"Até hoje ninguém foi capaz de medir o seu tamanho, você é o caos e coração, você é oceano e furacão, te desvendar é para quem não teme, mulheres infinitas".
- Eu vou ser sua se me quiser, pelo tempo em que eu estiver disponível, mas lembre-se semp...
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Pego meu celular e ligo para o John.
- John. – Digo chorando sem esperar ele dizer nada.
- Ivna, o que aconteceu? Onde você está? – Fala preocupado.
- Praia. – É a única coisa que consigo falar.
- Estou chegando. – Ele desliga e eu continuo chorando.
Depois de uns 5 minutos ele aparece, corre e me abraça, e ficamos assim por um longo tempo, ele não fala nada, só me abraça e faz carinho em minha cabeça, já um pouco calma eu respiro fundo, então desabafo.
- Meu avô morreu John. – Falo com a voz rouca e arrasada.
- Sinto muito Ivna! – Ele me abraça mais forte. – Quer ir para casa? – Eu nego com a cabeça. – Quer ficar aqui? – Faço que sim com a cabeça.
Ficamos lá até o sol nascer, abraçados, e eu chorando, com meu celular tocando a noite toda.
Estava tão destruída e sem reação que nem desliguei, só fiquei olhando para as ondas a noite toda, o John dormiu me abraçando, mas não consegui dormir.
Olho o relógio do celular e já são 6 horas da manhã, tem 55 chamadas perdidas e 312 mensagens, mas não quero ver isso agora.
- Ei John, acorda. – Faço carinho em seu cabelo e ele abre os olhos e sorri.
- Desculpa, eu acabei dormindo. – Diz envergonhado.
- Desculpa eu, por fazer você vir para cá e ficar até agora. É que eu não tinha mais ninguém. – Dou um sorriso fraco.
- Tudo bem, eu quis vir. – Volto meu olhar para o mar, vejo meu surfista passando, lhe dou um sorriso triste, ele me olha parecendo preocupado, mas continua sua caminhada.
- Preciso ir para casa. – Digo e John só concorda com a cabeça, levanta e me estende a mão.
Já em casa, ele entra comigo, ignoro meus pais e vou para meu quarto com o John, me arrumo para o velório, com certeza vai estar todo mundo de preto, mas eu vesti branco, meu avô tinha me pedido, disse que eu era a paz dele nos dias ruins e queria que eu me libertasse de uma vez de tudo que me prende.
Passei na casa de John que vai de branco também, para me acompanhar nessa.
Chegando no cemitério tem repórter para tudo que é lado, como vim no carro do John, eles não alvoroçaram em mim, odeio aparecer na mídia.
Me deparo com tanta gente, nem metade das pessoas aqui, foram visitar quando meu avô estava no hospital.
Me sento no fundo e John ao meu lado, ele me abraça o tempo todo enquanto eu só choro em seu ombro.
