"Até hoje ninguém foi capaz de medir o seu tamanho, você é o caos e coração, você é oceano e furacão, te desvendar é para quem não teme, mulheres infinitas".
- Eu vou ser sua se me quiser, pelo tempo em que eu estiver disponível, mas lembre-se semp...
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- Você ainda não contou. – Doutora Sullivan nem questiona, ela já afirma, praticamente me acusando.
Estamos debatendo sobre o fator que eu mais odeio falar: aborto. Não sei porque, mas ela insiste repetidamente nesse assunto.
- Não. – Assumo, eu não contei para o "pai".
- Precisa parar de adiar. – Me fala como um sermão e eu suspiro frustrada.
- Eu vou contar. – Eu vou, mas... preciso de mais tempo, preciso me sentir forte para contar.
- Não faz bem guardar isso Ivna e você sabe, já se passou um mês que seus elos vieram ficar com você e tudo que você faz é evitar o pai. – Ela tem total razão, mas eu não consigo, toda vez que tento me aproximar dele, me faz tão mal e ele deveria me fazer bem, eu o amo.
- Mas eu não consigo, sou fraca. – Me deito no divã olhando o teto branco fixamente.
- Fraca é uma coisa que você nunca foi, e você vai contar hoje mesmo e eu aparecerei na sua casa para saber se fez. – Diz terminando nossa sessão.
Me levanto desanimada e me despeço dela. Suas palavras rodam minha cabeça, preciso realmente parar de adiar... afinal, já se passaram um mês, isso mesmo, um mês com eles aqui, e quatro meses desde o acontecido.
Enfim, eu não quero contar, essa é a verdade, desde o dia em que todos apareceram no meu escritório até hoje, se passou um mês, tudo está maravilhoso, eu continuo meu trabalho na Klump Corp e no LA Klump e agora trabalho no administrativo da Terfor Corp, vulgo Kryptus, os meninos ainda me dão sermão por trabalhar na Kryptus, mas entendem melhor o porquê de eu não poder sair.
Como eles estão? Ah! Continuam os mesmos lindos e apaixonantes de sempre, a casa está alegre e eu nunca senti tanta felicidade na minha vida, nós somos amigos, todos nós, e mesmo que eu tenha beijado o Daryl e o Colin, nada mudou e toda refeição dura horas e horas com a gente conversando e rindo, além deles estarem ótimos em tudo que estamos fazendo aula.
Nicolae e Ryan se deram muito bem e passam muito tempo juntos conversando sobre negócios e trabalho, Colin e Peter se dão perfeitamente bem, os dois são calados, mas ficam tocando e conversando sobre música, mesmo que seus estilos musicais sejam praticamente opostos.
Owen e Daryl conversam sobre seus assuntos de cafajestes... carros, surf, bebidas e algumas vezes sobre mulheres, o que eu acho divertido, já que eles evitam falar sobre outras mulheres perto de mim, como se eu fosse matá-los por ciúmes. E por fim, mas não menos importante, temos a minha dupla dinâmica, enérgica e curiosa, que às vezes me tira do sério, Matt e Drogo, que nos fazem rir muito, sempre com suas piadinhas e coisas sem sentido.
Está tudo perfeito na minha vida, então por que estragar? Eu poderia ter parado de ir na Doutora Sullivan no momento exato que eles voltaram, mas sinto que ela é uma parte sólida da minha vida, que me mantem estável, então eu aceito suas críticas e ordens, e se eu aceito, devo cumprir tudo que ela falar, principalmente contar o pai do bebê, e é isso que eu vou fazer, mesmo não querendo.
