32. ʟɪᴍᴘᴏ

5.3K 577 122
                                    

NATÁLIE DIXON

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

NATÁLIE DIXON

Bati duas vezes na porta, esperando algum barulho do lado de dentro, mas só o silêncio se fez presente. Abri a porta e logo o cheiro de podridão chegou ao meu nariz. A joguei para o canto e paralizei ao olhar no chão da sala.

O corpo do meu pai estava ali, já em decomposição, e com um buraco de bala no meio de sua testa. Senti uma lágrima solitária rolar pelo meu rosto, mas eu logo a enxuguei e fechei os olhos, ignorando aquela cena.

Fui até o corredor e parei em frente à porta branca, mais suja que normal agora, e respirei fundo. Girei a maçaneta e entrei no meu antigo quarto, o encontrando da mesma forma que deixei. A cama bagunçada, armário aberto e sem a maioria das minhas roupas, meu caderno em cima do colchão e as roupas amontoadas no canto.

Sorri e caminhei pelo cômodo, tentando lembrar de alguns poucos momentos bons que passei por aqui.

FlashBlack on

Meu irmão me colocou deitada na cama e depois me cobriu, se sentando no chão ao meu lado. Hoje as coisas não estavam boas. Meus irmãos haviam brigado com nosso pai, e ele saiu logo em seguida. Eu acabei ouvindo e vendo tudo, como sempre.

一 Daryl... - o chamo com a voz baixa. Meu irmão me olha de lado, sem virar muito a cabeça. 一 Ele vai voltar?

一 Não sei pirralha. - ele responde, encostando a cabeça para trás na parede. 一 Você só tem seis anos, não precisa se preocupar com isso, 'tá bom? - concordei, me agarrando em minha pelúcia.

一 Vai ficar comigo até eu dormir? - Daryl sorriu de lado, e colocou a mão em minha cabeça, mexendo em meus cabelos.

一 Vou Nate. - fecho os olhos e sorrio, me sentindo protegida pelo meu irmão.

一 Eu te amo. - digo, já com a voz rouca pelo sono.

一 Eu também te amo, Natálie. - escuto Daryl responder, antes do sono por fim me atingir.

FlashBlack off

Me sentei onde Daryl ficava e comecei a chorar. As coisas poderiam ter sido mais fáceis. Levanto, limpando o rosto com as mãos, e voltando a realidade. Pego minha girafa de pelúcia, que ficou em cima da cama e a jogo na mochila.

Saio do meu quarto, e entro no da frente, que era do Daryl. As coisas não estavam tão diferentes do meu. As cobertas caindo da cama, sapatos jogados e o guarda roupas bagunçado. Vou até ele e pego uma jaqueta do meu irmão, procurando uma tesoura logo em seguida. Corto as mangas, fazendo um colete só para mim.

𝗼𝘂𝗿 𝗹𝗲𝗴𝗮𝗰𝘆 ↯ c. grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora