♦DOIS♦

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💄Sem revisão💄

Elena passou aqui e me chamou para almoçar, neguei e disse que comeria um sanduíche, tive um tempinho e liguei para dona Carla, a mãe da Elisa e pedi para que ela pegasse Theodoro na escolinha, pois eu não iria conseguir

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Elena passou aqui e me chamou para almoçar, neguei e disse que comeria um sanduíche, tive um tempinho e liguei para dona Carla, a mãe da Elisa e pedi para que ela pegasse Theodoro na escolinha, pois eu não iria conseguir.

Meu turno acaba as quatro e quando eu saio daqui vou correndo pegar meu filho na escola, mas hoje nada está saindo como planejei, até meu sono me abandonou.

— Merda! Merda! Cadê essa droga? _me sento no chão e sinto vontade de chorar.

Meu celular vibra e o nome do meu namorado pisca na tela, pego e atendo.

— Oi meu amor _digo mas só ouço sua respiração. — Jose esta ai?

— Estou sim meu amor, apenas derrubei minha mochila. _sua fala é meio arrastada.

— Esta vindo mesmo? _pergunto sentindo o coração apertar.

— Sim, mas chegarei apenas amanhã a tarde, não consegui passagem para hoje.

— Ta bom meu amor, vou estar te esperando _'como sempre', completo em pensamento.

— Vou desligar agora meu amor, até amanhã.

— Até. Eu t... Não consigo terminar a frase, pois ele desligou.

Frustrada volto a mexer nos arquivos, e aos poucos a hora vai passando. Meu celular despertadas as quatro e meia, tenho apenas meia hora para salvar meu emprego.

Falta apenas uma fileira e eu tenho quase certeza que não vou conseguir achar esses arquivos. Fechos meus olhos e faço dunidunite, e seja o que Deus quiser.

A música para na quinta caixa e antes de pegá-la faço uma oração, eu preciso continuar nesse emprego.

Abro a caixa e quase grito de felicidade, ali estão os malditos arquivos.

Não vai se hoje que o Diabo vai ter minha cabeça. Pego a pasta e confiro rapidamente, olho as horas e tenho dez minutos para chegar na sala da presidência.

Deixo minhas coisas jogadas e corro, tenho que subir dois lance de escadas antes de chegar na sala, assim que paro perto da mesa da secretaria, sinto meu pulmão gritar por socorro.

— Anastácia o que faz aqui? _Andréia pergunta e eu mostro os arquivos.

— Rápido _é a única coisa que digo, pois ela sabe o quanto o desgraçado é rígido com horários.

Pego o copo de água que ela me estende, e enquanto ela tefelona para a sala dele eu tento controlar a respiração.

— Pode entrar e boa sorte. _agradeço com um sorriso e bato na porta.

Ele autoriza e eu sinto minhas pernas falharem, a sala é toda em tons escuro, o chão é de um branco brilhante, as paredes são cinza, tudo é muito organizado e o perfume dele predomina pelo lugar.

— Termino a inspeção?

— Sim. _caminho apressada e paro na frente de sua mesa. — Aqui os arquivos.

— Eu não preciso mais, Andréia achou eles no sistema da empresa. _diz sem me olhar.

— E não penso em me avisar? Eu passei o dia todo atrás dessa merda. _me altero e não consigo controlar a língua.

— Está gritando comigo ratinha?

— Já que não precisa mais dos arquivos vou embora, meu turno acabou a uma hora. _me viro e praticamente corro até a porta.

— Vai se arrepender por causa dessa má criação.

Abro a porta e saio, dou de cara com Elena, ela sorri forçado e olha para a Andréia.

— Eu juro, um dia eu jogo esse homem pela janela. _digo e as meninas ficam brancas.

— Joga quem pela janela senhorita Steele? _a voz dura me faz querer sumir.

— Acho que isso não lhe diz respeito senhor Grey. _o respondo sem olhar para trás.

— Quando uma das minhas funcionárias planeja o assassinato de alguém...

— Eu tenho que ir, até amanha meninas. _o corto e ouço sua respiração.

'Passar muito mal senhor Grey,' penso em dizer mais apenas começo a andar para a sala de arquivos.

Maldito homem!

Arrumo a sala de arquivos o mais rápido que consigo, pego minha bolsa e tranco a sala. São quase seis horas da tarde e a próxima condução passa as seis e quinze.

Elisa me mandou mensagem avisando que vai fazer hora extra hoje. Ela trabalha em um bar na área mais badalada da cidade, o salário e bom, melhor ainda são as gorjetas que ela ganha.

Moramos juntas a quase seis anos, sua mãe é nossa vizinha e a nossa sorte é que não vivemos mais de aluguel, ou tudo séria pior.

Passamos por muitas dificuldades até conseguirmos comprar o apartamento, agora ela pode guardar dinheiro para pagar o curso de gastronomia, e eu consigo guardar dinheiro para o futuro do meu filho.

Claro que José manda dinheiro, não é todo mês, mas sei que ele se esforçar para ser presente na vida do filho.

Tudo bem que a última vez que os dois se viram foi a quase dois anos, pois José vem em dia de semana e quase sempre Theodoro esta na escolinha.

— Perdida por aqui ainda Ana. _Dona Ruth diz e para ao meu lado.

— O meu chefe tava de TPM hoje, então tive que ficar além do meu horário. _comento e ela ri.

— Quando vai ver seu pai menina? _ela pergunta depois de um longo silêncio.

Observo os carros na rua, os motociclistas passarem e buzinarem e minha mente começa a viajar para meu passado.

— Ele não quer me ver dona Ruth, eu tentei a senhora mesmo viu. _falo e continuo a olhar o movimento.

— Ele sente sua falta só é muito orgulhoso para admitir. _abaixo a cabeça sem saber o que dizer.

Meu pai esta doente, e eu já fui várias vezes atrás dele para saber como ele esta é se precisa de ajuda, mas ele sempre finge que não me vê.

— Olha lá o ônibus ta lotado, de novo. _uma senhora comenta ao meu lado e estende a mão fazendo sinal.

— É o meu dona Ruth, até mais. _me despeço e entro.

O ônibus esta lotado, e meu corpo todo dói. Depois de muito tempo consigo pagar minha passagem e fico em pé próximo a porta.

Eu só quero esquecer que aquele infeliz e mal-amado fez eu ficar até mais tarde por nada.

[...]

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Bjss 😘

Louca Proposta ·01· (SERÁ RETIRADA DIA 02 DE JUNHO)Onde histórias criam vida. Descubra agora