♦QUINZE♦

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✖Sem Revisão✖


Saio correndo da sala, a pasta queima em minha mão, como ele pode ser tão filha da puta assim?

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Saio correndo da sala, a pasta queima em minha mão, como ele pode ser tão filha da puta assim?

Mandar meu filho pra longe?

O que ele ganha com tudo isso? Por que justo eu fui a escolhida para passar uma temporada no inferno?

Chego no ponto de ônibus e respiro fundo umas cinco vezes, minha sorte e que mais ninguém estava lá, pois tinha a certeza que se alguém perguntasse se eu estava bem, eu não conseguiria controlar o choro.

**

Quando abro a porta de casa há um silêncio agradável, vou para o quarto e guardo a pasta primeira gaveta, junto com o contrato que José assinou, acho uma roupa qualquer e vou para o banheiro.

Assim que a água quente toca meu corpo, minha respiração falha, meu coração acelera e a tentativa de ser forte foi pelo ralo.

Minha vida virou em tão pouco tempo que não sei como aguentar tudo isso. Fecho os olhos e mesmo não sendo o dia de levar o cabelo, eu deixo que molhe.

As lágrimas começam a se misturar com a água quente, meu corpo arde, mas não me importo. Tudo o que eu preciso agora é disso, sentir um pouco de dor para ter certeza que tudo não passa de um pesadelo.

Desligo o registro e me sento no chão, minhas costas encostam nas cerâmicas frias, fazendo meu corpo arrepiar. Abraço meus joelhos e ali me permito chorar tudo, amanha será o pior dia da minha vida, mas para ter meu filho só pra mim qualquer sacrifício vale.

**

Sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Chego na empresa antes do horário, Theodoro não tinha aula hoje então ele acabou passando a noite com a tia Carla.

Passei a madrugada acordada lendo e relendo cada linha do maldito contrato, cada cláusula esta praticamente grudada no meu cérebro.

Não tive coragem em compartilhar isso com a Elisa. Nessas horas eu sinto falta do meu pai, ele é advogado, saberia o que fazer. Mas se ele não quer saber de mim, imagina do neto. Talvez minha vida tenha virado de cabeça para baixo quando decidi aceitar o pedido de namoro do José.

Minha vida não era perfeita, mas eu tinha meu pai por perto e a medida que José se aproximava, meu pai se afastava.

Chego na sala de arquivos e deixo minha bolsa no chão, pego uma das caixas que esta perto da porta e a coloco na cadeira.

Falta mais de uma hora para o El diablo chegar, preciso ocupar minha mente até lá, se bem que uma bomba na cadeira dele não faria nada mal.

**

Cinco da tarde e Christian não apareceu na empresa. Nem mesmo Andréia sabe o que aconteceu, pois ele não é de faltar.

Ele não me mandou nenhuma mensagem desde de ontem, talvez tenha caído em si que essa história de contrato é burrice.

Bato meu ponto e vou até o ponto de ônibus, mais uma vez estou sozinha. Meu celular vibra avisando que chegou uma nova mensagem, antes que eu abra a bolsa para achar o celular, vejo o ônibus se aproximando.

O ônibus esta quase vazio o que é ótimo, ja que não vou ir em pé. Me sento e meu celular volta a vibrar, o pego e vejo três mensagens da Elisa.

" Passa no mercado e compra leite, pois o daqui acabou hoje."

" Não esqueça o sabão em pó, e o acuçar."

"Traga também arroz e macarrão."

Acabo sorrindo ao imaginar o desespero dela, respondo com um joinha e guardo meu celular.

Me levanto e aperto o botão, pago minha passagem, e quando o ônibus para ajudo uma senhora a descer com as sacolas.

Caminho por duas quadras até chegar ao mercado, pego o carrinho e confiro tudo o que Elisa pediu.

Enquanto ando pelo mercado, vejo algumas coisas que estão faltando e vou colocando no carrinho. Pego algumas frutas e legumes, passo pela área que tem brinquedos e vejo um carrinho de bombeiros. Theodoro ama e diz que quer ser bombeiro, mesmo não podendo gastar muito decido comprar.

Passo todas as compras e pago com o cartão, meu coração acelera só de imaginar a vergonha caso ele não passe, mas graças a Deus passou.

— Aqui os cupons, o sorteio será dia 15 e a senhora concorre a um jantar romântico no melhor restaurante da região. _ a atendente me entrega três cupons e a nota. - Boa sorte.

— Obrigada, Tchau.

Pego as sacolas e caminho para fora do mercado, são apenas quatro quadras até o meu prédio. Viro a esquina e olho para trás, um carro preto em velocidade baixa parece acompanhar cada passo meu, isso faz meu corpo arrepiar.

Engulo em seco e começo a andar mais rápido, minha respiração acelera e o ar chega a faltar nos meus pulmões, viro mais uma esquina e mesmo detestando a ideia vou ter que cortar caminho, assim que entro no beco começo a correr.

As sacolas machucam minhas mãos, mas não paro de correr, minha sorte e que o dia ainda esta claro. As sacolas batem nas minhas pernas e por pouco não me levam ao chão.

Não faço ideia de como cheguei inteira até a esquina do meu prédio, começo a respirar um pouco mais aliviada quando vejo que não tem nenhum carro por perto.

Comprimento o carteiro que passa por mim olhando estranho, minha aparência não deve ser das melhores. Antes de entrar no prédio olho mais uma vez a rua, não tem nenhum carro preto.

Meu celular vibra constantemente na minha bolsa, mas estava tão desesperada em chegar em casa que nem me importem em ver. Quando chego no meu andar, a porta esta entreaberta e é possível ouvir a risada do meu filho.

— Ana você chegou. _Elisa fala alto quase gritando.

— O que foi Elisa? _questiono vendo minha amiga tensa, ela balança a cabeça para o lado.

Olha quem chegou loirinho.

Aquela voz, mas que merda ele pensa que esta fazendo com meu filho no colo?

[...]

O que acharam do capítulo?Será que estavam mesmo seguindo a Ana?

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O que acharam do capítulo?
Será que estavam mesmo seguindo a Ana?

Bjss até 😘

Louca Proposta ·01· (SERÁ RETIRADA DIA 02 DE JUNHO)Onde histórias criam vida. Descubra agora