♦CINQUENTA e QUATRO♦

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🌻Sem revisão🌻

Chego em frente ao prédio onde eu morava, e meu peito aperta ao perceber que por mais que eu tente fugir da maldita caixa, é ela a resposta para tudo

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Chego em frente ao prédio onde eu morava, e meu peito aperta ao perceber que por mais que eu tente fugir da maldita caixa, é ela a resposta para tudo.

Saio do táxi e bato a porta com força, caminho sem ânimo e não comprimento nem o porteiro. Estou descalça e meu rosto está inchado por conta do choro, subo as escadas e tento parar de chorar, não quero assustar tia Carla caso a encontre.

Quando finalmente chego ao meu antigo apartamento, percebo que minhas mãos estão tremendo e eu demoro mais que o normal para conseguir colocar a chave. Empurro a porta e o silêncio me incomoda, entro e começo a sentir as lágrimas voltarem com mais forças.

Deixo minha bolsa no sofá junto com as chaves, passo a mão pelo rosto e respiro fundo algumas vezes antes de ir em direção ao meu antigo quarto.

Quando entro, percebo que tudo esta como deixei. A cama arrumada com alguns vestidos jogados em cima, ao lado do guarda roupa está meu all star completamente rasgado e que eu deveria jogar fora. Balanço a cabeça e junto toda a coragem, a passos curtos vou até a gaveta onde tudo está guardado.

Pego os contratos, o cartão que veio junto com as flores e a caixa. Seguro contra o peito com medo de derrubar, os soluços ficam mais altos e eu caio sentada na cama.

Deixo tudo de lado e abraço meus joelhos. Christian não seria capaz de matar uma pessoa, eu não posso acreditar nisso.

Meu peito dói ao imaginar toda a família que comecei a idealizar no ultimo mês, voar para o espaço.

— Chega Anastásia! Você sempre foi corajosa, agora não é hora para ser medrosa. _digo alto depois de algum tempo deitada em posição fetal.

Limpo minhas lágrimas e me arrumo melhor na cama, por primeiro pego o cartão e releio.

"Essas flores são tão belas, e a cor viva das pétalas me lembra o sangue que vai ser derramado, mas você pode evitar isso.

Apenas se afaste...

Um amigo..."

Por que Mia escreveria isso? Por que eu deveria me afastar?

Deixo o cartão de lado e pego a caixa, minhas mãos ainda tremem e meu coração acelera ao ponto de eu achar que ele vai sair do peito. Retiro todo o papel parto e me deparo com uma caixa vermelha, leio a descrição em cima e tenho a certeza que meu destino está dentro dela.

"Para minha pequenina.

Papai só quer seu bem, se afaste por vontade própria ou eu tomarei providências.

Veja tudo com calma, vou estar esperando você!"

Abro a caixa e me deparo com papéis dobrados e um pacote preto, retiro tudo e vejo um pen drive no fundo. Decido começar pelos papéis que estão dobrados.

O primeiro é um atestado de óbito no nome de Leila Gutierres, aqui consta que ela morreu no dia dois de agosto de dois mil e doze, não dou muita atenção e pego outro. Esse é mais antigo e cheira mofo, está escrito a caneta e é direcionada a um tal de Schlange.

"Chefe, ele fez como foi instruído.

Permito dizer que foi até melhor do que o senhor planejou. El Diablo matou a vadia como se matasse uma mosca. Os gritos dela foram ouvido em cada canto da mansão, e a risada dele conseguiu assustar até nossos homens mais treinados.

Ele é o verdadeiro Diablo na terra!

Irei lhe contar com detalhes, e tenho certeza que o senhor ira se surpreender como ele aprendeu e melhorou seus ensinamentos.

Primeiro ele mandou prender a vadia na parede, e pediu para ficar sozinho. Foi ai que a diversão começou!

Pelo vidro vimos seu prodígio arrancar as unhas dela com a alicate, então ele passou para os dedos. Cortou um por um e no final a vadia não tinha mais voz para gritar..."

Paro de ler e corro para o banheiro, coloco todo o almoço para fora e depois de dar a descarga me encosto no vidro do box, e coloco a mão para abafar os soluços.

Fecho os olhos e começo a imaginar essa mulher gritando até não ter mais forças, meu corpo arrepia ao imaginar o dor que ela deve ter sentido. Balanço a cabeça e volto a vomitar, meu estômago dói e as lágrimas me impedem de ver com exatidão.

Dou a descarga e mesmo sentindo as pernas fracas me levanto, me apoio na pia e lavo o rosto.

Meu pai deve ter forjado as provas para me desestabilizar. O meu Christian tem um coração bom, e tem me provado isso todos os dias.

Ele nunca mataria ninguém, é só a cara de mau.

Respiro fundo e volto para o quarto afim de dar um fim nessas falsas provas, junto tudo e coloco dentro da caixa, mas antes de fechar acabo pegando o pacote preto e abro por puro curiosidade.

Meu corpo gela e as lágrimas voltam fazendo minhas pernas fraquejarem e eu acabo caindo no chão.

São fotos!
Provavelmente o mesmo cara que escreveu a carta as tirou.

A primeira é a de um homem de costas e uma mulher ajoelhada a sua frente. As seguintes o homem continua a aparece apenas de costas, ja a mulher está presa na parede, o vestido branco já se encontra completamente manchado de sangue. A cabeça está abaixada e o cabelo longo e preto me impedem de visualizar o rosto da garota.

A sequência de fotos é forte, e como se eu pudesse ouvir os gritos de dor, como se pelas fotos eu ouvisse ela implorando para ele parar.

A cada foto que vou passando meu estômago volta a embrulhar, e apenas na última vejo o rosto do torturador.

Fecho os olhos com força e conto até dez, abro e olho para a foto novamente com esperança que seja meu cérebro me pregando uma peça, mas infelizmente não é.

As fotos mostraram cada passo da tortura, e no final a foto do diabo com um sorriso no rosto, como se estivesse contente com o trabalho.

Ele matou aquela mulher sem nenhum pingo de piedade.

As fotos não mentem.

Christian é o Diablo.

[...]

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Não esqueçam de deixar a estrelinha

Eu volto logo ;)

Bjss até
😘😘

Louca Proposta ·01· (SERÁ RETIRADA DIA 02 DE JUNHO)Onde histórias criam vida. Descubra agora