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Com força total, suas mãos seguravam meu quadril enquanto seus lábios quentes beijavam minha cintura.

Agora me sobravam apenas minhas roupas intimas e eu, mal esperava que ele as retirasse. Me remexo, inquieta com o calor que gritava do meu ventre. Eu o desejo.

Pelo charme de me provocar, ele desenhou um linha com a ponta dos dedos indicadores e parou acima das minhas costelas. Minha pele se arrepiou. Aguardei que ele me pedisse para tirar o sutiã, mas Bradley se curvou por cima de mim, deixando seus olhos sérios e principalmente intimidantes na altura dos meus. Minha respiração ficou bem mais acelerada.

- Você realmente me quer, não é? - Sussurou contra os meus lábios e permaneci imovél debaixo dele. Carbonizando.

- Com cer... - Me atrapalhei nas palavras no instante em que sua mão desceu rapidamente, ralando-se contra minha barriga e apalpando minha parte mais sensivel - Oh, Deus! - Gritei.

- Diga, - Pediu analisando meu rosto de modo intrigante. - linda, linda.

Nem em centenas de anos imaginaria que Bradley fosse desse jeito na cama.

- Eu quero você! - Exclamo com ardor, tentando deixar o mais aparente possivel para ele.

Bradley sorriu e sua mão desapareceu dali.
Suspirei alto, sem conseguir destinguir se foi por frustação ou alívio.
Continuo observando seu rosto, esperando que ele diga algo, ou até mesmo faça, mas ele continua sorrindo.
Ele gargalhou saindo de cima de mim e ficando de pé de frente para cama.

- O que está acontecendo com você? - Pergunto me sentando na cama. Bradley não responde.

Seu rosto ficou sombrio. Frio. O tom da sua pele fugiu do dourado de sol, para o pálido. Cinza opaco. Sem cor alguma. Calafrios irradiaram meu corpo. Nada parecido com as sensações que ele me fez sentir há pouco tempo.

- Você é uma pessoa de merda. - Respondeu sem expressão alguma.

Fico pasma com suas palavras. Meu rosto queima pelo constrangimento.
Sinto uma emoção vindo a tona. Virei meu rosto para janela, não o deixarei me ver chorar de novo.
Contudo, isso quase me fez ter um ataque.
Lá estava meu noivo. Com um buquê de rosas brancas e um semblante triste.
Sua pele também tinha uma aparência fria. Como a de Collins.

- Você é uma pessoa de merda! - Gritou com a voz embargada. Aa flores cairam no chão.

Minha respiração começou a ficar acelerada. Sinto-me ser esmagada por uma prensa, coberta de vergonha.
Adam andou na minha direção e a cada passo, pude sentir meus batimentos cardiacos aumentarem e um som estridente soar. Parecia o sinal do colégio.
Mas é tão irritante quanto o barulho de alguém arranhando o talher contra um prato.

Então eu acordei. O despertador estava gritando do meu lado, acima da mesa da cabeceira. Estou tremendo e suando feito cuscuz. Me estendi para desligar o alarme, completamente desnorteada pela dificuldade de voltar ao mundo real.

Essa ultima semana foi assim. Me tornei completamente corroida pela culpa estou carregando. De cinco dias, em três deles, tive sonhos com Bradley.

Maldito.

Desde o beijo, paramos de nos falar. Fiz tudo para vê-lo o mínimo possivel. Antes de voltarmos, deixei um aviso com o recepcionista do hotel para que dissesse a Bradley que eu já teria partido para o aeroporto. Estar no mesmo carro que ele seria sufocante além de vergonhoso.

A culpa é o bastante para me castigar. Mal preguei os olhos naquela madrugada.

Pensar nisto é doloroso.

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora