03. ᴀʙʀɪɢᴏ

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NATÁLIE DIXON

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NATÁLIE DIXON

Dois dias que me separei de Michone e estava sozinha pela floresta. Não pude voltar para procurá-la, já que as chuvas começaram, e apagaram os rastros. Sei que ela está bem e, quando puder, virá atrás de mim.

Meus enlatados haviam acabado e só não passei fome, por causa de Daryl, que me ensinou a caçar desde pequena. Peguei um esquilo e comi. À noite, durmia em cima de alguma árvore, para não ter o risco de acordar com um zumbi comendo minha carne.

(...)

Acordei com algumas gotas de chuva em meu rosto. Desci e comecei a correr, já que ela começou a ficar mais forte. Não prestei atenção para onde ia e acabei em um campo aberto, parecia uma fazenda. Avistei uma baia de cavalos e fui até lá.

Entrei e fechei a porta. Passei por uma das divisórias e me encolhi com frio em meio aos fenos. Olhei para frente e percebi que tinha um lindo cavalo marrom ali.

Tem gente morando aqui?! - sussurrei e fiquei espantada por um momento. 一 Tsc. Amanhã vou sair sem que eles me vejam. - deitei, com a cabeça apoiada em minha mochila, e logo dormi.

(...)

Acordei com o sol entrando por uma brecha no teto e sons de galo.

Odeio fazendas! - resmunguei enquanto me esticava.

Peguei a mochila e fui até a porta. Abri um pequeno espaço e olhei para os lados verificando se não tinha ninguém por ali. Estava voltando para a floresta quando algo me chamou a atenção.

Um senhor de cabelos brancos e um homem estavam colocando dois walkers dentro de um celeiro. Balancei a cabeça e voltei a olhar para a floresta. Fechei os olhos e respirei fundo. Me virei e comecei a andar, até parar atrás deles.

一 Err... licença. - os dois me olharam e ficaram surpresos. 一 Eu... acabei dormindo ali... - apontei para o local em que havia saído. 一 Estou molhada e com fome. Não poderiam me dar alguma coisa para comer e uma blusa nova? Depois disso eu vou embora. - disse sem jeito e olhei para o chão.

一 Está sozinha filha? - o mais velho veio até mim e colocou sua mão sobre meu ombro.

一 Estava com uma amiga, mas nós tivemos que nos separar. - segurei algumas lágrimas nos olhos.

一 Não tem família? - o outro homem perguntou.

一 Minha mãe morreu quando eu ainda era um bebê, meu pai está morto, e meus irmãos... não vejo a um ano. - respondi e olhei para eles.

Os dois trocaram um olhar por um segundo e depois o mais velho voltou a me olhar.

一 Sou Hershel e esse é o Otis. Sou dono dessa fazenda e, se quiser, pode ficar aqui conosco. - fiquei surpresa e o senhor sorriu. 一 Tem espaço de sobra em casa.

一 Eu aceito. Obrigada! - sorri e os acompanhei até a casa. Pensei em perguntar o motivo deles terem colocado aqueles zumbis lá, mas resolvi ficar quieta.

(...)

Hershel me apresentou a toda sua família. Todos pareciam muito gentis, principalmente sua filha mais velha, Maggie. Ela me levou até seu quarto e me emprestou uma roupa da irmã.

Fui até o banheiro e tomei um banho relaxante. Saí do chuveiro e passei a mão no espelho para conseguir me olhar. Virei o corpo e fiquei olhando minhas cicatrizes por um tempo.

Vesti a roupa e fui até o quarto, passando a toalha nos cabelos. Entrei e percebi Maggie arrumando um colchão ao lado de sua cama.

一 Vai ficar comigo... se importa? - ela me perguntou e eu sorri negando com a cabeça. 一 Que bom! Vamos, o jantar está pronto. - a garota me abraçou pelo ombro e descemos juntas para a sala.

Me sentei ao lado de Beth, e Patrícia me entregou um prato. Comecei a colocar comida, mas Hershel me olhou.

一 Natálie, temos o costume de rezar antes das refeições. Tudo bem para você? - sorri sem graça para ele e coloquei minha mão sobre a dele. O mais velho fez suas orações com a família, e logo depois, começamos a comer.

Acabei de jantar e estava indo colocar o prato na pia, quando Patrícia me barrou.

一 Eu levo querida. - ela sorriu gentil e pegou o prato da minha mão. Dei de ombros e fui até a varanda da casa. Me sentei nos degraus e percebi Hershel se encostando no pilar ao lado.

一 Noite bonita não é? - ele disse olhando para o céu e concordei.

一 Obrigada senhor Greene, por me oferecer seu lar. - virei a cabeça e olhei para ele.

一 Não precisa agradecer Natálie. - ele sorriu e bagunçou meus cabelos. 一 Vai ficar conosco em segurança e eu vou cuidar de você, como se fosse uma de minhas filhas. - me surpreendi com aquilo e sorri para ele. 一 E me chame de Hershel, por favor! - ele disse e riu.

一 Me chame de Nate, Hershel. - repeti sua fala e também ri. 一 Porque vocês colocam zumbis no celeiro? - perguntei e o mais velho me olhou confuso.

一 É assim que os chama?

一 Walkers, zumbis, cabeças podres, errantes... depende do momento. - dei de ombros.

一 São pessoas... pessoas doentes! - ele disse sério e eu fiquei sem ter o que responder.

一 Vou me deitar. Boa noite sen... Hershel! - me levantei e me despedi dele.

一 Boa noite Nate. - ele me deu um beijo na cabeça e eu entrei na casa.

Cumprimentei a família Greene que estava na sala e subi até o quarto de Maggie. Me sentei no colchão e peguei minha mochila, retirando a foto que carregava comigo.

一 Onde vocês dois estão?! - perguntei e passei suavemente o polegar sobre o papel. 一 Será que ainda lembram que têm uma irmã, cabeças ocas? - Suspirei fundo e guardei a foto. Me deitei e logo em seguida dormi.

 Me deitei e logo em seguida dormi

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𝗼𝘂𝗿 𝗹𝗲𝗴𝗮𝗰𝘆 ↯ c. grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora