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Acordo assustada com o som estridente do meu celular tocando.

Meus olhos parecem estar vesgos.
Não querem se acostumar com toda a claridade.

Completamente sonolenta, caço meu celular pela cama totalmente desorganizada com diversos lençóis emaranhados um ao outro.

- Achei! - Grito, sorrio quando agarro o celular que estava entre os travesseiros.

Encaro a tela tentando focar no nome em sí que brilha na tela do smartphone. George. Arrasto rapidamente o circulo verde para atender a ligação.

- Alô? - Digo, enquanto me levanto.

- Onde você está? - Perguntou, atrás da sua voz posso escutar meu pai dizer algo intraduzível.

- No meu quarto, eu acordei agora. Aconteceu alguma coisa? - Indago, caminhando até o banheiro.

- Não, não. - Negou George, fazendo uma pausa breve - Todos vamos almoçar juntos, estamos te esperando no restaurante do hotel.

- Certo, eu vou...

- Adiante, por favor! - Ele me interrompe - Eu estou morrendo de fome, não sei se irei aguentar por muito tempo. Vou acabar comendo o primeiro garçom que nos atender! - Exclamou e desligou a ligação precipitadamente.

Encaro o celular.

- Quando eu acho que sou a irmã mais estranha... - Resmungo.

Observo meu rosto no espelho e vejo o coque que fiz ontem no meu cabelo.
Está completamente desgranhado.

Parece que eu acordei de um ressaca.
Mas, quem precisa de bebida quando se tem o cansaço.

O banho me cai como uma luva, o que é uma pena, porquê não posso aproveita-lo por mais tempo.
Afinal meu celular tocava o tempo todo durante meu banho.

Escolho uma roupa a dedo; Meu vestido branco sem alças e com detalhes de renda na bainha. Nos meus pés, usei uma botinha preta.

Quando me apronto completamente, pego minha primeira bolsa que vejo e deixo o quarto.

Peguei um atalho para o restaurante, um que Bradley havia dito ontem a noite. Parece que ele costuma a sempre ficar neste hotel.

Passando pelo arco de início do cômodo, um som ambiente acaricia meus ouvidos. Olho aos lados, procurando minha família.

- Emma! - George gritou e me acenou depois que o vejo.

Ando até a mesa e quando me aproximo totalmente, fico surpresa ao encarar o intruso na família.

- Boa tarde, querida... - Disse minha mãe, sarcástica pelo meu atraso.

- Ainda não é nem meio dia mãe, não se preocupe. - Puxo uma cadeira e me sento entre George e meu pai.

Encaro discretamente Bradley sentado entre meu pai e Clare, que está ao lado da minha mãe.
Essa mesa está uma bagunça.

- Noite cheia, prima? - Pergunta Clare, com um sorrisinho nos lábios.

- Não tanto quanto a sua. - Dou ombros - Como foi a festa na praia?

- Terrível! - Diz arregalando os olhos para dar ênfase - Uns três caras entraram em coma álcoolico.

- Credo. - Faço uma careta.

- Cachaça não é água. - Diz Bradley, se intrometendo na conversa, fazendo eu e Clare o encararmos.

- Emma acha que é. - Diz George, divertido.

- Cale a boca. - Digo olhando-o de soslaio.

Eu já entrei em coma álcoolico duas vezes. Uma no primeiro Ensino Médio e outro no ultimo. Foi terrível e assustador. Principalmente para as pessoas que estavam ao meu redor.
Não sei como George lembra disso.

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora