Louca Proposta ·01· (SERÁ RETIRADA DIA 02 DE JUNHO)

♦VINTE e NOVE♦

🔼Sem revisão🔼

Faz quatro dias que não vejo Christian, ele apenas manda uma mensagem perguntando como estou e então some novamente.

Nem mesmo na empresa ele tem ido, Andréia falou que ele esta focado em um contrato com os russos, mas eu sinto que tem algo a mais nesse sumiço.

Não comentei nada com Andréia sobre ter encontrado Elena sábado no shopping. Ontem quando cheguei em casa, Sawyer estava me esperando perto da porta, e a primeira pergunta que ele me fez, foi:

''Como esta o namoro? Espero não ter passado uma impressão errada para o seu chefe. Ele sabe que somos apenas amigos, né?"

Não respondi, até porque estou achando estranho esse interesse todo no meu falso relacionamento. Tia Carla também me questionou sobre Christian, e eu tive que desconversar falando que ele esta ocupado demais no trabalho.

Mas talvez a ocupação dele seja entre as pernas daquela vendedora oferecida.

Eu tenho total ciência que falei que poderia ser corna, mas ele exigiu fidelidade e deve tá lá agora fodendo outra.

Não deveria me importar, mas algo mudou depois de termos dormindo juntos, ou será que eu estou procurando chifre em cabeça de galo?

— Anastásia. _Andréia diz meu nome eufórica.

— Juro que não fui eu. _respondo divertida e levanto as mãos em sinal de redenção.

— Olha o que chegou para você. _ela diz e me estende um buquê de rosas vermelhas. — Não é lindo?

— É sim. _falo um pouco esperançosa, talvez tenha um cartão com um convite para jantar.

— Tem um cartão. _ela me entrega e eu encaro o papel branco com umas flores desenhadas. — Por mais curiosa que eu seja, eu não abri.

— Pode deixar as flores ali. _aponto para o lado direito da mesa e abro o cartão, a letra bem feita chama minha atenção.

"Essas flores são tão belas, e a cor viva das pétalas me lembra o sangue que vai ser derramado, mas você pode evitar isso.

Apenas se afaste...

Um amigo!"

Leio e releio, e não consigo acreditar nessas palavras. Um amigo? Isso deve ser uma brincadeira de muito mal gosto.

Christian deve estar tentando me testar. Pego meu celular afim de descobrir a verdade, mas sinto um aperto no peito como se fosse um aviso, deixo o celular de lado e releio mais uma vez o pequeno texto.

Um silêncio se faz presente e minha mente começa a trabalhar em quem pode ter mandado. Sem me dar conta lágrimas escorrem pelo meu rosto e caem sobre o papel borrando a letra.

— Então Ana, o que diz?

— Nada demais. _tento desconversar e limpo o rosto — Apenas Christian sendo Christian. _minto dando um sorriso fraco.

— Vocês são tão lindos juntos. _concordo sem saber o que dizer.

— Obrigada por ter trazido as flores, você sabe quem entregou? _ela me olha desconfiada. — E que achei que Christian fosse trazer pessoalmente. _ela sorri sem mostrar os dentes e pega em minhas mãos.

— Não sei quem trouxe. Mas não fique triste, talvez o chefe esteja planejando uma surpresa pra você. _ela da um sorriso confortante e eu dou um sorriso fraco sem saber como reagir, ela solta minhas mãos e anda até a porta.

— Vou deixar você trabalhar, nós vemos no almoço. _concordo e ela se retira.

Guardo o cartão na última gaveta, e tenho uma surpresa ao ver a caixa da semana passada, fecho os olhos e conto até dez tomando coragem para pegar a caixa.

— Coragem Anastásia! É apenas uma caixa, que mal pode ter? Você ja leu um bilhete estranho, o que tem nessa caixa não vai te afetar. _digo alto e abro os olhos.

Minhas mãos tremem e as lágrimas voltam a cair, desisto de pegar a caixa e meus pensamentos vão para o cartão, fecho a gaveta e me levanto. Caminho até as flores, pego o buquê e mesmo com dor no coração jogo no lixo, me abaixo e amarro o saco preto. Ninguém pode descobrir que joguei no lixo, já que provavelmente todos acham que foi Christian que as mandou.

"Apenas se afaste..."

Essa frase me causa um frio na espinha e faz meus pêlos se arrepiarem. Do que eu devo me afastar?

Tantas perguntas surgem e até agora nenhuma resposta. Será que isso tem haver com algo relacionado ao Grey?

Eu deveria ter coragem para abrir a caixa, mas algo está gritando dentro de mim, e é como se soubesse que o conteúdo tem o poder de me destruir. Seco as lágrimas e vejo meu reflexo pelo vidro, meu rosto vermelho e minha maquiagem toda borrada, pego minha bolsa e respiro fundo.

Fecho a sala e caminho apressada até o banheiro, por sorte não encontro ninguém pelo caminho. Entro no banheiro e suspiro aliviada ao ver todas as cabines vazias.

Entro em uma e faço minhas necessidades, mas antes que eu dê a descarga ouço risadas femininas e o barulho dos saltos batendo no piso, me sento na tampa do sanitário e me culpo por estar preste a ouvir a conversa delas, mas não vou sair daqui com essa cara de choro.

— Menina nem te conto. O diablo deve enfeitado a cabeça da outra lá.

— Sério?

— Andréia subiu com um buquê enorme.

Ah se elas soubessem que aquele buquê não tem nada haver com Christian, ou talvez tenha e eu apenas não estou conseguindo ligar os pontos.

— Era visto que isso iria acontecer. Não sei nem como ele olhou para ela.

Respiro fundo umas três vezes buscando paciência, e continuo ouvindo elas falarem de mim como se realmente sentisse pena por eu ser corna.

Mas eu sei que se elas tiverem a oportunidade, elas agarrariam o chefe e fariam questão de contar para todas, só para aumentar meu inferno aqui.

Fico em pé e dou a descarga, abro a porta e vejo o sorriso delas morrer aos poucos.

— Bom dia garotas!

[...]

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Bjss até
😘😘