23 - Pai

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Michael

Depois do fora que levei decidi ir pra casa, não queria desistir de Maju, mas ela parecia estar magoada demais para me dar outra chance, mas eu a reconquistaria, ou não me chamaria Michael Jackson.
Ao chegar em casa penso em maneiras para a reconquistar, poderia fazer outra música pra ela, ouço batidas na porta fazendo com que eu me atrapalhe nos pensamentos.

— Joe? — Digo surpreso, era a segunda vez que ele batia na minha porta, oque será que ele queria.

Maju

— Oque você quer aqui? — Digo assim que entro em casa, olho para o meu pai e ele estava com uma cara de cão arrependido, mas aquilo não me convencia em nada.

— Eu vou deixar vocês conversando. — Minha mãe me olha. — Qualquer coisa eu estou lá em cima e seu avô está com os cavalos.

— Fala oque tem pra falar, mas aproveita, porque não sei se vou querer te ouvir de novo. — Digo quase chorando.

— Filha, eu sei o quanto você está chateada comigo, pelo que aconteceu depois que eu me separei da sua mãe, mas eu também estava magoado Maria.

— E por causa disso você abandona sua filha? — Eu estava realmente machucada com aquilo.

— Eu estava magoado de me separar dela, eu sempre amei a sua mãe, me encantei por outra mulher e fui um imbecil fazendo isso. — Ele dizia tudo chorando, mas eu não estava me compadecendo nem um pouco.

— Caiu aos encantos de outra mulher, tirou tudo de mim e da minha mãe e nos mandou embora, não ligou nem pra saber se eu tava bem, NÃO LIGOU NEM QUE FOSSE PRA JOGAR ALGO NA MINHA CARA. — Eu estava tão nervosa que nada poderia me acalmar. — Eu não sei nem o porque você voltou, porque veio me procurar e também não me interessa. — Digo indo até a porta. — Só vai embora. — Ele me olha fixo, mas vai embora, eu fecho a porta chorando muito e minha mãe me abraça forte, ela não estava chorando, mas sabia que estava triste, mas nesse quesito ela era mais forte do que eu.

Michael

— Oi filho, podemos conversar. — Filho? Ele disse filho? Ele só pode estar de brincadeira.

— Podemos, você quer entrar? — Digo sério e ele confirma. — Você quer uma água? — Queria ser educado, mas estava difícil.

— Não, só quero conversar com você. — Eu me sento e o olho. — Vejo que fez tratamento do vitiligo.

— Pois é. — Não questionei como ele sabia, mas querendo ou não ele era meu pai, obviamente saberia.

— Michael eu vim aqui, para te pedir desculpas, sei que você não quer nem olhar na minha cara por causar a morte da sua mãe de certa forma, mas eu e seus irmãos sentimos muito sua falta, não quero que volte pra casa, não vou te obrigar, mas queria que me perdoasse, sou seu pai e sinto sua falta. — Seus olhos estavam cheios de lágrimas, assim como os meus, eu não sabia oque dizer.

— Tudo bem, eu desculpo, mas não sei se quero todos vocês presentes na minha vida, vocês caçoavam de mim sempre que podiam, eu só não guardo mágoas, mas não estou pronto para um relacionamento. — Digo e ele compreende.

— Posso pelo menos lhe pedir um abraço? — Ele diz se levantando, eu me levanto e lhe dou o abraço que pede, não com muito carinho, mas foi um abraço. Logo que ele vai embora observo Maju sentada, parecia que havia chorado, eu até iria lá, mas Harry havia chegado, então decidi deixar os dois conversarem, eu tinha coisas mais importantes pra fazer, por exemplo, a música para reconquistar Maria Julia.

Maju

— Você vai me explicar que cara é essa ou vou ter que fazer cosquinhas até você dizer? — Harry me olha debochado oque me faz rir, dou espaço pra ele sentar.

— Meu pai veio aqui tentando se justificar das coisas que fez Harry. — Estava me segurando pra não chorar. — Espero não o ver nunca mais!

— Eu te entendo bem, meu pai também nunca foi um dos melhores, na verdade eu nem o vejo, ele sai pra trabalhar, chega super tarde e no outro dia quando eu acordo ele não esta mais lá, até nas suas folgas ele tenta dar um jeito de trabalhar, tudo isso depois que a minha mãe morreu, mas eu deixei de me importar. — Ele diz me olhando. — Você e o Michael combinaram no encontro de pais?

— Como assim? — Pergunto confusa.

— O pai dele acabou de sair daqui, mas você estava tão destraida que nem viu. — Diz rindo. — Vai ir falar com ele?

— Por que? Não temos mais nada. — Harry revira os olhos.

— Meu Deus como você é teimosa Maria Júlia. — Ele diz me dando um tapa leve.

— Harry ele...

— Ele terminou com você, eu já sei. — Diz me interrompendo. — E se arrependeu porque sabe que fez errado, eu o entendo bem, eu também já machuquei muito a Marina e me arrependendo muito por isso, sempre fui apaixonado por ela.

— Até quando me beijou? — Digo o zoando.

— É, acho que aquilo ali foi porque você era nova e muito linda, foi super gentil comigo e eu me encantei, mas acho que não era apaixonado como eu dizia, oque eu sinto por ela é diferente do que sinto por você. — Eu o olho surpresa, não de um jeito ruim, claro, ele percebe e dá uma risada. — Você é minha melhor amiga, minha companheira e eu sempre vou te dar umas broncas quando você precisar, mas a Marina eu vejo mais que isso, eu quero ter ela como namorada, ela me deixa com desejo sabe.

— Ah Harry me poupa dos detalhes né. — Digo rindo. — Mas fico feliz que você parou de ser um idiota.

— Mas é boba mesmo né. — ele diz batendo em minha cabeça. — Mas de verdade, não deixa o Michael escapar Maju, ele gosta de você e isso é nítido, e já tem gente de olho nele.

— Ah Jade. — Digo revirando os olhos.

— Exatamente. — Ele diz rindo. Ficamos conversando mais um pouco até dar a hora de ele ir embora, e sabe de uma coisa, Harry tinha razão.

— Maju? — Michael diz me olhando surpreso, ainda não acredito que havia batido em sua porta.

— Eu quero fazer uma coisa, e não sei se você vai gostar. — Digo e ele me olha confuso, mas logo entende quando eu o beijo, intensamente, aquilo estava me dando muito desejo e percebo que em Michael também quando ele me deita na cama. — Michael.

— Shiiu. — Ele diz enquanto tira minha blusa, eu realmente não queria que aquilo parasse, bem, o resto, você sabe oque aconteceu.

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