28 - Tudo A Perder.

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Michael

Ao chegar a minha antiga casa a encaro por um momento antes de tocar a campainha, sou recebido por LaToya que não acreditou quando me viu, logo meus outros irmãos vieram me abraçar incluindo meu pai.

— Que surpresa. — Meu pai diz sorrindo.

— Queria passar alguns dias aqui, tem problema? — Pergunto

— Não, claro que não, mas você tem aula, como vai fazer? — Ele pergunta preocupado.

— Não se preocupe, um amigo meu me passará a matéria depois, eu pego rápido. — Digo.

— Marlon ajude seu irmão com as malas, depois desçam para o almoço. — Meu pai diz.

— Joe aprendeu a cozinhar? — Pergunto a Marlon e ele dá uma mini risada.

— Até parece, Rebbie que está fazendo tudo. — Ele diz e nós dois começamos a rir.

Maju

— Você tem certeza disso? — Davi me pergunta, estávamos parados na porta da casa dos Gêmeos. — E se o Guilherme estiver aí?

— Se ele estivesse aí Carmen não teria dito para eu vir. — Digo descendo do carro.

— E da pra confiar nela depois de tudo que ela fez. — Harry diz me olhando.

— Fiquem aqui, qualquer coisa eu dou um grito. — Digo e me dirijo até o enorme portão, me apresento ao porteiro dizendo que precisava urgentemente falar com Jade, ele me encara por um momento antes de avisar, logo os grandes portões são abertos, dou uma olhada pra trás e vejo que meus amigos me olhavam com medo do que podia acontecer, mas não podia desistir agora. Bato na porta e um homem me atende.

— Ah senhorita Jade te espera na sala. — Ele diz dando espaço para eu entrar.

— Você poderia me levar até lá? — Digo e ele confirma, logo que chegamos vejo Jade, ela me encara com uma cara de poucos amigos.

— Obrigada Francis, pode se retirar. — Ela diz e ele se retira, acho que era seu mordomo. — E então, oque quer comigo? — Ela se endireita no sofá e me olha seria.

— Eu sei de tudo, sei que seu irmão quer fazer o Michael sofrer por umas coisas que aconteceram entre eles, uma coisa bem idiota confesso, mas acho que seu irmão guarda muitas mágoas. — Digo séria, ela me olhava assustada.

— Quem mandou você vir aqui?

— Olha Jade, se você colaborar eu vou embora mais rápido. — Digo desviando de sua pergunta.

— Imagino que tenha sido a Carmen ou o Heric. — Reviro os olhos e ela sorri vitoriosa. — Preciso saber oque eles te contaram, só assim consigo te ajudar. — Ela diz e eu conto tudo oque Carmen me disse, claro que com cautela, não confio nem um pouco nessa garota.

— Bom, foi somente isso que ela me contou. — Digo e ela ainda permanecia intacta.

— Não entendi oque quer que eu te diga Maria Júlia. — Ela diz. — Pelo visto Carmen te contou tudo.

— Eu quero saber do porquê seu irmão ser assim Jade. — Eu digo já irritada.

— Não temos o amor dos nossos pais, minha mãe é uma drogada que meu pai colocou em uma clínica de reabilitação e meu pai é um homem desconhecido nessa casa que não liga pra gente, Guilherme é minha única família e tenta me proteger de tudo, só que as vezes ele me machuca. — Eu a olho confusa.

— Como assim te machuca? — Pergunto e ela mostra as marcas roxas em suas costas. — Caramba, eu sinto muito.

— Eu tenho medo dele Maju, mas ao mesmo tempo é a única pessoa que eu tenho, por isso que muitas vezes concordo com os planos dele, eu não sou a vadia que todo mundo pensa. — Ela diz com a cabeça abaixa. — O plano do meu irmão não era destruir você e sim o Michael, ele não odeia o Michael só por conta da Carmen, a história é bem, bem mais funda.

— Então me conta. — Digo já desesperada, eu estava assustada mas curiosa. Quando ela abre a boca pra me dizer algo...

— JADE?? — Ouvimos a voz de Guilherme, a olho assustada e ela faz o mesmo.

— Ele não pode saber que estou aqui! — Digo com medo.

— Se esconde no meu quarto. — Ela diz, logo corremos aquelas escadas enormes, paramos no último degrau para respirar. — Acho que ele foi pra cozinha.

— Acho que sim. — Digo e me viro pra ela, que estava com um sorriso estranho nos lábios. — Por que tá me olhando assim?

— Você é muito ingênua Maria Júlia. — Eu não havia entendido, até ela me segurar e me empurrar daquela escada enorme, só lembro de apagar e não lembrar de mais nada.

Guilherme

— Não é que ela veio mesmo? — digo enquanto tomava um copo de suco.

— Pois é, vou mandar mensagem pra Carmen e dizer que deu tudo certo, saiu melhor do que a gente esperava. — Jade diz rindo.

— Sim, mas chame um médico particular, ela não pode perder esse bebê, seria muito fácil. — Digo e ela
concorda. Logo os médicos chegaram e a levaram para um quarto aqui em casa mesmo, eles conseguiram estancar o sangue e disseram que o bebê estava bem, não sei como, mas estava, logo desço pra sala e vejo todos os amigos de Maju "presos" pelo seguranças.

— Grandes amigos, coragem de deixar a garota vir até aqui. — Jade diz debochando.

— Sua sonsa, eu vou te arrebentar. — Marina diz tentando avançar em nela, mas era em vão, pois o segurança era bem mais forte que ela.

— Prendam eles em um quarto e depois a gente vê oque faz. — Digo, o segurança leva todos até um quarto, fomos olhar Maju e ela ainda estava desacordada.

— Vamos Jade, temos que tirar ela daqui, antes que descubram, os amigos dela já são um problema muito grande. — Digo pegando Maria Júlia no colo e a colocando no carro, logo Jade entra comigo, parecia tensa. — Por que está tensa?

— Só tô achando tudo isso um pouco demais. — Ela diz

— Melhor não dar pra trás agora irmãzinha, lembra que foi você que empurrou ela da escada. — Digo em tom de ameaça a fazendo ficar assustada.

Marina

Os seguranças no jogaram no quarto como se fossemos lixo.

— Gente e agora? — Pergunto chorando e desesperada. — Somos amigos horríveis, porque nós a ouvimos, deveríamos ter ido pra casa e não ouvir a teimosia dela.

— Não adianta ficar se culpando, temos que arrumar um jeito de sair daqui. — Davi diz irritado. — Espera. — Ele diz mexendo em seus bolsos. — O segurança não pegou meu celular, posso pedir ajuda. — Ele diz, mas a alegria durou pouco quando vimos que no local não havia nem um pontinho de sinal.

— Calma, vamos pensar em outra coisa e orar pra que esses monstros não façam nada com ela, continua tentando achar sinal. — Digo e eles concordam, espero que a minha amiga fiquei bem, meu Deus.


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