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Sob a mesinha, a tela do meu notebook estava piscando enloquecidamente. E
dentro de mim, uma tempestade de eufória ergeu-se, causando um sorriso labial no meu rosto. Aproximei-me, uma sensação gostosa e confortavel dançando no meu peito, confiante de que a tonelada de mensagens viria de um certo loiro com olhos gentis.

Levantei a tela do computador enquanto me jogo na cadeira acolchoada. Um tanto ansiosa, cliquei na guia com as mensagens.
"Preciso te contar algo" dizia a mensagem, apenas depois consegui identificar de onde viera, da minha conversa com Darla.

A postura dos meus ombros decaem na velocidade da luz, em sincronia com o suspiro de frustração que abandona meus lábios. Minha mente tem que parar, afinal, em breve, sequer verei Bradley mais. Chacoalhei o resto, tentando dispersar aqueles pensamentos.

Passeei meus olhos, através da estradas de mensagens: "O maldito do meu ex, é um cara de pau. Ele ameaçou me processar."
Minhas sobrancelhas franzem com força, com um certo humor. "Ele apareceu na minha casa, ás oito da manhã e ordenou que eu pagasse a pintura do carro ou, faria um B.O na policía."

Pequenos risos me acertam em algumas palavras, porém no final, uma gargalhada me acerta com tudo. Ao nivel dos meus olhos lacrimejarem. Eu não conseguia ficar preocupada. Conhecia Darla o bastante para saber que o rapaz não iria receber nada do que quisesse. Respondi minha amiga com uma sessão absurda de "K'S", que começou a escrever de volta, imediatamente.

Antes que eu pudesse ter a oportunidade de ler, alguém bateu na minha porta. Revirei meus olhos, preguiçosa, me obrigo a levantar. Sabia quem era, e eu estava mais impaciente por isso, Adam sempre esquece alguma coisa. É incrível.

- Apenas não esquece o cérebro, porquê não tem! - Abri a porta com uma força bruta, criando uma corrente de ar que chegou a balançar meu cabelo.

Então quando a imagem na minha frente ficou clara, não havia Adam e sim Bradley,
com um olhar questionador, semicerrando os olhos para mim. Estranhamente, um rubor vermelho cresceu nas minhas bochechas.

- Bom... Espero que outra coisa compense a minha falta cerebro. - Disse soando de um modo provocador, um sorriso dançando no canto dos lábios. Muita coisa compensava e ele, sabia disso.
Pigarreei.

- Bradley? - Os meus dedos apertaram a maçaneta ao dizer seu nome.

Em dois passos, o loiro se moveu na minha direção e me enrolou em seus braços fortes, enviando uma carga de calor ao meu corpo.
Permaneci imovél, inebriada com o seu perfume amadeirado, instantaneamente nostalgiando o momento em que viajamos juntos. Abracei suas costas.

Nos afastamos, Bradley, permaneceu segurando-me, um pouco abaixo dos meus ombros. Seus olhos me encaravam de um jeito afiado.

- O que você está fazendo aqui, e como sabia que eu estava sozinha? - Questionei, retribuindo o olhar.

- O seu irmão não é nada discreto ao sair. - Riu fraco, como uma tosse - Eu estava no bar quando ele passou, acompanhado. - ênfasou a palavra com amargura
- O seu pai também me contou sobre a viagem.

- Ah, sim. - Concordei, um pouco baixo.

- Então, pensei em dar uma passada aqui... - As palavras saiaram sensualmente, brincando com uma mecha rala do meu cabelo, com a ponta dos dedos. - O sol está torrando Miami, você não quer sair?

Suspirei ruidamente, movendo o rosto em negação. Deslizei para o seu lado e fechei a porta atrás dele. Seria um descuido desnecessário continuar a conversa daquele modo.

- Não dá. - Digo apenas e vou me sentar na cama. Mantenho a postura quando me sento, criando um apoio com as minhas mãos, detrás das minhas costas. Como algo físico, quase consigo sentir o olhar de Bradley nas minhas pernas, que cruzei para lhe dar uma menor vista, pequena provocação, liberei um riso nasal, quase arrogante. - Mas... está chamando uma noiva para um encontro, senhor Collins?

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora