que puxou o gatilho.

- Eu não aguento, eu vou sentar! - disse as pressas.

Pude notar seu vulto tirando as peças de roupa com certa pressa. Sandra se posicionou em cima de mim e tratou de sentar, tomei um baita susto quando notei que estava sem camisinha.

- Tá sem camisinha?! - reclamei.

- Xiiiii... - me acalmou sentando até o final do meu pau. Contorci o corpo. - Não finge que a gente já não fez assim. - sussurrou ao pé do meu ouvido, me levando seriamente a loucura.

Sua sentada era intensa mas não rápida, era devagar e profunda, como se ela quisesse gravar os centímetros do meu pau na buceta dela. Fala sério... Que mulher desgraçada da cabeça!
Ela rebolava firmemente, apenas mexia o quadril e beijava minha boca. Minhas mãos apertavam sua cintura, como se eu precisasse também gravar a temperatura e umidade daquela buceta no meu pau.
Eu sentia ela pulsar comigo dentro, confesso que aquela transa estava bem diferente de todas que já fiz. O que tinha ali além de tesão?!

- Nossa, Felipe... Eu vou gozar! - sussurrou.

Apertei sua cintura pra baixo, fazendo força total pra que ela rebolasse e esfregasse só o clitóris e chegasse ao seu clímax. Queria muito que ela se derretesse no meu pau!
E pude ouvir seu grito de desespero, seguido de sua perna tremendo no colchão, pude até sentir sua buceta apertar meu pau bruscamente.

- Desgraçada! - aproveitei seu momento de transe e puxei seu cabelo pra trás.

Seu corpo ergueu por cima de mim e pude ver sua silhueta pelada, seu bico do peito estava duro e sua cara era de uma cachorra satisfeita.

EU VIM DA RUA - MC Kevin (Kevin Bueno)Onde histórias criam vida. Descubra agora