Capítulo 4 - Vendaval #11

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DIA 11 – 28.04.2020

Me virei na cama durante toda noite, eu estava preocupada com meus oito elos, qualquer passo em falso e eu poderia colocar a vida deles em risco

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Me virei na cama durante toda noite, eu estava preocupada com meus oito elos, qualquer passo em falso e eu poderia colocar a vida deles em risco.

Viktor estava calmo, mas eu sei do que ele é capaz, eu li sua ficha e sei como ele faz quando algo o irrita ou não o serve mais.

Está na mesma cama que ele me perturba mais ainda, é loucura certo? Quem dorme com o inimigo? Eu deveria ter recusado e ter ficado com o sofá.

Mas enfim, já foi, não posso mais voltar no tempo, eu estou extremamente cansada.

Não vou dizer que passei a noite inteira em claro, porque eu consegui dormir sim, por apenas vinte minutos antes de acordar de um pesadelo envolvendo minha família.

Parecia que eu nem havia acordado, já que estou em um pesadelo real, eu acordei gritando como estou fazendo quase sempre agora e braços me abraçaram, mas não me traziam paz, traziam raiva, Viktor tentou me acalmar, por algum motivo, mas eu só senti ódio.

Me levanto da cama, me soltando de seus braços e vou até o frigobar pegando uma garrafa d'água bebendo em uma golada só.

- Esses pesadelos são recorrentes? – A voz do Viktor soa pelo quarto e eu me sento no sofá, para ficar longe dele.

- Não estou muito afim de conversar com o homem que está querendo me matar pela segunda vez na vida. – Digo ríspida ligando a televisão, assistindo o desenho que passava, eu podia sentir que ele sorriu da minha resposta, mesmo sem o olhar.

- Tudo bem, não precisamos conversar. Drogo me disse de seu mau humor matinal. – Ele se senta ao meu lado do sofá e fica com os olhos em mim, mas apenas o ignoro. – Olha, nós podemos fazer um trato. – Diz desligando a televisão e me fazendo suspirar pesadamente, eu posso matar ele agora mesmo?

- Eu prefiro te entregar os microchips e você me mata no final de tudo, deixando todos eles vivos. – Digo sem a menor paciência e ele me olha surpreso.

- Eu ia dizer que a manteria viva se cobrisse seu preço, mas agora fiquei curioso... você prefere morrer e proteger os outros? – Questiona como se eu fosse louca e eu o olho profundamente seus olhos âmbar.

- Eu não me importo comigo Viktor, eu morri quando tiraram tudo de mim, eu tenho dinheiro, muito dinheiro, mas nada disso me importa, eu só quero que as pessoas que eu amo sejam felizes, eles não têm culpa que eu entrei na vida deles. – Digo tudo que sinto de verdade e ele fica quieto por alguns minutos, como deixar um homem sem coração com dó? Se mostre, mostre suas fraquezas, eles amam quando você se faz de forte, porque eles se sentem poderosos.

- Vamos tomar café, quer descer no restaurante ou quer comer aqui no quarto mesmo? – Me pergunta dando opções, para um vilão ele está muito bonzinho.

- Estou sem fome, e sem minhas vitaminas. – Digo ligando a televisão novamente.

- Vitaminas? – Me olha curioso.

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