"Até hoje ninguém foi capaz de medir o seu tamanho, você é o caos e coração, você é oceano e furacão, te desvendar é para quem não teme, mulheres infinitas".
- Eu vou ser sua se me quiser, pelo tempo em que eu estiver disponível, mas lembre-se semp...
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Abro meus olhos assustada, olho ao redor e vejo que é noite, dormi escrevendo a redação de Sebastian, seria engraçado dizer que meu pesadelo recorrente se misturou com o meu pior pesadelo de infância? Pois é, o que está acontecendo comigo? Olho minhas mãos e vejo que me machuquei fincando minhas unhas na palma da mão, me viro, pegando um curativo na mesinha lateral à minha cama e olho para o relógio, percebendo que dormir em meio sonhos turbulentos desde às 17 horas até 2 da manhã.
Escrevo umas cinco palavras finais para o trabalho de hoje, deixando o notebook de lado depois disso. Me levanto e pego um travesseiro, abro a porta do quarto e paro em frente à porta de Peter, minha vontade era de bater e deitar aconchegada nele, mas com toda certeza do mundo sei que ele está chateado comigo e com razão. Suspiro pesadamente e começo a descer as escadas, olhando para os degraus.
- Ash? - Escuto a voz de Peter e sinceramente acho que foi meu psicológico, então continuo descendo.
Vou até a cozinha e pego água, minha boca está seca, às vezes acontece quando tenho pesadelos. Quando fecho a porta da geladeira vejo meu doce Peter no batente da porta, com seu semblante triste.
- Outro pesadelo? – Peter pergunta com a voz de sono, eu balanço a cabeça em sinal que sim, abraçando forte o travesseiro que estava em minha mão.
- Me desculpa por hoje Peter, eu explodi com você, Drogo tira minha sanidade. - Falo baixinho e ele caminha hesitante até onde estou.
- Desculpa eu, eu nunca vi fora da minha bolha, tudo que você falou para mim hoje me fez abrir os olhos, e você estava realmente certa, eu não vou mais fazer isso, não com você. Você pode contar comigo, ok? Não quero te fazer sofrer nunca. - Ele termina de falar e meus olhos encontram as esmeraldas maravilhosas que eu estava com tanta saudade, me sinto à vontade com ele, para mostrar um pouco de mim mesma, mostrar minhas fraquezas, não consigo ser forte o tempo todo, infelizmente. Sorrimos um para o outro e em um movimento rápido Peter me coloca na bancada da cozinha me beijando loucamente.
Isso é minha imaginação? Pergunto confusa.
Não, nós votamos sim, basta você decidir. As três me respondem.
Puxo Peter para mais perto e ele começa a descer a alça do meu pijama, beijando meu ombro, mas um barulho de porta abrindo nos tira de nosso momento, nos separamos rapidamente respirando intensamente.
– Vem, vai ficar tudo bem, ok? – Eu assinto. Sei que não vai ficar nada bem, provavelmente irá acontecer algo que irá me destruir mais ainda, mas por hora, prefiro me confortar pelas palavras dele, que me guia para seu quarto, me deito na cama e me aconchego nele, que faz cafuné em minha cabeça, ficamos nos olhando, nos gravando na mente.
Minha cabeça dói fortemente, deve ser por não conseguir dormir direito e reprimir todos meus sentimentos, inclusive chorar, com certeza meu corpo está me torturando por isso, enfim, preciso fingir estar tudo bem, se não começam as perguntas e tudo mais.
