"Até hoje ninguém foi capaz de medir o seu tamanho, você é o caos e coração, você é oceano e furacão, te desvendar é para quem não teme, mulheres infinitas".
- Eu vou ser sua se me quiser, pelo tempo em que eu estiver disponível, mas lembre-se semp...
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Já se passaram dois meses que estou no hospital, não saio do lado do meu avô para nada, apenas quando o levam para fazer seus exames e tratamentos que não posso acompanhá-lo.
Ithan me manda mensagem todos os dias e conversamos muito, ele está me ajudando bastante psicologicamente e também na faculdade, eu estou fazendo os trabalhos, mesmo não precisando, é algo que me distrai, por fim, eu envio para Ithan, que entrega aos meus professores.
Eu pedi a ele para trancar minha matrícula mês que vem, que eu voltaria depois que meu avô melhorasse para concluir a faculdade.
O Henry ligou para meus pais, e eles contaram que meu avô estava doente, agora mais do que nunca, Henry me manda várias mensagens por dia, que eu faço questão de não responder.
Estamos em maio e ainda estou no hospital, estou mais branca que o normal, por não sair daqui, meu avô recebe suas visitas das 13 às 17 horas, são muitas pessoas, porém, ninguém da família vem vê-lo, e isso me deixa com muita raiva, eu vejo que meu avô fica triste por causa disso, ele tenta esconder, mas eu o conheço muito bem.
Nesses meses aqui, eu fiz meus trabalhos e provas necessários e fiz cursos complementares, tudo online, agora eu sei Latim, pois é, não sei para que, mas, eu fiz esse curso, além de japonês.
Agora sou fluente em onze línguas, já que falava inglês, holandês, francês, alemão, russo, italiano, espanhol e dois portugueses, de Portugal e do Brasil.
Saio dos meus pensamentos com meu avô me chamando.
- Ivna, minha menina. – Eu levanto e acaricio seus cabelos. – Já está quase na hora da visita e quero te pedir uma coisa. – Eu assinto com a cabeça. – Quero que saia e vá fazer algo que goste, algo que seus pais nunca deixaram você fazer, mas sem eles saberem, claro. Tudo bem? – Ele me pede, mas eu recuso.
- Não vou sair do seu lado vovô. – Ele me olha zangado.
- Você está nesse hospital já tem dois meses. Por favor, minha menina, eu vou ficar bem, e vai ter gente aqui comigo, não vou ficar sozinho. – Pede e nego com a cabeça. – Agora me fala, o que sempre quis fazer e seus pais não deixaram? – Questiona curioso.
- Nada vô, quero ficar do seu lado. – Respondo e ele respira fundo.
- Me responda May, algo que sempre quis fazer. – Ele diz firme, me chama de “May” quando está chateado comigo.
Me dou por vencida, sei que ele não vai ceder, ele seria até capaz de chamar os seguranças para me deixar do lado de fora do hospital durante o horário de visita.
- Ok, Doutor Alexander Klump. Você venceu. – Digo e ele sorri. – Boxe, eu tenho vontade de fazer boxe desde que vi o filme “O Vencedor”, e também tenho saudade de nadar. Talvez até fazer umas aulas de tiro. – Meu avô dá uma gargalhada.
