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Eu sou uma maldita romântica. Admito para mim mesma. É um traço meu que eu adoraria conseguir esconder ou até mesmo remover. Mas é a realidade, e assim Adam sempre me compra.

Com romance.

Há pouco tempo começamos a ligação. Estava com um sorriso derretido enquanto contava sobre ter ido alugar sua roupa para festa, um terno, por mais que odiasse usar.

Isso não é romântico de verdade. Contudo, ele consegue fazer com que se transforme nisso. Porém não é, apenas é o mais proximo que chegamos de romance nos últimos tempos.

Todo teriam que usar algo a carater do anos 1920, mesmo que odiassem. Obrigada pai, por amar livros de época?
Steve não poderia ler livros mais atuais como: Rainha Vermelha ou A Seleção? Crespusculo também seria aceitável.

Dou risada sozinha no meu quarto, imaginando a reação do meu pai ao ler um livro de romance adolescente.

Não sei se me arrependo desse tema para festa. Apreciando o lado bom, eu pude alugar o mais sexy dos vestidos da Decada de 20.

Contei para Adam sobre todo o meu encontro com Jonh e Pitter. Nunca o vi tão euforico com uma conquista minha.

- Eu não acredito! - Exclamou Adam descrente após eu contar sobre o elogio de John.

- Nem eu! - Grito ficando de joelhos na cama - Então ele disse: "Se seu pai for como você, com certeza fecharemos algum tipo de parceria" - Engrosso a voz em uma tentiva cheia de risos de imitar Jonh.

- E ele foi embora? - Indagou Adam rindo.

- E foi embora! - Sorrio empolgada.

Caio deitada na cama segurando meu celular. Vejo Adam respirar fundo deitado na cama. Seus cabelos escuros estavam bagunçados sobre o travesseiro, como um verdadeiro ninho. Foi por esse cara que eu me apaixonei.

- Eu estou muito orgulhoso de você... - Contou melancólico.

Sua voz cai como um efeito sonoro que me acalma instantaneamente.
Sigo calada, esperando que ele complete a frase, mas era só isso.

- Vai! Continua com os elogios eu tava gostando... - Minha voz sai cheia de sí e ele solta uma gargalhada.

- E eu não devia ter duvidado de você. Mas...

- Mas!? - Indago - Vai a merda Adam.

- Calma - Ele ri - Eu só ia dizer que, a festa... eu tenho que ver com meus proprios olhos.

- Se você tivesse aqui... Eu te daria um soco. - Digo emburrada.

- Se eu estivesse ai estariamos fazendo outras coisas. - Um sombra maldosa caiu por seus olhos e rio debochando.

- Ou, estaria te socando... - Saboreio as palavras, como uma doce ameaça.

Ele ri como um menino travesso e em seguida afunda a cara nos lençóis da cama.

- Ei, como esta sua mãe? - Pergunto.
Faz um tempo que ele não fala da senhora Elodi. Sei que estão afastados, mas não tocar em uma palavra sobre ela é dureza.

Ele grasna irritado.

- A quimioterapia ta indo bem... Só que ela não me deixa acomapanha-la. - Adam bufa - Só seu marido idiota.

- Só... Dê o tempo dela, com certeza ela tem um motivo. - Falo calma. - Enquanto você não sabe... Tente não espumar de ciumes do seu padrasto. - O provoco.

- Argh! - Vocalizou enojado, fazendo uma careta, como se tivesse visto o nude do Trump. Logo ele suspirou encarando firme a câmera do celular, como se fossem meus olhos. E do nada, seus olhos suavizaram, parecendo anular quaisquer que fossem as outras palavras. - Você ta bem?

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora