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Bradley Collins

O sol estava perto de se pôr enquanto Emma conduzia o carro através do estacionamento. Cerca de meia hora atrás, fui coagido a entrar no meu próprio automovel, em segredo.

Observa-lá dirigindo era uma cena amistosa de se ver, os fios ruivos do seu cabelo chacoalhando perto dos olhos, ameaçando grudar em seus cílios a qualquer instante, a Billington se irritava com isso constantemente, enrugando o nariz adoravelmente.


Havia prometido para a tempestade que ficaria longe dela portanto, cumprirei. No saguão, suas íris gritavam por ajuda, acinzentadas por uma escuridão que já teriam acobertado seus olhos na primeira vez em que dançamos juntos. Quando seu noivo terminou com ela.

Encara-la nesses momentos me dá vontade de cuidar de Emma. Deixar para lá é impossível. Algo nela me seduz, além do corpo, poderia afirmar que seu olhar me deixa no limite. No entanto, sempre tentarei ser forte o bastante para não quebrar seu espaço de decisão, poderei tentar provoca-la, mas no final a decisão sempre será dela.

Descemos do carro juntos, em silêncio, com apenas o balanço das ondas como trilha sonora. Olhando ao meu redor, não mentiria se dissesse que não faço a menor idéia de onde estou. Praias e mais praias, essa era Miami.

- Que praia é essa? - Questiono depois de muito me perguntar - Me trouxe para me matar por tentar te ajudar? - Pergunto no meu maior tom brincalhão, abro o porta porta-malas para pegar a cesta guardada lá dentro.

Emma apareceu de repente, os olhos cerrados para mim ameaçadoramente.

- Se tem tanto medo de mim, por quê se aproxima? - Perguntou com um sorriso perverso nos lábios.

- Gosto de correr riscos. - Confessei fitando seus olhos, agarro a alça da cesta me esquecendo o quanto estava malditamente pesada, mas disfarço. - Se você não percebeu, tempestades são o meu esquema.

- Merda, não me chame assim. - Aconselhou-me com um tom ameaçador, batendo forte a porta da mala do carro e grunhi afastando meus dedos, antes que fossem esmagados.

Continuo parado, rindo orgulhoso por conseguir tirar a ruiva do sério.

O caminho que descemos para a praia, estava tão escondido quantos os sentimentos de Emma por mim. Quando chegamos a areia, tardou até que completassemos uma caminhada inútil. A lua já estava aparecendo.

Quando paramos emma tomou a cesta da minha mão, assisto-a retirar um embrulho que depois percebo ser uma toalha para se estender na areia. Em um copo de vidro fundo, acabo supreso ao vê-la acender uma vela. É adoravél seu cuidado com as coisas.

Que babaca trocaria um noite como essa por momentos empresariais ou qualquer outra coisa?

- Não vou te pedir para se sentar. - Murmurou mexendo em algo dentro da cesta.

- A cada dia você perde mais seus modos comigo, é muita intimidade, devo levar para o lado bom?

- Cuidado com suas palavras Bradley. - Cantarolou sem ritmo - Amigos. - Afirmou a palavra para mim.

- Força do hábito.

Emma retira dois copos e mais uma garrafa de um saboroso vinho tinto.

- Você é muito entediado, né? - Afirmou preenchendo meu copo, porquê pareceu mais isso do que uma pergunta.

- Por que diz isso?

- Com toda certeza, eu não sou a mulher mais linda do hotel e de longe a mais interessante, mas... você insiste em ter a minha companhia.

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora