59. sᴇᴍᴘʀᴇ ᴄᴏᴍ ᴠᴏᴄê

3.7K 433 174
                                    

━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━"ᴇᴜ sᴇɪ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ᴘʀᴇᴄɪsᴀᴠᴀ ᴅᴇ ᴠᴏᴄᴇ, ᴍᴀs ᴇᴜ ɴᴜɴᴄᴀ ᴅᴇᴍᴏɴsᴛʀᴇɪ

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━
"ᴇᴜ sᴇɪ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ᴘʀᴇᴄɪsᴀᴠᴀ ᴅᴇ ᴠᴏᴄᴇ, ᴍᴀs ᴇᴜ ɴᴜɴᴄᴀ ᴅᴇᴍᴏɴsᴛʀᴇɪ.
(...)
ᴀᴘᴇɴᴀs ᴅɪɢᴀ ǫᴜᴇ ᴠᴏᴄᴇ ɴᴀᴏ ᴠᴀɪ ᴇᴍʙᴏʀᴀ"
━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━

NATÁLIE DIXON

一 Samurai, o Carl está com o Jeffrey na igreja? - pergunta desconfiada. O sorriso de Michonne some, e ela me olha triste.

一 Nate... o Carl foi baleado.

Paralizei. Não sabia o que fazer, ou responder para ela. Eu estava em choque. Tudo na minha volta tinha ficado lento. As pessoas falavam comigo, mas eu não ouvia suas vozes. Senti alguém me puxando para longe dali. Pensei em protestar, falar que queria ver Carl, mas não fiz. Me deixei ser levada.

(...)

Era minha mãe que havia me trago para casa. Eu ainda estava sem expressão, apenas em silêncio e com o olhar vago.

Maggie me levou até meu quarto, deixou minhas armas em cima da cama, tirou meu colete e depois me ajudou a ir até o banheiro.

一 Vou te ajudar tomar um banho, tudo bem? - ela diz com a voz carinhosa. Apenas balancei a cabeça em concordância.

Minha mãe tirou minhas roupas e abriu o chuveiro. Não fiz nada. Não conseguia. Na minha cabeça só pensava na possibilidade de perder o Carl. O que eu não suportaria.

Maggie fechou a água e me estendeu a toalha. Me auxiliou a vestir uma roupa limpa e depois penteou meus cabelos.

一 Vamos até a enfermaria, vai precisar de alguns curativos. - ela diz calma.

一 C-Carl está lá? - pergunto, e minha mãe assente. 一 Ele... - não fui capaz de completar a frase.

一 Não. Denise está o operando. Ele é forte querida. - ela diz, passando a mão no meu rosto, limpando as lágrimas que caíram sem permissão.

(...)

Entrei na enfermaria, com minha mãe ao meu lado. Daryl estava sentado em uma maca, e Rosita o ajudava a fazer pontos em suas costas. Meu irmão me olha e me chama para ir até ele.

一 E aí, como você tá? - Daryl pergunta, analisando minhas expressões.

一 Tô bem. - murmuro.

一 Senta aí, deixa eu fazer o curativo para você. - sento na cadeira que meu irmão indicou, e ele vai pegar as coisas.

Quer que eu faça? - ouvi Maggie dizendo baixo para Daryl.

Pode deixar. - ele suspira. 一 Já fiz isso outras vezes nela. - meu irmão responde, e eu fecho os olhos.

A porta da enfermaria fecha, mostrando que as duas mulheres haviam saído. Daryl se aproxima outra vez e começa a limpar meu machucado na testa. Em silêncio, ele faz os pontos e depois coloca um curativo.

一 Valeu. - agradeço, sorrindo de lado.

一 Glenn falou que você estava lá fora, por que? - Daryl se senta na cadeira a minha frente.

一 Queria ir atrás de vocês dois. Não quero perder vocês. - digo, sem olhar para ele. 一 Eu nunca te falei isso, mas você sempre foi minha figura paterna. - levanto a cabeça, e vejo Daryl surpreso. 一 Desde que ela morreu, você me criou. Merle pode ter te ajudado algumas vezes, mas sempre preferia as drogas, e Will me culpava todos os dias pela morte da mãe, nunca se importou com a filha.

Meu irmão estava quieto, sem uma reação no rosto. Já era de esperar, mas eu continuei.

一 Não que eu vá chamar você, ou o japa, de pai. - ri imaginando isso. 一 Mas é isso que vocês são para mim. Só queria que soubesse.

一 Tudo bem pirralha. - Daryl sorriu, como sempre fazia comigo antes de toda essa merda acontecer. 一 Olha... - ele se levantou, e se agachou na minha frente. 一 Posso ter feito muito merda nessa vida, arrumado confusões, e ido para o caminho errado, igual o Merle. Mas, quando você nasceu, eu senti que deveria te proteger. Sei que não fiz isso do jeito que você queria... - meu irmão solta um suspiro triste. 一 Mas, sempre penso em você. Quando essa merda começou, eu fui atrás de você. Hoje, depois que encontramos os homens na estrada, eu apenas pensei em voltar para casa e te manter segura. - me emocionei com sua fala. 一 Eu... você sabe que não sou bom com esse negócio de declaração e essas baboseiras. Mas, o quero que saiba, é que eu te amo, e sempre vou estar aqui. Como pai, irmão, amigo, seja o que for, eu sempre vou estar lá quando você precisar.

Sorri para ele, com lágrimas nos olhos, e abracei seu pescoço. Daryl também me abraçou e apertou em seus braços.

一 Agora, vá ver o garoto. - meu irmão diz, após me soltar. 一 Ele está no quarto ao lado. - agradeci e o abracei outra vez, antes de me levantar.

(...)

Entrei na sala ao lado e encontrei Rick com o filho. Carl estava deitado na cama, sem sua camisa, e com um curativo no lado direito do rosto.

一 Rick... - chamei o homem, que até agora não tinha me visto.

一 Oi Nate... - ele se levanta e me abraça. 一 Ele vai ficar bem, mas perdeu o olho.

一 Como isso aconteceu? - pergunto, me sentando na cama, ao lado de Carl.

一 Ron tentou me matar, enquanto saímos da casa de Jessie. Michonne impediu, mas o tiro pegou nele. - Rick olhava para o filho, triste. 一 Eu vou até em casa, tomar um banho. Daqui a pouco eu volto.

一 Tudo bem. - sorri e ele acenou com a cabeça, saindo da sala. 一 Ei... - passei a mão no rosto de Carl. 一 Você deve estar bravo por eu ter saído. - dei uma risada fraca. 一 Mas, não posso te perder... - segurei em sua mão. 一 Então, por favor, fica comigo cowboy. - digo, e deito em seu ombro.

Senti seus dedos se mexerem e apertarem minha mão, mas ele continuou dormindo. Mesmo assim sorri, pois sabia que Carl havia me ouvido.

 Mesmo assim sorri, pois sabia que Carl havia me ouvido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗼𝘂𝗿 𝗹𝗲𝗴𝗮𝗰𝘆 ↯ c. grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora