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Eu e minha família conseguimos desfazer o erro do hotel.

Quando chego ao meu quarto, me sinto desgastada e não resisto a tentação de cair na minha cama.

Acordo as oito e meia no dia seguinte.
Tomo um longo de banheira, e faço questão de pedir meu café da manhã no quarto.

Quando o camareiro chega a porta, uso apenas um roupão branco, do hotel. O homem deixa minha refeição e vai embora.

Um som dispara no meu notebook, aberto em cima da cama.
Pego a bandeja com um prato de panquecas com calda, suco de laranja e levo para cama.

Em um tecla, atendo a chamada e
Adam aparece na frente da chamada de vídeo, via Skype.

- Amor! - Adam grita,
carinhosamente.

Sua voz está rouca e seu rosto amassado como seus cabelos escuros, ele deve ter recém-acordado.

- Oi... - Bebo um pouco do suco. - Acordou agora? - Pergunto, mesmo já imaginando.

Adam e eu somos amigos desde pequenos, namorados desde os dezesseis anos e noivos a um mês atrás. Ele pediu minha mão gentilmente no nosso jantar em família.

- Não... - Ele coça sua nuca.

Solto um riso nasal e ele pergunta:

- Como estão as coisas por ai?

- Esse lugar ainda não me mostrou nada de interessante... - Minto -
estou com saudades.

Adam retribui minhas últimas palavras. Estou mastigando um pedaço grande da panqueca quando ele diz:

- Por que dormiu tão cedo ontem?

- Estava exausta. - Respondo de boca cheia.

Depois de um tempo, conversamos sobre a faculdade e o final desse semestre quando Clare invade o quarto.

- Olá, idiota. - Clare sauda Adam, sentando-se ao meu lado.

- Olá, oxigenada. - Diz Adam, com um sorriso falso.

Reviro meus olhos com suas pequenas provocações. Clare se estende por cima de mim e pega um pedaço final da panqueca.

- Tchau Adam, nos vemos mais tarde. - Ponho a mão no visor do meu notebook.

- Tchau, eu te amo.

- Eu também te amo. - Cantarolo enquanto fecho o notebook.

Clare limpa a garganta, chamando minha atenção. Me viro á ela, então percebo seu traje para piscina.

- Se troque. Vamos dar um descida. - Ordena e bufo. - É sério que vocês dois ainda acontecem?

Imediatamente a lanço um olhar frio.

- Certo, não direi mais nada. - Ela diz, levantando os ombros.

- Obrigada. - Agradeço falsamente, me levantando para ir fazer minha troca de roupa.

Minutos depois de me vestir, sou arrastada por ela até a piscina, que é imensa tanto em tamanho, quanto luxúria.

A área está sendo pouco utilizada, acredito que todos estão preferindo ir a Praia, do outro lado da rua.

Um pouco mais longe de nós, avistamos o magricela do George conversando com alguns caras, talvez ele tenha feito colegas.

Ambas resolvemos nos aproximar, mas quando fazemos, os outros se afastam.

- Acabei de me sentir como um repelente humano. - Digo, fingindo total indignação.

- E eu como o Donald Trump, em um local de eleitores do Obama. - Clare aponta, e George bufa para nós.

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora