Capítulo 49

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Outra questão foi respondida. Em um movimento transtornado, Bradley pegou a garrafa de Whisky e tornou em sua boca, os lábios pouco erguidos por um sorriso graças a historia de um dos meus maiores micos escolares. Era aula de ciências e tentei me agachar para pegar um lápis, a minha calça lascou na frente de todos.

- E então, a minha mãe teve que ir no colégio levar algo para mim. - Confessei desmanchando em risos acompanhando Bradley.

- Merda. - Piscou os olhos vagarosamente - A minha lingua está embolando. Estou quase bêbado.

- Merda, eu também. - Concordei com a voz vacilante. Com a nossa próximidade, sentados na cama lado a lado, apoiei minha testa em seu ombro, arfando com o hálito quente graças a bébida.

A mão de Bradley pousou na minha cabeça e afagou os fios ruivos do meu cabelo. Um ótimo cafuné. Como um gato recebendo carinho, práticamente ronronei em seu ouvido. Seus pelos loiros, quase sempre indetectavéis, eriçaram-se contra na pele do meu braço. Era o efeito do meu tom de voz rouco sobre ele. Ou o bebida estava me fazendo pensar isso.

- E qual a pior coisa que aconteceu no seu mundo escolar? - Perguntei e respirei fundo desejando aspirar todo o seu perfume, atacando minha libido mais rápido como uma flecha. Bradley vociferou pensativo.

A pele bronzeada do seu pescoço parece brillar de tão atrativa, sem conseguir me conter levei a mão até seu pescoço, usando a ponta dos meus dedos para acaricia-lo.
Seu pomo-de-adão subiu e desceu quando ele engoliu seco.

De repente, não consegui raciocinar. Seu corpo era a única coisa na minha mente.
Antes que ele pudesse me impedir montei em seu colo, firmando cada mão em seus ombros. Bradley abriu a boca em um som de espanto.

Segurei seu rosto em minhas mãos enquanto encarava os seus olhos doces e cobertos de desejo que eu correspondia.

Molhei meus lábios aproximando-me e beijei seu maxilar, subindo em direção ao seu lóbulo. A garganta dele produziu um som rouco espetácular. Quase fez os meus olhos revirarem.

Com carinho Bradley tocou minhas mãos e me afastou, fico em silêncio intimidada com a expressão séria e espantada do seu rosto.

- Está me negando, de novo? - Questionei com voz baixa e divertida para tentar encobrir o fogo que percorre dentro de mim.

- Sim. - Disse fingindo-se de sério e então soltou minhas mãos - Estamos bêbados.

Estralei a língua no céu da boca em um ar desesperançoso.

- Eu entendo de leis... posso até estar um pouco embebêdada, - Enrolo os braços em seu pescoço - mas sou completamente capaz de manifestar minhas vontades. Você consegue manifestar suas vontades... Bradley?

- Emma, eu... - Bradley Collins desviou os olhos e percebi que a bebida era apenas uma desculpa, havia algo a mais.

- Sabemos o que queremos e não somos crianças. E... - Deslizei minha mão para baixo, encontrando uma ereção latejante, os olhos de Bradley cerraram de tensão. Sua respiração era meramente superficial. - Você precisa me mostrar mais do seu lado sombrio. Se abra para mim. Afinal você, está com medo...

- É apenas... mais trauma.

- Prossiga. - Pedi com firmeza enquanto sustentava os nossos olhares.

- A situação com minha ex-esposa. O fato de eu ter sido super irresponsável, causou em mim algo grande demais... e me faz querer todo controle e responsabilidade.

Finalmente estava entendendo o porquê de toda sua preocupação e desconfiança após nossas relações. Sempre tão cuidadoso comigo.

- Bradley, - Pigarreei - você não é mais uma criança e sabe o que está fazendo! Por favor, seja mais seguro de sí. Confio em você. - O loiro abaixou rosto e suspirou baixinho - Sou muito insegura e você é o segundo homem que entrego meu corpo. Se não confiasse em você, eu nunca estaria aqui.

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora